Benjamin Lopez havia acabado de se mudar para Londres para estudar em um colégio interno depois de ter ganhado uma bolsa de estudos por causa do basquete. Estava tudo incrível, principalmente pela doçura que era seu colega de quarto, Valentim Miller...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Você só sabe o quanto uma pessoa faz parte de você quando ela chora na sua frente e isso te faz querer chorar também."
Olhei para Valentim e seus olhos brilharam em lágrimas. Ele se encostou na porta e ficamos calados por um tempo, um de frente para o outro. Vê-lo daquela maneira foi triste e senti vontade de chorar junto com ele. Respirei fundo, dando um passo em sua direção. Eu não fazia ideia do que dizer, mas, não podia o deixar daquela maneira.
— Te procurei o dia inteiro, você nem atendeu minhas ligações ou respondeu minhas mensagens — Comecei porque estava preocupado e não fazia ideia de como perguntar a ele sobre tudo o que aconteceu. Ele parecia frágil e machucado, e uma conversa só parecia machucá-lo mais. O vi comprimir os lábios e respirar alto e fundo.
— M-me desculpe, meu celular estava no silencioso e me escondi na biblioteca — Ele sussurrou, eu mordi o lábio inferior. — E-eu vou tomar um banho.
Suspirei quando ele tentou passar por mim, fugindo da nossa conversa, mas segurei seu pulso, ele arfou e se encolheu e pequenas lágrimas já escorriam por seu rosto. Engoli em seco, ele estava tremendo. Era óbvio que ele estava com medo de mim.
— Espere, Valentim, precisamos conversar. — seus olhos se levantaram para os meus. — Aqueles panfletos, era verdade? Vou acreditar só em você, mas preciso que me diga a verdade, para que eu possa te ajudar. — ele abaixou a cabeça e fungou, mordi o lábio inferior, soltando-o. Aquela não havia sido uma boa abordagem.
— Você comeu? — Perguntei quando ele não respondeu minha primeira pergunta e Valentim negou com a cabeça. — Vou comprar algo para você enquanto toma banho. — falei, pegando minha carteira e saindo do quarto.
Cocei a nuca, descendo as escadas e vendo dois alunos subindo, eles estavam rindo e quando me viram, cochicharam entre si.
— Ei! Benjamin, não é? – Um deles perguntou, parei e afirmei com a cabeça. — Ouvimos dizer que Valentim é seu colega de quarto. Diz aí, ele paga boquetes bons? Quanto ele cobra? — Travei o maxilar, apertando os punhos enquanto eles riam. Empurrei um deles e ele arfou, arregalando os olhos quando suas costas bateram na parede, fui em direção a ele.
— Ben! Pare! – Olhei para o lado quando Ian se meteu no meio. — Vocês, saiam daqui ou vou chamar um dos professores — eles resmungaram, saindo, e eu arfei, colocando os cabelos para trás. Ele se virou para mim. — Está louco, Ben? Você não pode entrar em brigas ou o treinador vai te tirar do time, e você é bolsista — bufei.
— Eles vieram me perguntar se... — revirei os olhos. — Esquece. — Ian suspirou e colocou as mãos no bolso.
— Como está Valentim? Eu divido o quarto com o Dominic, ele chegou e não falou nada. — suspirei.
— Ele parece muito mal. — falei e Law afirmou com a cabeça. — Vou descer e comprar algo para ele comer, ele disse que não comeu nada ainda.