Capítulo 5 É Ela

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Resmunguei com o barulho irritante do despertador e estiquei a mão, desligando-o

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Resmunguei com o barulho irritante do despertador e estiquei a mão, desligando-o. Eu já o desliguei três vezes. Encarei o teto antes de me sentar na cama e quando estiquei a mão para pegar o leite de banana, não tinha nada ao lado do meu despertador. Estalei a língua, Valentim havia ido ficar o fim de semana na casa de Dominic, e eu estava sozinho no dormitório. O costume me fez esquecer que não haveria nada ao lado do meu despertador, nem ninguém na cama ao lado durante aquele fim de semana. Me levantei, indo para o banheiro. Fechei os olhos quando a água do chuveiro bateu em minha nuca e respirei fundo, colocando os cabelos para trás.

Mina ligou para mim dizendo que tinha ganhado dois ingressos para o parque do outro lado da cidade e me deu a ideia de chamar Valentim para ir comigo. Foi adorável ver Tina com os olhinhos brilhando no momento em que fiz o convite. Ainda mais fofo foi vê-la interessada em um ursinho e, depois que o ganhei, Tina dormiu abraçada a ele. Ao ver aquela cena, eu quis rir, mas depois apenas senti conforto em meu peito e acariciei seus cabelos antes de ir para a minha cama naquela noite.

Quando estava pronto para ir ao treino, parei na máquina no final do corredor, comprando um leite de banana para mim. Tirei o celular do bolso, queria mandar um bom dia para Tina porque tinha sentido falta daquilo, naquela manhã. Ela sempre me dava "Bom dia." Ou o simples fato de ela me acordar e ter um leite de banana ao lado do meu despertador. Arregalei os olhos quando meu celular vibrou e mensagens desceram sobre a tela.

Tina: 

“Bom dia, Ben.”

“Tenha um bom treino.”

“Se cuide direitinho.”

“Espero que já esteja acordado, ou vai se atrasar.”

Soprei um sorriso e respirei fundo porque aquilo tinha aquecido meu coração. Podia até ver Tina toda pitica em minha frente, com as bochechas rosadas e dizendo aquelas coisas. Mordi o lábio inferior, atendendo a chamada quando ela ligou para mim.

— Hm? — murmurei, para fingir que estava dormindo. 

— Oh, meu Deus! Ben, você ainda estava dormindo?! Vai se atrasar para o treino. — Sorri por ouvi-la tão preocupada. 

— Que treino? — perguntei, brincando, e Valentim ofegou do outro lado da linha, ri. — Estou bem acordado, meu bem, mas aconteceu algo grave hoje de manhã

— O que? — ela perguntou e eu sorri, imaginando-a com os olhinhos arregalados.

— Não havia nenhum leite de banana ao lado do meu despertador. — disse em um suspiro desacreditado. 

— Benie… — Tina choramingou as palavras do outro lado da linha e eu coloquei uma mão no bolso enquanto caminhava pelo pátio da escola em direção à quadra de basquete. Sorri, mordendo o lábio inferior. " Benie?" Estranhamente saía bonito quando ela falava. 

— Foi desesperador. — Ela ficou em silêncio e eu achava que a havia deixado constrangida.

— Fala alguma coisa! — Ouvi Dominic falar ao fundo da ligação, então tive a certeza de que a deixei tímida

Butterfly: Casulo de OuroOnde histórias criam vida. Descubra agora