Capitulo 6: Regardez-mói

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Flashback: Cinco anos atrás.

Thierry caminhou pelo o corredor da escola quando as aulas terminaram, um sorrisinho contornava seus lábios e seu coração estava cheio de felicidade, no qual compensa toda a dor muscular que ele estava sentindo depois da noite anterior, quando Leone tinha o devorado em todos os cômodos de seu apartamento. O jovem francês precisou de Ibuprofeno para ajudá-lo a se levantar naquela manhã e evitou ficar em pé por muito tempo durante a aula. Ficou observando em frente ao espelho, vendo cada marca deixada pelos lábios de Jungeun, deliciando-se com as memórias da noite que tiveram, estava radiante.

Perrin parou em frente à escola, buscando com os olhos Junghwa e suspirou ao não encontrá-lo, nem mesmo seu carro. Comprimiu os lábios atravessando a rua, sentado nos bancos esperando seu lapin, não era comum que o outro se atrasasse. Thierry tirou seu celular do bolso, conferindo as mensagens, mas estava acostumado a não receber nada além de coisas simples e diretas de Jungeun, por isso, apenas imaginou que o mesmo estava atrasado. No entanto, depois de meia hora Thierry pensou que tinha acontecido um contratempo, uma hora depois imaginou que o engarrafamento do trânsito tinha deixado Jungeun preso, ligou para o mesmo, que não atendeu. Duas horas depois Perrin soube que o outro não iria buscá-lo.

Thierry pegou suas coisas deixando o banco, caminhando em direção a cafeteira em que sempre se encontravam, achando que talvez o celular de Jungeun estivesse descarregado e o mesmo poderia estar o esperando no local, mas, quando chegou na mesma não o achou, então apenas partiu para seu apartamento. Estava preocupado porque aquilo nunca havia acontecido, pensou nos piores e seu coração ficou apertado.

Passou a noite em aflição, não havia recebido notícias de Jungeun e percebeu que também não sabia como encontrá-lo, onde era sua casa ou em qual boate da cidade trabalhava. Perrin esperou, mandou mensagem e ligou, porém parecia que Jungeun havia sumido, como se nunca estivesse realmente lá e nenhum vestígio seu foi deixado para trás, além das marcas no corpo de Thierry e do amor em seu coração, que acabou tendo pequenos pedaços quebrados, quando sua mente o dizia que foi apenas um momento. Thierry pensou que, mais uma vez, ele foi o único a pensar que era para sempre.

O jovem francês estava sentado na poltrona da sua sala, o rosto abatido e as bochechas ainda estavam cheias dos resquícios de lágrimas, sentia-se abandonado, decepcionado e magoado. Peti subiu no braço do sofá, olhando para Thierry um pequeno miado ecoou e Perrin suspirou enxugando as bochechas, pegando sua gata no colo, beijando a testinha da mesma. Havia percebido que não era o único triste, Peti também sentia falta de Jungeun.

— Peti, será que aconteceu algo muito grave? — Perrin perguntou a gata em um sussurro, seus olhos voltaram a encher de lágrimas.

(...)

Junghwa Leone abriu os olhos achando a sala com pouca luz, seus braços estavam amarrados para trás na cadeira, o peito nu, os pés descalços e os cabelos molhados, igualmente aos seus jeans, observou pelos cantos dos olhos e notou que estava sozinho naquela sala no frio intenso. Afonso, Seu pai, sabia castigar bem, havia ensinado o filho a ser um bom torturador e suportar a tortura da mesma maneira. Leon mais novo não sabia a hora precisa, mas, sabia que precisava ir buscar seu ursinho no trabalho.

As pontas dos seus dedos estavam roxas pelo o frio, e sentia o sangue já seco grudado em seu corpo, porém nem um arfar de dor foi emitido por bugaboo nem sentia dores em seu corpo. As portas se abriram e ele permaneceu no lugar, reconhecendo os passos do salto alto. Era Jina que se abaixou à sua frente com os olhos fraternos e cheios de preocupações, segurou nas laterais do rosto do seu filho e suspirou.

— Dois dias? — Junghwa perguntou ao querer saber quanto tempo estava naquilo.

— Dois dias. — Jina confirmou assistindo o filho afirmar com a cabeça.

A Torre dos Leones - Máfia PortinariOnde histórias criam vida. Descubra agora