Capítulo 21

3.3K 366 61
                                    

Ele continuou lá sorrindo e me olhando como um psicopata, mas quando percebeu que eu não iria nem tocar na comida seu sorriso desapareceu

- Por que não come?

S/n: Não quero comer

- Mas você comeu tão pouco esses dias, vai acabar passando mal

S/n: Não me importo

- Olha amor eu tenho sido paciente esses dias, mas agora você tem que comer por bem ou por mal

Ele disse puxando da barra de sua calça uma arma e a apontando para mim, senti meu coração se acelerar pois agora não tinha outra escolha a não ser comer então peguei o prato e levei a primeira colherada até a boca, mastiguei devagar em seguida a engoli

- Está gostoso?

Apenas balancei a cabeça em confirmação para não deixa-lo bravo e continuei a comer até acabar tudo o que havia no prato, olhei para ele e vi que a arma ainda estava apontada para mim, estava com tanto medo que senti meu estomago se revirar e acabei vomitando e me sujando

- Que droga agora está toda suja, tire a roupa vou lhe dar um banho

S/n: Você não vai encostar em mim

- Não seja teimosa meu amor ou terei que tomar outras medidas

S/n: Então atira de vez na minha cabeça e acaba com isso

Ele me olhou espantado e apontou a arma para mim mais uma vez, senti meu coração disparar e fechei os olhos enquanto chorava

- Não vou fazer isso... eu já volto

Ele saiu do local e eu continuei a chorar implorando pra que alguém me ajudasse, cerca de meia hora depois ele voltou e no lugar da arma segurava uma seringa com um liquido dentro

S/n: O que é isso?

- É só um remédio pra ajuda-la a se acalmar

Ele se aproximou então rapidamente tentei me levantar para me afastar, mas ele foi mais rápido e me agarrou pelas costas e inseriu a agulha no meu braço enquanto eu tentava me soltar até que ele mesmo me soltou e se afastou

- Vai levar uns minutos pra fazer efeito e depois eu te dou um banho ok, daqui a pouco eu volto

Ele saiu de novo e fechou a porta, desesperada e comecei a tentar quebrar a corrente, mas não adiantava ela não quebraria tão fácil então voltei a chorar

Minutos depois eu comecei a sentir o remédio começar a fazer efeito já sentia meu corpo mole e minha visão começou a embaçar, estava tudo tão quieto quando comecei a ouvir gritos e vozes, não apenas a do meu sequestrador, as de outra pessoa

S/n: Ba-ku-gou

Os gritos pareciam aumentar cada vez mais como se eles estivessem se aproximando até que a porta foi aberta com certa brutalidade quando o homem foi jogado contra ela, minha visão já estava bem mais embaçada, mas eu ainda conseguia ver que havia outro homem ali em pé em frente a porta

- Se afasta de mim sua aberração

Já estava nas ultimas quando vi apenas aquele borrão que antes era o homem se modificar e ficar como um animal pronto para atacar, acabei apagando no momento em que ele avançou

Senti o balançado enquanto abria os olhos e minha visão ainda estava um pouco tremida, mas consegui ver que estávamos passando entre arvores e... Katsuki me carregava em suas costas, mas ele parecia estar maior

S/n: Tsuki... como me achou?

Ele apenas virou sua cabeça e como eu estava bem perto de seu rosto ele apenas se esfregou em mim e voltou a olhar para frente e continuou a caminhar, acredito que uma horas depois chegamos a cidade e eu percebi que ele havia diminuído novamente

S/n: Eu já posso caminhar sozinha

Ele rosnou como se não concordasse então apenas continuei quieta enquanto olhava a nossa volta, devia ser tarde da noite pois as ruas estavam vazias, depois de pouco tempo vi que chegamos a um hospital e assim que nos viram enfermeiros correram até mim e aparentemente com permissão do animal ele me levantaram em seguida me deitaram em uma maca

- Moça você pode me dizer seu nome?

S/n: S/n

- É a moça que estava desaparecida, chamem a policia

S/n: Cadê o Tsuki?

- É o nome do seu cachorro? desculpa, mas ele não pode entrar

Os enfermeiros me levaram até um dos leitos e me ligaram aos aparelhos que haviam lá, enquanto isso eu não conseguia parar de pensar em Katsuki e em Bakugou pois eu tinha certeza de que era ele

Mina: Oi amiga

S/n: Mina!?

Mina: Falou meu nome como se eu fosse uma assombração

S/n: É que você chegou tão rápido

Mina: Estou de plantão hoje e assim que soube que você estava aqui assumi o seu caso

S/n: Ahh me tirem daqui

Mina: Por que amiga?

S/n: To num hospital particular, vou ficar falida

Disse fingindo um pequeno choro que causou risadas em minha amiga e em mim, logo em seguida ela começou com os procedimentos e claro enquanto isso ela me perguntou o que havia acontecido contei praticamente tudo, mas mudei certa parte

Quase meia hora depois a policia chegou e assim começaram mais e mais perguntas, novamente contei tudo que me lembrava dando os mínimos detalhes e quando os disse que estava na antiga mina eles pareceram ficar meio sem jeito

Mina: O que foi policial, não pareceu tão surpreso ao saber da mina

- Bem, nos recebemos a informação de que talvez ela estaria na mina

Mina: Imagino que enviaram homens para verificar

- Sim, mas acredito que eles já devem estar lá não pudemos envia-los mais cedo pois estávamos sem reforços

Mina: Me pergunto agora o que teria acontecido caso o cachorro de S/n não tivesse a encontrado, quem diria um cachorro sem treinamento conseguiu ser mais eficiente que a policia

- Sabe que pode ser presa por desacato, não sabe doutora?

Mina: Sei sim e também sei que tenho dinheiro o suficiente para pagar a fiança então, acredito que não ficaria mais que minutos na delegacia

O clima estava tenso no quarto então fingi uma tosse e Mina deu a palavra dizendo aos policiais para saírem pois eu ainda precisava de cuidados e descanso, sem questionar eles saíram do local nos deixando a sós novamente.

Meu Querido Híbrido Onde histórias criam vida. Descubra agora