Meu Querido Híbrido

Capítulo 15

Desde que recebi aquela ligação sinto medo de sair, mas também sinto medo de ficar em casa então continuo indo ao trabalho normalmente e agradeço cada minuto que fico com meus amigos do local

Uraraka e Camie ainda tentavam me convencer a deixar que elas pedissem ao Bakugou pra que ele me acompanhasse toda noite, obviamente eu não aceitei até porque eu não tenho porque ocupar ele com meus problemas

Bakugou: Pela sua cara não teve uma boa noite de sono

Estava fazendo uma pequena limpeza no balcão quando ouvi a voz do rapaz

S/n: Você acha? Eu mesma não tinha percebido

Bakugou: Ser desatenta dá nisso

S/n: Olha desculpa, mas eu não tô afim de papo hoje tá

Bakugou: Tem ideia de quem possa ser o cara?

S/n: O que!? Como você-

Camie: Desculpa amiga, a gente contou pra ele

S/n: Exatamente o que eu pedi pra não fazerem

Bakugou: Elas estão preocupadas, devia levar isso em consideração

S/n: Elas envolveram alguém que eu nem conheço nessa história

Bakugou: Tá aí uma boa oportunidade pra gente se conhecer

S/n: Só pode tá de brincadeira comigo, tá se aproveitando da situação

Bakugou: Não

Ele falou de uma forma tão séria que eu não consegui duvidar, como não haviam outros clientes precisando de atendimento acabei conversando com o rapaz

Bakugou: E aquele cara, que veio aqui dias vezes

S/n: Acha que pode ser ele?

Bakugou: Ele demonstrou estar bem interessado e depois de levar dois foras, quem sabe

S/n: Eu não tinha pensado nisso, a voz ontem na ligação estava com alteração então não pude reconhecer

Bakugou: E o que a polícia falou?

S/n: Eles tentaram rastrear o aparelho, mas até agora e só isso que eu sei

Bakugou: Hum... Eu tenho que resolver uns assuntos, até mais tarde

Ele disse já indo em direção a saída

S/n: Não precisa

Bakugou: Até mais tarde

Ele saiu do local e sumiu em seguida, eu estava um pouco incomodada por ele ter se envolvido, mas também me sentia melhor sabendo que não estaria sozinha

Continuei o dia trabalhando normalmente tentando não pensar no que tem acontecido, até ouvir a porta abrir e aquele cara entrar e assim que que me viu sorriu e começou a vir em minha direção

Uraraka: S/n preciso de um favor, p chefe pediu pra gente separar uns livros que estão no depósito, mas eu tô muito ocupada aqui então você pode ir lá pra mim

Uraraka surgiu de repente ficando entre mim e o rapaz que parou e começou a disfarçar, ela me falou que todos os livros que eu precisava encontrar estavam na lista, mas na hora que ela me entregou o papel percebi que não havia nada escrito

Uraraka: Você pode ir lá enquanto cuido do atendimento?

S/n: Claro... claro, eu já vou

Com o papel em mãos fui em direção ao depósito passando pela cozinha, assim que cheguei lá me sentei em uma das cadeiras que haviam no local, apesar de ser um depósito era um lugar bem limpo e agradável para descansar

Estava com os olhos fechados, já me sentia um pouco melhor e apenas me mantive em silêncio enquanto ouvia passos em minha direção, abri os olhos e me deparei com um senhor já sentado na cadeira a minha frente

S/n: Nezu, é bom ver você

Nezu: Digo o mesmo minha querida, antes que pergunte não vim ver como estão por aqui... vim ver você

S/n: Não entendi

Nezu: É claro que entendeu e entendo que não queira envolver demais pessoas, mas eu me preocupo e sabe disso

S/n: Qual das duas fofoqueiras lhe contou?

Nezu: Camie

S/n: Mato ela depois

Nezu: Isso seria trágico, mas enfim, me diga o que aconteceu?

S/n: Não precisa se preocupar com isso, está tudo bem

Nezu: Oh minha querida eu posso estar ficando velho, mas não bobo e infelizmente eu posso ver a tristeza em seus olhos

Sempre me senti bem ao conversar com esse velho, acabo desabafando sempre que tenho um problema e dessa vez foi um pouco diferente pois comecei a chorar segundos antes de receber um abraço

Lhe contei tudo o que estava acontecendo com os mínimos detalhes enquanto ele me ouvia com atenção

Nezu: Mas isso é algo realmente preocupante minha querida, a polícia ainda não lhe disse nada

S/n: Infelizmente não, como eu disse eles estavam tentando localizar o aparelho que usaram, mas até agora não tive nenhuma informação se conseguiram

Nezu: Eles não parecem estar indo a fundo disso, devo tomar providências

S/n: Não, por favor não precisa

Nezu: É claro que precisa você está correndo perigo, ainda mais morando sozinha

S/n: Não completamente sozinha, eu adotei um cachorro e posso lhe garantir que ele é um bom segurança

Nezu: Isso é ótimo, mas não o bastante

S/n: Vai ficar tudo bem, seja lá quem estiver fazendo isso acredito que logo vai ser pego e tudo voltará ao normal

Nezu: As meninas também me falaram de um rapaz que aceitou lhe acompanhar toda a noite

S/n: Ah sim, ele vez aqui as vezes e acabamos conversando as vezes

Nezu: E ele não poderia ser um possível suspeito? Afinal de contas ele sabe onde é sua casa e o horário que estará nela

S/n: Sendo sincera eu não consigo imaginar ele como um suspeito, não sei porque, mas... confio nele

Nezu: Se você diz, mas por favor fique atenta

S/n: Eu ficarei, não se preocupe

Nezu: Que bom, eu tenho que ir agora resolver uns assuntos pendentes se precisar de alguma coisa não deixe de me ligar

S/n: Ok, boa tarde

Nezu: Boa

O senhor se levantou da cadeira e caminhou me deixando sozinha novamente com meus pensamentos, depois de pouco tempo Uraraka apareceu no depósito e me disse que aquele cara já havia ido o que me deixou bem mais tranquila

Voltei ao trabalho e quando a hora de ir embora chegou, troquei de roupa e caminhei até o lado de fora do estabelecimento onde encontrei com Bakugou me esperando, como sempre estava com sua bela expressão seria.