Untitled [l.s.]

15 - Magma

Oi, você que está lendo!

Como autora, sei que tenho imensa responsabilidade com quem me lê. Faz um ano desde a última postagem e eu entendo bem o quão desanimador esse tipo de coisa é para quem lê, afinal, eu também sou leitora. Em 2022, eu dei mil motivos que justificavam minha falta de postagens e, sinceramente, em 2023 eu poderia dar dois mil, mas eu não acho que esses sejam destaques que vocês queiram ouvir.

Agora, falando de coisa boa, quem aqui se lembra de ter lido as notas iniciais de Untitled, quando eu disse que estava conciliando trabalho e mestrado? Então, agora eu sou mestra (viram só como eu tenho um motivo justificável? Quem estava por perto, sabe que só Deus sabe como eu não arrastei pra cima) e agora sou uma funcionária do estado! 

O capítulo deveria ser postado dias atrás, exatamente no dia 12, mas não consegui postá-lo por motivos de força maior. Apesar disso, sigo dedicando esta att ao alicxy5, que fez aniversário. (Alic, mil perdões pelo travazap que eu te mandei, espero que as palavras bonitas deste capítulo compensem pela mensagem kkk)

Esta att é extramemente comemorativa e, desde já, fico agradecida por quem continuou por aqui, por quem esperou, colocou Untilted em lista de leitura e viu que eu comecei a escrever uma fanfic nova do mais absoluto nada.

Espero que gostem do capítulo, ele foi escrito com todo amor e com todas as palavras que eu guardo dentro de mim para esta história <3

— Harry — Louis chama.

— Hmm — O som que Harry faz nem ao menos se parece com um resmungo. Sua cabeça está confortavelmente apoiada na perna de Louis, que faz cafuné em seu cabelo, e ele se sente bastante bem da forma como está, deitado no sofá com os olhos fixos na televisão, que capturam apenas vislumbres da série que assistem juntos. Tudo o que Harry sabe é que há pessoas zumbificadas por causa de um fungo, um protagonista rude, mas que tem um bom coração, e uma garota que parece carregar algum tipo de gene da cura. Ele provavelmente precisará assistir sozinho para entender o que está acontecendo, porque os dedos de Louis em seus cabelos o distraem de modo irremediável.

— Harry — Louis chama de novo e, desta vez, ele olha para cima.

— O quê?

— Eu realmente gostaria de conversar com você — Louis é sincero ao dizer o que quer, mas Harry ainda se sente incapaz.

Faz três semanas que ele vem ignorando veementemente qualquer menção relacionada à distância e qualquer mínima discussão sobre o relacionamento de nome indefinido que eles têm. Tudo o que Harry sabe é que Louis, eventualmente, irá para os Estados Unidos e que os dois, em algum momento antes da partida, terminarão.

A ideia de que, no fim das contas, a passagem de Louis pela vida de Harry será ainda mais vaga do que a passagem de Marcus faz com que ele queira se manter no escuro para não enxergar o elefante gigante sentado na sala. A escolha de se manter no escuro não é sadia, Harry sabe disso, porque não existe um único momento em que ele não se sinta um grande covarde, mas ele se sente incapaz de colocar tudo o que pensa para fora.

Ele sabe que não está sendo justo com Louis, que está agindo e forma completamente compreensível, mesmo que ele seja o único que tenha que tomar a decisão de ir, mas Harry não está sendo justo nem consigo mesmo.

— Eu não quero ter essa conversa ainda — ele diz, os olhos se desviando para a porta, esperando algo, qualquer coisa que os interrompa agora. Harry ouve Louis suspirar fortemente e ele sabe que Louis está ficando cansado disso. Ele sabe bem. Por isso, ele se levanta, sentando-se ao lado de Louis, quase pedindo para que o carinho volte a ser feito, antes de começar a dizer: