14 - Miss

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Oi, você que está lendo!

Depois de longos e intermináveis meses, um novo capítulo desta história foi escrito. Duas semanas atrás, postei umas notas (que serão apagadas em breve) explicando sobre meu sumiço e sobre o que aconteceu. Por isso, não vou me prolongar aqui.

A quem estava esperando por esta att: obrigada por ainda estar aqui. A quem chegou por agora: sejam bem-vindes!

Espero que gostem do capítulo, não se esqueçam de curtir e comentar!





Harry entra em casa e fecha a porta antes de fechar os olhos e suspirar. Mais uma vez, ele se esquivou de um convite que Niall fez para que eles jantassem juntos. O convite em si já era estranho o suficiente, considerando que fazia semanas que ele simplesmente entrava na casa do outro, às vezes, apenas anunciando sua presença com uma fraca batida na porta antes que ela fosse aberta. No entanto, já faz duas semanas que ele inventa desculpas para evitar Louis.

Seu coração se aperta pela enésima vez no dia enquanto ele se pergunta por que as coisas são assim e se elas serão assim para sempre, com um coração que bate forte por alguém e que precisa bater ainda mais forte para compensar o adeus que será dado.

Harry sabe que está sendo precipitado. Ele sabe que Louis nem mesmo aceitou o convite, esperando até o último prazo possível para tomar a decisão que deve tomar, mas Harry já sente-o indo embora, mesmo que ele seja o único a ter colocado qualquer distância entre os dois.

Naquele dia, ele só foi capaz de entrelaçar os dedos de Louis nos seus, nenhuma palavra escorregando de seus lábios, nenhum incentivo e nenhuma lamúria. Sinceramente, ele não achou que algo ajudaria, então o silêncio nunca foi quebrado para que nenhum tijolo desnecessário fosse colocado no muro alto que Harry sentiu erguer ao redor de si.

Quando foi embora, Harry queria desesperadamente dizer algo. Ele queria dizer para Louis que seu último relacionamento acabou porque ele não suportaria a distância. Ele queria dizer que seu coração estava sangrando. Ele queria dizer para Louis que ele não deveria pensar duas vezes antes de aceitar, mas seus lábios permaneceram fechados enquanto seus olhos transbordavam sentimentos conflituosos e observavam os olhos azuis de Louis sem o brilho habitual, desfocados como se estivessem perdidos.

Talvez, Louis estivesse mesmo perdido e o coração de Harry fosse egoísta demais para ajudá-lo a achar um caminho.

Nas últimas duas semanas, as coisas nunca foram tão estranhas. Louis enviou mensagens, que foram respondidas por Harry como se a tela de seu celular fosse feita de lava, porque seus dedos queimavam, seu coração apertava e seus olhos ardiam com as lágrimas que tentou conter. Conversas triviais ainda acontecem, mas Louis, depois do terceiro dia em que Harry disse que estaria ocupado, parou de perguntar sobre. Apesar disso, as mensagens continuam e nunca perdem o tom, mesmo quando Harry demora propositalmente para responder, apenas porque tudo parece doer demais.

Niall sente o afastamento, que também o afeta. Harry se esquiva de todos os seus encontros, procurando sair mais cedo de casa e chegar mais tarde, apenas para justificar sua atitude com o cansaço de dias atarefados. Diferente de Louis, Niall sabe do passado de Harry, de seu relacionamento com Marcus e do fim e, justamente por isso, ele não pede para que Harry não se afaste. No final das contas, Niall é um amigo compreensivo de um modo que Harry nunca achou que seria possível.

Harry segue sua rotina noturna quase que automaticamente até o momento em que ele se deita na cama e sente que ela é grande demais, porque ele e Louis haviam passado muito tempo dividindo lençóis e travesseiros, quando um não usava o peito do outro como a coisa mais confortável do mundo.

Untitled [l.s.]Onde histórias criam vida. Descubra agora