Capítulo 25

3.4K 352 90
                                    

Com a mesa pronta eu estava apenas colocando algumas louças na pia e quando me virei me deparei com Bakugou parado à porta com as mãos nos bolsos e acabei me assustando

S/n: Não vou perguntar como você consegue chegar de fininho porque já imagino a resposta, mas pode não fazer isso?

Bakugou: Eu sempre fiz isso e você nunca reclamou, já devia estar acostumada

S/n: Eu sei, mas agora é diferente você não pode mais chegar assim quando estiver na forma humana

Ele apenas deu de ombros e foi até uma das cadeiras em volta da mesa e se sentou na mesma, eu estava me controlando para não rir quando ele tirou a tampa que cobria o seu prato e se deparou com arroz e ração

Ele ficou olhando para o prato por alguns segundos e depois se levantou e começou a caminhar na minha direção, obviamente eu comecei a me afastar

S/n: O que você vai fazer?

Ele não falou nada apenas se aproximou e passou um de seus braços ao lado da minha cintura pegando assim outro prato que estava escondido

Bakugou: Não tente enganar um lobo garota

S/n: Já vi que não dá pra brincar com você nessa forma

Ele voltou a cadeira e empurrou o prato com ração e colocou o ouro no lugar, como a tentativa de pegadinha havia falhado só me restou me sentar em meu lugar e comer

Bakugou: Então você quer brincar?

S/n: Não, bom jantar

Achei que essa era a melhor resposta pois por um segundo eu percebi um duplo sentido, ou pode ser ter sido coisa da minha cabeça afinal de contas é a primeira vez que vivo a sós com um rapaz na mesma casa. Assim que terminamos o jantar finalmente pude comer o musse que por sinal estava ótimo

S/n: Isso ta muito bom

Bakugou: Eu sei, mas vê se não come muito

S/n: Acho que prefiro você como meu querido cachorro, você fica mais simpático e carinhoso

Ele apenas me ignorou e continuou a comer, assim que terminamos começamos a arrumar a cozinha e eu decidi puxar um assunto qualquer

S/n: Seu quarto já esta arrumado, ta faltando algum lençol ou travesseiro? Eu posso te arranjar um dos meus

Bakugou: Tenho tudo que preciso

S/n: Ok, então até amanhã

Com tudo já arrumado me despedi e segui para o meu quarto e como estava calor fui direto para o banheiro e tomei um banho refrescante, quando voltei ao meu quarto peguei minha querida roupa de dormir que no caso era apenas uma camisa longa e minha calcinha

Eu sei que não estou mais sozinha em casa, mas eu confio nele então não me sinto desconfortável em usar algo confortável. Ao amanhecer acabei sendo acordada não por meu despertador, mas sim por batidas em minha porta e ainda sonolenta me levantei da cama e fui até a mesma e a abri

S/n: O que foi?

Bakugou: Já está na hora de levantar, temos trabalho esqueceu?

Ele não olhava para mim, seu rosto estava levemente virado e seu olhar fixo na parede sorri ao ver a mania de sempre e me sentia aliviada ao saber que ele me respeita

S/n: Meu despertador ainda não tocou

Bakugou: Nem vai, você esqueceu seu celular na sala e está descarregado vai logo se arrumar e vem tomar café

S/n: Fez o café da manhã?

Bakugou: Sim, mas vê se não acostuma

S/n: Acho que vou esquecer o celular mais vezes

Bakugou: Da próxima te deixo pra traz

Sua ultima palavra antes de se afastar, eu então fechei a porta e como meu sono já havia se esvaído eu fui para o banheiro fazer as higienes pessoais e depois quando já estava vestida fui até a cozinha tomar café

S/n: Obrigado pelo café, vamos?

Bakugou: Uhum

Peguei minha bolsa e ele, só a carteira e o celular e então saímos de casa e começamos a caminhar em direção ao trabalho, no caminho quase não trocamos nenhuma palavra até que finalmente chegamos a sorveteria

S/n: Bom dia gente

Camie: Bom dia linda, Bom dia Bakugou

Bakugou: Hum

S/n: Grosso

Camie: Será que é?

Por mais que ele já estivesse afastado eu tinha certeza de que ele havia escutado, tenho que me lembrar de maneirar nas palavras próximo da Camie

S/n: Isso é pergunta que se faça?

Uraraka: Vindo da Camie eu nem me espanto, bom dia amiga

Como sempre arrumamos o local e depois ficamos a espera dos clientes que não demoraram a aparecer então logo começamos com os atendimentos, depois de atender todos que haviam chegado Uraraka e eu fomos arrumar alguns livros novos nas prateleiras

Uraraka: É bom ver você aqui de novo, vocês no caso

S/n: É bom estar de volta, não ia aguentar ficar infornada na minha casa

Uraraka: É, mas você não acha que seria bom ter um descanso?

S/n: Não me sinto cansada e também queria voltar a minha vida normal o mais rápido possível e esquecer tudo o que aconteceu

Uraraka: Entendi

Continuamos a arrumar os livros e assim que terminamos fomos atender novos clientes, como sempre a sorveteria já estava bem movimentada, mas infelizmente alguns não queriam sorvetes ou livros, pelo jeito meu desaparecimento foi noticia na cidade e eles estavam em busca de uma entrevista

S/n: Bom dia o que vão pedir?

- É você, pensei que não viria trabalhar hoje eu gostaria de lhe fazer uma pequena entrevista sabe, algumas perguntas

S/n: Eu não estou aqui para entrevistas, me desculpe

- São só algumas perguntas, como foi passar três dias em cativeiro? Ele estava agindo sozinho? Como ele a levou até lá?

Cada pergunta me trazia uma lembrança de terror, larguei meu bloco de notas no chão e coloquei as mãos sobre os ouvidos e comecei a me afastar, mesmo assim ainda era possível ouvir

- Moça espere só mais algumas perguntas, é verdade que você já teve um caso com ele? Você já o conhecia?

Uraraka: Moça por favor eu preciso que saia

- Não, eu estou aqui por informações não pode me expulsar

Bakugou: Mas eu posso, saia daqui agora por bem ou prefere ser jogada na calçada?

- S/n é verdade que ele a estuprou?

Bakugou: JÁ CHEGA!

Eu não olhei para traz, mas imagino o que aconteceu enquanto eu ainda estava com as mãos sobre os ouvidos, tremendo e sentindo que não podia respirar, parecia que eu estava lá de novo, eu podia ver ele me agarrando e injetando aquela droga em mim

Minha respiração parecia falhar cada vez mais, estava inerte naqueles pensamentos que nem percebi que meus amigos estavam a minha volta me chamando, mas eu não conseguia me mover e aquele medo não desaparecia até olhar para frente e ver aqueles olhos vermelhos me olhando com preocupação, minha visão começou a falhar eu iria desmaiar

S/n: Me ajuda.

Meu Querido Híbrido Onde histórias criam vida. Descubra agora