Capítulo 36

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Ainda estávamos presos na delegacia quando o chefe de polícia mandou que me levassem até sua sala para um interrogatório, então fui levada até outra sala onde ele já esperava por mim

- Eu farei algumas perguntas e espero uma resposta para todas elas, a quanto tempo você sabe da condição desse... rapaz?

S/n: Poucos tempo, um mês talvez

- Por que não informou as autoridades sobre isso?

S/n: Não achei necessário

- Você sabe quem fez isso com ele?

S/n: Não

- Ele não a contou?

S/n: Não e eu nunca perguntei

- Sabe que esconder algo assim é crime não sabe, ele representa perigo para a sociedade e já matou uma pessoa

S/n: Já vi policiais matarem milhares de inocentes e saírem impunes pelo fato de carregar um distintivo, ele mata um criminoso e é considerado perigoso

- Senhorita S/n diga a verdade, ele a forçou a ficar calada? A ameaçou?

S/n: Nenhuma única vez e eu espero que o bom senso lhe atinja delegado pois esta cometendo um erro

Ficamos por quase uma hora dentro daquela sala e todo esse tempo eu só conseguia pensar se Bakugou ficaria bem, durante meu interrogatório um dos policiais entrou no local e avisou que um homem gostaria de entrar

Após pedir uma identificação o delegado permitiu a entrada do mesmo, era um velho, estava bem vestido e parecia bem educado

- Me desculpe a intromissão delegado, sou Daruma Ujiko o senhor já deve ter ouvido falar de mim

- Com toda certeza, o senhor é o fundador do Hospital Jaku General é uma honra vê-lo, mas devo perguntar o que faz aqui?

Ujiko: Bem o senhor sabe como as notícias se expalham rápido e eu fiquei sabendo sobre o rapaz e gostaria de poder examiná-lo, claro, com todos os cuidados necessários

- O senhor gostaria de fazer pesquisas sobre ele?

Ujiko: Oh sim, mas apenas para ajudá-lo pois com exames avançados talvez possamos fazê-lo voltar a ser apenas um rapaz normal como todos os outros

S/n: Pode fazer isso?

Ujiko: É uma possibilidade minha pequena

- Devo pensar no caso Sr. Maruta afinal ele representa um certo perigo se é que me entende

Ujiko: Ah claro, eu soube do que ele fez ao sequestrar da senhorita, mas podemos levar em consideração que pode não ter sido sua culpa

- Não consigo entender

Ujiko: Mocinha pelo que eu ouvi nos boatos eles foi modificado em laboratório certo?

S/n: Uhum

Ujiko: Entendo, sendo assim ele provavelmente foi um tipo de teste onde possivelmente o genes de um lobo foi misturado ao seu na tentativa de criar um tipo de criatura diferente, mas se parar para pensar algo que é bem óbvio esses dois genes não são compatíveis o que faz com que um deles tenha mais controle sobre o outro

- Acha que ele atacou o homem porque não pode reprimir o instinto do animal?

Ujiko: Exatamente, vejamos mocinha quando você o conheceu ele estava em sua forma humana?

S/n: Não, aparentava ser um cachorro

Ujiko: E ele estava sempre nessa forma

S/n: Sim

Ujiko: Está vendo, mesmo podendo tomar a forma humana e talvez viver como um ser humano normal ele viveu a maior parte do tempo como um animal o que mostra que ele possa não ter o domínio sobre o genes que lhe foi aplicado

Ele e delegado continuaram a conversar sem se importar com minha presença até porque algumas perguntas eram direcionadas a mim, mas depois de um tempo fui retirada da sala e levada de volta a cela junto de Bakugou

Bakugou: Imagino que eles te encheram de perguntas

S/n: Várias, como você está?

Bakugou: Tirando o encomodo das algemas estou bem

S/n: Um senhor entrou na sala quando estava no interrogatório, ele diz ser médio e pelo jeito é um dos bons

Bakugou: Médico? Mas por que?

S/n: Ele disse que ouviu sobre você através de boatos e veio até aqui convencer o delegado a deixar que o leve para fazer pesquisas

Vi a expressão do Bakugou mudar de forma drástica e ele se levantou no acento em que estava e começou começou andar de um lado para o outro sem parar

Bakugou: Não, não podem deixar eu tenho que sair daqui

S/n: Bakugou calma

Bakugou: Você não entende? Eles querem me usar de cobaia de novo eu passei cinco anos tentando fugir e agora querem me prender de novo

S/n: Eu sei que foi difícil pra você passar por isso, mas e se ele puder ajudar

Bakugou: Ninguém pode me ajudar S/n!

Ele me olhou de uma forma diferente, qualquer outra pessoa diria que podia ver a fúria em seu olhos, mas eu pude ver o medo que ele sentia

Sem pensar duas vezes começou a tentar se soltar e tentava abrir a cela chutando a grade da porta o que chamou a atenção dos policiais que apontaram suas armas

S/n: Não atirem por favor! Por favor!

Bakugou: Abram essa porta!

- É melhor você se acalmar rapaz... chamem o delegado!

S/n: Bakugou por favor se acalma assim você pode piorar a situação

Bakugou: Eu tenho que sair daqui!

Ele continuou chutando a porta e enquanto isso mais policiais chegavam e junto deles o delegado

- Tirem ela de lá ele pode feri-la

S/n: Não! Não me deixem com ele por favor, me deixem com ele!

Os policiais abriram a cela e o seguraram enquanto isso outro me puxou para fora da cela enquanto eu pedia para que ele me soltasse

Bakugou: S/n!

S/n: Me soltem, me soltem!

Não havia o que fazer, quando olhei para a cela Bakugou já estava imobilizado no chão e um homem se aproximou com uma seringa em mãos

Ele aplicou algo no pescoço do Bakugou que o fez apagar aos poucos e então uma equipe com uma maca entraram e com ajuda dos policiais o colocaram sobre a mesma

S/n: O que vão fazer com ele? O QUE VÃO FAZER COM ELE?

- Calma, ele será cuidado por especialistas não precisa se preocupar

Eu ainda tentava me soltar quando vi o mesmo senhor passar ao nosso lado, ele estava com uma expressão estranha em seu rosto o que me fez acreditar que ele não era quem fingia ser.

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