𝟙𝟘

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Tudo parecia acontecer em câmera lenta. Minha mente parecia absorver cada detalhe daquele momento. Kisaki pôs um dedo em meu queixo e o levantou, fazendo-me olhar para ele. Seu rosto se virava devagar enquanto se aproximava, dando um sutil selar em meus lábios.

Mesmo com o contato mínimo, percebi o quão quente e macia era sua boca. Ele não se afastou totalmente, parecia pedir permissão com os olhos azuis. Foi minha vez de me aproximar e o beijar, enlaçando sua nuca com meus braços. Uma de suas mãos segurava minha cintura, a outra lhe dava apoio enquanto minhas costas tocavam as almofadas do sofá.

Minhas pernas rodearam a cintura de Kisaki no momento em que sua língua invadiu minha boca. Não foi um primeiro beijo desajeitado, estávamos em perfeita sincronia. Era como se tivéssemos ensaiado por anos e agora acontecia o show oficial.

Minhas unhas passavam por sua nuca e ombros de forma suave, fazendo-o soltar alguns arfares. Seu quadril colou em minha virilha e senti seu membro duro ser pressionado, fazendo meu corpo esquentar.

Quando seus lábios desceram para meu pescoço, era como se eu estivesse em chamas. Suas palmas alisavam meus quadris e cintura, mas não pegava em minhas nádegas ou seios. A maneira como estava sendo respeitoso era adorável.

Me deu uma mordida fraca na curva do pescoço e voltou a olhar para mim. Ambos estávamos ofegantes e sem saber o que fazer em seguida. Não deixávamos de ser dois adolescentes inexperientes no auge dos dezessete anos.

— Eu… — Kisaki parecia desnorteado — Me desculpe, acho que me empolguei um pouco.

— Tá tudo bem. — sorri ao vê-lo corar — Eu gostei muito.

— Eu também. — riu anasalado, olhando o horário no celular em seguida — Droga, eu preciso ir. Vai ter uma confraternização da Toman amanhã, você vai?

— Sim, vou me preparar psicologicamente pra isso. — ele pôs uma das mãos em minhas costas e me ajudou a sentar.

— Se não se sentir bem, me avise que te trago de volta. — sorri e assenti, o levando até a porta — Até amanhã, [Nome]. Passo aqui às sete para irmos. — me deu um selinho e seguiu caminho.

Quando fechei a porta, me belisquei algumas vezes para ter certeza de que aquilo havia sido real.

Literatura | Tetta KisakiOnde histórias criam vida. Descubra agora