O sol mais uma vez ressurge pelos céus azulados e nebulosos da cidade de Nova York. Pessoas acordando para seguirem suas vidas, com seus trabalhos; crianças e adolescentes se preparando psicologicamente para irem para a escola.
Entre esses, uma jovem cidadã nova-iorquina dormia tranquilamente em seu pequeno, mas aconchegante apartamento.
O despertador toca.
Um braço se estica para fora do fofo cobertor, buscando desligar o relógio que apitava como um louco. Um barulho insuportável que era capaz de acordar a vizinhança inteira.
Depois de alguns longos segundos tentando desligar sem sucesso, uma sequência de batidas na porta é ouvida.
-Desliga esse alarme nuclear, sua pentelha!
Sem o mínimo de paciência, ela pega o relógio e o joga na porta, fazendo o desligar assim que atinge a madeira.
-Bom dia pra você também, seu poste.
Depois de preparar uma quente e reconfortante xícara de café para elevar os ânimos, Robertha encosta-se na bancada e aprecia seu mágico sabor.
-Viu meus tênis?- Jhonny, seu irmão mais velho, pergunta enquanto "passeia" pela pequena sala de estar com a toalha enrolada em sua cintura e cabelos molhados.
-Caramba, que visão do inferno.- Ela exclama enquanto se referia ao seu seu irmão quase nu rondando pela casa. -Isso aqui virou o que? Uma casa noturna?
Jhonny atira em sua irmã almofada mais próxima que alcança do sofá. -Calada, pollita. Eu não perguntei o que seu péssimo gosto acha sobre a minha pessoa.
-Ei! Meu sagrado, café!- Ela reclama, protegendo a xícara de quaisquer chance de cair e melar todo o chão. -E para de me chamar de pollita, esse apelido é ridículo igual o dono.
-Esse apelido faz jus a remetente, tem diferença.- Ele se defende, esticando o braço em baixo do sofá.
-Há!- Ele finge achar graça, enquanto voluntariamente seus olhos correm até o carpete ao lado da porta.
Lá estava a droga dos tênis.
-Boa sorte, otário.- Robertha bebe o resto do café e joga a mochila por cima do ombro. -Hoje você vai ficar parecido com o Peter Parker.
-Ah é?- Johnny procura por todos os cantos da sala em busca de seus tênis. -Por que diz isso?
-Porque você vai correr atrás do ônibus. E ele não vai parar pra você.- Ela aponta para a hora, fazendo-o correr rapidamente e colocar uma roupa.
Ela ri e chuta os tênis do irmão para o meio do corredor. Era impossível ele não os ver.
Não é?
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Os Iguais Também Se Atraem¹° • Raphael (TMNT 2012) ✓
FanfictionRobertha, uma jovem aparentemente comum, com uma audição extraordinariamente aguçada, capaz de detectar até os sons mais sutis. Porém, ao longo de sua vida só tinha experimentado resquícios de sua habilidade, e nem imaginava que esse dom poderia lev...