•DONATELLO•
Dizem que toda a família tem um diferentão, um "mais inteligente que os outros" por assim dizer. Ou a ovelha negra, o perdido. Eu me encaixava no mais inteligente, mas ao meu ver, cada um dos meus irmãos tinha uma característica especial que nos diferenciava. Às vezes era bom, às vezes nem tanto.
Ser o mais inteligente fazia que um certo fardo estivesse em meus ombros, estudar alienígenas, criar antídotos.. Eu podia ser um perito, mas se tornava cansativo alguns momentos. Mas é claro que não importava, bom, deveria, mas todos estavam cumprindo seus papéis, então eu deveria também.
Eu sentia que poderia ser mais inteligente, me achava em um nível básico, mas era tudo o que eu conseguia vivendo no anonimato, em um covil nos esgotos, sem nunca ter ido para uma escola. Não que isso importasse, já que as escolas ofereciam um ensino básico sobre matérias que, provavelmente, quase ninguém usaria na vida.
Além de querer ser mais intelectualmente inteligente, também gostaria de conseguir aprimorar habilidades sociais. Além dos meus irmãos, nossos amigos eram Casey, Robertha e... April.
Soltei um suspiro ao lembrar da linda ruiva que alugou um triplex na minha cabeça desde o primeiro dia em que a vi de cima daquele telhado. Nós salvamos ela e seu pai, e desde então, ela tem sido nossa amiga, por mais que eu não quisesse ser apenas seu amigo.
Ironia do destino, um considerável gênio que mal consegue falar com uma garota. Mas também, não era qualquer garota, era April O'Neil. Não conseguia pensar em qualquer um que não ficaria babando por ela assim como eu, e isso incluía o Jones. Casey era o engraçadinho que competia constantemente comigo pela atenção de April, mas ele nunca conseguiu nada com suas tentativas fracassadas de "charme banguela".
Pensando bem, nem eu.
Balancei a cabeça para afastar os pensamentos enquanto olhava pelo microscópio algumas células do sangue de Robertha. Além de April, aquele assunto também estava fazendo hora extra na minha mente. Eu tinha a convicção de que Robertha não era uma garota normal, um cientista sabe quando vê algo anormal, e não tinha nada de normal no DNA dela.
As células estavam um tanto confusas, bagunçadas, como eu suspeitava, elas eram divergentes comparadas à células humanas. Eu precisaria de algum tempo para chegar em resultados concretos, talvez uns dias, e talvez mais um tempo até que Robertha estivesse bem para ouvir. Ela não parecia bem quando saiu daqui, e não era para menos, estava torcendo para ela conseguir reagir bem.
Mas nada podia ficar tão calmo na nossa vida. Raph e Jones apareceram aos berros no Covil, me fazendo reparar que nem tinha notado Raph sair de novo. Aliás, quanto tempo eu fiquei ali depois de Robertha ir embora? Peguei o T-Phone, me assustando quando vi que já era de noite novamente.
Aparentemente, os dois projetos de justiceiros deixaram os Kraangs fugirem com um plutônio roubado de um laboratório, e outro "justiceiro" roubou o plutônio dos Kraangs, além de deixá-los aos pedaços, segundo Raph e Casey. Leo nos separou em duplas para rastrear quem andava caçando os aliens.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Os Iguais Também Se Atraem¹° • Raphael (TMNT 2012) ✓
FanfictionRobertha, uma jovem aparentemente comum, com uma audição extraordinariamente aguçada, capaz de detectar até os sons mais sutis. Porém, ao longo de sua vida só tinha experimentado resquícios de sua habilidade, e nem imaginava que esse dom poderia lev...