NÃO FOI SONHO- PEDRO GUILHERME

Capitulo 39

Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.📍
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"Então é aqui que você vai ficar." Pedro observa o apartamento com cuidado, assim que entramos. Viemos direto pra cá depois que meus amigos foram embora.

Assim que fecho a porta, paro pra reparar nos mínimos detalhes daquele lugar. Era bem bonito, arrumadinho e todo mobiliado, um pouco grande demais apenas para mim. Fico até surpresa deles terem alugado algo assim, não deve ser muito barato, ainda mais com a localização da Barra. Mas não posso reclamar de nada.

"É, pelo visto." Dou risada, encostando minha mala por ali. "O bom é que é mais perto da loja do que o hotel."

Se o hotel ficava há 10 minutos da loja, mais o menos, agora eu estaria a 3 minutos literalmente. Era dar alguns passos e já chegar no trabalho. Agradeço mentalmente por isso!

"É, e de mais fácil acesso." Pedro para atrás de mim, colocando suas duas mãos na minha cintura.

Não posso deixar de sorrir com o que ele diz, então me viro de frente pra ele.

"Porquê? Você vai ficar vindo me visitar?" Ergo uma sobrancelha com um sorriso presunçoso, o que faz com que o jogador me devolva o mesmo sorriso.

"Você ainda tem dúvidas?"

"Às vezes parece que tudo o que aconteceu até agora foi um sonho." Penso alto. Pedro coloca meu cabelo pra trás, deixando meu pescoço a mostra.

"Não foi sonho." O jogador diz, envolvendo seus braços em volta do meu corpo. "Tudo aconteceu exatamente da forma que tinha que acontecer."

Concordo com a cabeça, observando ele aproximar seu rosto do meu e juntar nossos lábios em um beijo calmo.

Fico na ponta dos pés e envolvo meus braços ao redor do seu ombro, pra tentar diminuir mais a  distância um do outro. Mas Pedro se abaixa um pouco e me pega no colo, me fazendo entrelaçar minhas pernas ao redor da sua cintura. Ele acaba me colocando sentada no encosto do sofá.

Quando as coisas começam a esquentar demais, mesmo querendo continuar e ficar ali até o outro dia, me lembro de que ele tinha que se apresentar em alguns minutos no ninho.

"Pedro... você vai se atrasar." Falo de vagar.

O jogador ainda tem os olhos fechados e solta um suspiro, logo depois concordando com a cabeça.

"Você infelizmente tem razão." Me encara fazendo um bico. "Quer ir pro ninho comigo? Hoje vai ser rápido."

"Eu bem que gostaria mesmo, mas tenho que arrumar minhas coisas aqui." Ele concorda com o que digo, voltando a me abraçar pela cintura.

"A noite eu passo aqui pra te pegar, vamos ir jantar em algum lugar." Observo ele, concordando com a cabeça. Mas logo me lembro do jantar na casa da Marília.

"Então, a Marília tinha combinado de chamar você pra jantar lá. A surpresa e tal." Sorrio sem graça. "Ela vai me matar."

"Vai nada, Marilinha é de boa." O jogador me põe de volta no chão. "Mas ela que me aguarde! Me esconder um negócio desses? Isso não se faz não."

"Desculpa." Dou um selinho nele. "Eu ia te contar antes, mas ela insistiu."

"Conheço bem a peça, mas deixa ela comigo... bom, eu vou indo antes que eu desista." Ele solta um sorriso e volta a me beijar. "Até mais tarde linda."

"Até, bom treino." Abro a porta pra ele e recebo mais um selinho.

Quando ele vai embora, fecho a porta soltando um suspiro. Tenho certeza que meus pensamentos me atacariam agora. Era muita coisa pra processar ao mesmo tempo!