Valentina Miller (Valentim Miller)
Suspirei, me encolhendo ao sentir uma respiração em meu pescoço, havia um corpo atrás de mim e ele estava colado ao meu. Franzi as sobrancelhas, abrindo os olhos e encarando a parede em minha frente. Esfreguei o rosto e engoli em seco, me sentindo envergonhada ao sentir o quanto o corpo de Benjamin estava colado ao meu, seus quadris estavam colados em meu bumbum e seu peito em minhas costas, nossas pernas estavam embaralhadas uma na outra. Arregalei os olhos quando senti algo estranho tocando meu bumbum, meu coração acelerou e eu me senti tremer de nervoso. A respiração de Benjamin estava profunda.
Eu estava presa ali, porque nem conseguia me mover. Levantei o lençol, olhando para baixo, os braços dele em volta da minha cintura e uma de suas mãos estava esticada sobre minha barriga. Mordi o lábio inferior por ela estar muito para baixo, sobre meu umbigo. As mãos dele eram grandes e os dedos grossos por causa dos treinos, Benjamin estava com alguns calos nas mãos e elas eram ásperas. Então sempre que ele me tocava eu acabava me arrepiando, principalmente quando ele deslizava as mãos pelos meus braços ao me beijar.
Peguei a mão de Benjamin, tentando tirá-la de lá, ele se mexeu e eu fechei os olhos com força e engoli em seco por ele ter me abraçando mais apertado, afundando o rosto em meu pescoço, me arrepiei ao sentir sua respiração bater em meu pescoço quando ele suspirou. Foi sempre assim durante aquela semana, toda vez que eu acordava meu corpo estava colado ao de Benjamin e ele nunca me deixava sair. Mordi o lábio inferior, tentando sair devagar sem acordá-lo, fui para a frente e ele me acompanhou, indo para a frente também.
— Amor, não vai — Benjamin murmurou e eu arfei ao ouvir a voz dele sair arrastada e sonolenta. Meu coração saltou acelerado, eu sabia que fui eu quem disse que dormiríamos a semana toda de conchinha, mas amanhã já era sexta-feira e eu não tinha me acostumado nem um pouco com aquilo. Eu passava a noite quentinha e era bom dormir com Benjamin me abraçando, eu me sentia segura, porém meu coração sempre ficava acelerado quando eu acordava no outro dia.
— Preciso ir ao banheiro — sussurrei e ele suspirou, me soltando. Me levantei da cama, correndo para o banheiro, e me encostei na porta depois de fechá-la. Respirei fundo, fechando os olhos e encostando a cabeça nela, abri os olhos e encarei a parede, prensando o lábio inferior com os dentes.
No sábado faria uma semana que Benjamin havia me pedido em namoro. Naquela semana, ele continuou como sempre, indo me levar até minha sala e me buscando na hora do lanche. E naquela mesma semana, eu tinha descoberto que namorar era muitas vezes mais vergonhoso. Benjamin era muito carinhoso e sempre estava cuidando de mim, ele me perguntava sempre sobre muitas coisas e me dava muito espaço. Mas na quarta-feira, eu tinha saído mais cedo com Dominic e Benjamin ainda estava dormindo, então ele me enviou uma mensagem no meio da aula, perguntando se eu podia encontrá-lo no banheiro do nosso corredor, e eu fui.
Quando cheguei no banheiro, ele estava me esperando. Benjamin segurou minha mão, perguntando se ele podia me beijar ali, se eu queria fazer aquilo. Eu estava nervosa porque alguém podia chegar. E quando ele percebeu que eu estava insegura, Benjamin só sorriu e disse para que eu esquecesse aquilo e que ele queria me ver um pouco. Benjamin não fez nada além de segurar minha mão. E então ele me levou de volta para a sala. Ele sempre fazia aquilo, me perguntando se eu queria, e quando eu estava indecisa, Benjamin não insistia, ele perguntava apenas uma vez. Eu nunca tinha cabulado aula antes e as duas vezes em que isso aconteceu eu estava com Benjamin.
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Butterfly: Casulo de Ouro
RomanceBenjamin Lopez havia acabado de se mudar para Londres para estudar em um colégio interno depois de ter ganhado uma bolsa de estudos por causa do basquete. Estava tudo incrível, principalmente pela doçura que era seu colega de quarto, Valentim Miller...