XXIV. Revelations

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Setembro de 2016, Los Angeles

Era terça-feira depois da escola, Bianca e Duda haviam decidido que iriam contar naquela noite para os pais sobre o relacionamento, no fim de semana compraram alianças e agora estava ainda mais complicado tentar esconder algo, sempre que chegavam em casa precisavam tirar as alianças.

Seus amigos ficaram sabendo logo na sexta-feira, os gritos de Isabella quando soube foi o que entregou tudo de vez, para a surpresa -ou nem tanta- das meninas, Elana e Sofia também resolveram contar sobre seu relacionamento e agora as quatro eram alvo de piadas no grupinho, por estarem apaixonadas.

Duda tinha acabado de sair de sua prova e iria para casa ensaiar para sua aula, Bianca resolveu levá-la antes de ir para casa, a mais nova estava animada para mostrar a ela os passos novos de dança que estava aprendendo na aula, adorava dividir tudo com Bianca, ainda mais agora que eram namoradas.

Não havia ninguém na casa dos Kropf, Isabela estava na aula, Michelle e Rogério ainda trabalhavam, então elas ficariam sozinhas por algum tempo. A noite teriam um jantar na casa da família Tatto, onde contariam aos pais tudo que estava acontecendo, os pais de Duda ficaram curiosos com o convite, mas Michelle já parecia saber de algo.

— Okay, veja. — Duda colocou a música no pequeno rádio em cima do balcão, e pareceu pensar antes de começar a dançar.

Os passos pareciam muito bem ensaiados, Bianca não entendia tanto de dança quando a menina mais nova, mas sabia que ela estava indo muito bem, para ela era a melhor dançarina de todas. Duda finalizou a dança e caminhou até o rápido para parar a música, ainda respirava ofegante.

— Isso foi demais, amor, você é a melhor de todas. — Ela sorriu brilhantemente, levantando da cama e indo até a menina.

— Eu errei um monte de vezes. — Ela riu, negando com a cabeça e Bianca segurou seu rosto, beijando seus lábios. — Hm... Acho que vou compartilhar meus passos de dança com você mais vezes. — Sorriu com a língua entre os dentes após quebrarem o beijo.

— Interesseira. — Bianca brincou, a soltando e Duda resmungou com a falta de contato. — Eu preciso ir, amor, minha mãe disse que minha avó está em casa e ela quer que eu vá vê-la. — Disse, fazendo um biquinho.

— Meu Deus, mais gente pra hoje a noite, eu vou morrer de ansiedade. — Duda fez uma expressão dramática e Bianca riu.

— Você sabe que vovó é meio doida, mas ela é a que mais vai nos apoiar. — Sorriu e Duda a abraçou novamente. — Vai dar tudo certo, okay?

— Eu sei que vai. — Duda sorriu, beijado seu rosto. — Amo você, não esqueça.

— Eu te amo mais. — Beijou os lábios dela uma última vez. — Te vejo mais tarde, então.

— Diga a vovó que eu mandei um beijo. — Bianca sorriu e assentiu, caminhando até a porta do quarto.

Bianca chegou em sua casa, encontrando a mãe terminando de fazer o almoço, cumprimentou a mulher com um beijo no rosto e lembrou que teriam visita mais tarde, Kátia estava animada para receber os amigos, ela estava feliz que as meninas estavam bem novamente e havia notado que Bianca estava falando mais do que o normal sobre Duda, sabia que algo estava acontecendo.

Depois que Gagui chegou junto com a vovó Tatto, que ele havia buscado no aeroporto, já que ela estava insistindo há meses que queria visitá-los para sair um pouco de casa. Se reuniram na mesa para almoçar, Kátia falava de seu trabalho, vovó reclamava o tempo todo do vovô e rejeitava a salada que a filha havia servido em seu prato e Gagui falava sobre como estava animado para o jantar com os Kropf, o garoto também havia se apegado a família com os anos.

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