Capítulo O6: O amor não é uma ciência exata

277 38 62
                                    

Jeon Somi:

Todo teórico tem o lado humano que merece:

Eu estou irritada com meu irmão. Como ele pode terminar com Yeri no meio do encontro? Jungkook é um idiota. O mesmo só fica trancado no quarto. Desse jeito nunca terei uma cunhada e consequentemente nunca terei um minuto de paz. Eu quero viver a minha vida como uma adolescente comum, saindo com as amigas e com o meu namorado, eu quero passar algum tempo com ele. Nunca precisei mentir ou enganar a minha família, até eu me apaixonar. Nem contei para mamãe sobre meu namoro, pois a mesma é tão próxima de meu pai que acabaria contando. Eu sempre me senti livre para desabafar com a minha família, mas não esperava que a maior felicidade da minha vida seria guardada.

— Mas ele terminou por terminar? — perguntou Daniel por telefone.

— Eu não sei! A única coisa que Yeri me contou é que ele já estava de olho em outra mulher e terminou com ela no meio do filme.

— Será que ele se encontrou com a ex?

— A Lalisa? É provável. Droga! Essa garota atrapalha os meus planos até fora da faculdade.

— Sabe que isso mostra? Que ele ainda a ama.

— Vira essa boca pra lá — Daniel riu.

— Mas eu tô achando que é verdade. Tenta perguntar pro seu irmão, pois se ele ainda gosta da ex, ele não vai se interessar por outra tão facilmente.

— Mas…

— Amor, se coloque na situação do seu irmão, quando você ama verdadeiramente uma pessoa, não é fácil se desapaixonar por ela. Eu mesmo não conseguiria me interessar por ninguém que não seja você.

Sorri apaixonada. Daniel é tão fofo e maduro para a idade dele.

— Ah amor, eu também te amo — ouvi o barulho da porta abrir — amor eu te ligo depois — desliguei meu celular e vi Jungkook com livros na mão.

O olhei surpresa e tensa, o mesmo me encarou com a testa franzida e falou:

— Sente-se, temos que estudar matemática.

Fiz uma cara preguiçosa. Estudar matemática?

— Não adianta fazer essa cara. Sabe Geometria? Funções de primeiro e segundo grau? Trigonometria? Estatística e probabilidade? — quanto mais o mesmo falava, mais eu odiava estudar — E aritmética? Sabe ler e interpretar gráficos?

— Tá bom! Chega!

— Ótimo, sente-se que para você passar em uma universidade pública sua nota no Enem terá que ser de 700 para cima — resmunguei e o obedeci. Ele pegou uma cadeira e se sentou ao meu lado, colocou seus livros e anotações da época do ensino médio em cima da mesa — Me mostre seu caderno de estudos, preciso dar uma olhada no que está aprendendo no cursinho.

Entreguei meu caderno. Lembrei do que Daniel tinha me dito e decidi perguntar para o meu irmão sobre os seus sentimentos pela Lalisa.

Enquanto meu irmão lia minhas anotações, eu perguntei:

— Irmão, posso te perguntar uma coisa? — ele concordou — Promete que não vai ficar bravo?

— Depende. Qual é a pergunta?

— Você se encontrou com a Lalisa em quando estava com a Yeri? Você ainda gosta da sua ex? É por isso que você terminou com a Yeri? — ele parou de olhar o meu caderno. Sei que meu irmão detesta que eu faça essas perguntas. Não vou mentir, tenho um pouco de medo da reação dele — Por que você gosta de matemática?

𝗣𝗿𝗼𝗰𝘂𝗿𝗮-𝘀𝗲 𝘂𝗺𝗮 𝗻𝗮𝗺𝗼𝗿𝗮𝗱𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗼 𝗺𝗲𝘂 𝗶𝗿𝗺ã𝗼 Onde histórias criam vida. Descubra agora