Capítulo 1: Colegas de Quarto

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Nota: Não permito adaptações.
Revisão taetaebala0

Queridos leitores, sejam bem-vindos a Butterfly.

A história é narrada por um dos protagonistas. Ele é hétero e não tem conhecimento sobre a comunidade LGTBQI+, o que ele sabe é o "básico". Porém não se preocupem, ele não é um babaca. Eu quero que tenham isso em mente, porque haverão coisas que ele não saberá explicar, mas vai tentar da maneira que ele consegue. Quero que sejam pacientes no processo de desconstrução da mente dele, porque, apesar dele ser muito mente aberta, têm coisas que ele não entende e que aprenderá durante a história.

A personagem trans, no contexto social, ainda não se assumiu, e — como já diz a sinopse — não foi escolha dela o que aconteceu, e nem foi de uma forma positiva. Então, são usados pronomes masculinos e o tratamento dado a ela é de um garoto. Mas, se forem comentar, por favor usem os pronomes femininos para falar dela. Eu não vou falar muito sobre, para não dar spoiler. Mas vocês vão acompanhar a transição — por favor, sejam carinhosos com ela.

A história tem dois momentos, e cada momento tem três atos.

Boa Leitura.

Minha mãe me disse uma vez que você pode encontrar o amor quando menos espera

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Minha mãe me disse uma vez que você pode encontrar o amor quando menos espera. Em uma fila do banco ou no supermercado. O amor da sua vida pode ser a pessoa que sentou em sua frente no ônibus, ou aquela em quem esbarrou na rua. Não importa onde ou quando, seu amor verdadeiro pode estar lá, basta você decidir se irá correr atrás ou deixar ele passar. As pessoas não têm necessariamente um único amor verdadeiro, mas apenas o que elas desejam ter e fazer daquela pessoa o amor de sua vida.

— Benjamin, não esqueça de me ligar. E venha me visitar nos fins de semana! Não é porque entrou em uma escola nova, e te deixei ficar nos dormitórios, que vai esquecer que tem família e se rebelar — falou minha tia, e eu ri, afirmando com a cabeça. — E não se esqueça de que não vou estar lá para arrumar a bagunça no seu quarto, então mantenha seu lado do dormitório arrumado.

— Sim, senhora. Vou ligar todas as noites e arrumar minha bagunça — falei calmo quando ela parou em frente ao prédio dos dormitórios. Suspirei e voltei a olhar para ela.

Foi ela quem me criou depois da morte dos meus pais. Eu devia muito a ela por sua bondade em me acolher, mesmo que não fosse seu sobrinho de verdade, e por estar comigo quando eu não tinha nada. Foi por causa da amizade que ela tinha com minha mãe que Milena ficou com minha guarda legal. Eu gostava de chamar ela de Mina. Ela era louca, e nossos primeiros dias juntos foram um desastre; mas eu a amava muito, como uma segunda mãe, e tudo o que eu havia me tornado era por causa dela. Ela sorriu amorosamente para mim e afagou minhas bochechas.

— Seus pais ficariam orgulhosos de você hoje. — Sorri pequeno. Estar no colégio interno mais renomado de Londres era quase uma fantasia sendo realizada. Eu era bolsista por causa do basquete. Tinha me destacado entre todos do time da minha antiga escola e então tentei uma oportunidade de mudar de vida junto com Milena. Tínhamos deixado tudo para trás, na esperança de algo novo. Ela até chorou de alegria quando eu disse que tinha conseguido uma bolsa de estudos. Eu queria orgulhar ela e retribuir todo o amor e carinho que tinha recebido.

Butterfly: Casulo de OuroOnde histórias criam vida. Descubra agora