Meu Querido Híbrido

Capítulo 38

Ao perceber que ele estava perto o bastante avancei em direção ao seu pescoço, mas antes que conseguisse o atingir uma descarga elétrica atravessou meu corpo me fazendo deitar na maca novamente

Bakugou: Seu... desgraçado

Ujiko: Você não muda mesmo

Ele se afastou e foi até próximo a porta e apertou um botão em seguida ficou me olhando sério, pouco tempo depois dois homens chegaram na sala carregando um objeto cada, uma corrente e uma focinheira

Ujiko: Levem ele, faremos uma avaliação

Eles se aproximaram para me tirar da maca e a cada vez que eu tentei resistir ou ataca-los levei uma porrada de choque então só me restou colaborar, depois me prenderem a corrente e colocar aquela merda de focinheira eles começaram a me guiar por corredores até chegarmos a outra sala

Ujiko: Deite na maca e já sabe o que vai acontecer caso não obedeça

Ele disse enquanto colocava um jaleco e luvas fui solto da corrente, mas continuei com a focinheira, me deitei na maca e uma mulher se aproximou, não havia percebido que ela estava ali

Ujiko: Coloque os eletrodos

Ele foi até outra mesa e parecia mexer em algumas coisas que não conseguia ver enquanto a mulher começou a colocar os eletrodos em mim logo fazendo minha sequencia cardíaca e outros sinais no aparelho ao nosso lado

Ujiko: Batimento cardíaco levemente alterado, nem imagino porque

Ele ficou olhando para o aparelho por um tempo depois foi a um grande computador e o ligou onde apareceu algo que parecia ondas cerebrais, as minhas ondas cerebrais

Ujiko: Sim você teve uma boa mudança, lembro que antes era possível ver as duas ondas cerebrais e agora você consegue camuflar para parecer normal isso enganaria um médico qualquer facilmente

Ele ficou falando diversas coisas por um bom tempo até que ele me disse para mudar de forma e como eu não tinha escolha ainda sobre a maca mudei meu corpo e acabei ficando de uma forma desconfortável sobre a mesa

Ujiko: Sua roupa foi absorvida, provavelmente se unificou aos pelos e suas ondas cerebrais mudaram, mais ainda há um ponto humano isso é impressionante

Ele foi novamente até aquela mesa e a empurrou até próximo a maca, mas mantendo uma distância segura e pegou um tubo e uma tesoura e veio até mim

Ujiko: Não se importa se eu lhe fizer um novo corte de cabelo certo, preciso de amostras

Bakugou: Vai pro inferno

Ele pareceu espantado e depois voltou a sorrir como um maníaco enquanto batia as mãos, parecia bem contente e depois se aproximou novamente e começou a cortar o pelo da lateral da minha cabeça e um pouco do meu braço onde a roupa havia mudado e os colocou em tubos separados

Ujiko: Ótimo

Ele voltou a mesa e pegou outra coisa, uma seringa cheia de um líquido amarelo e veio até mim novamente me pedindo para voltar a forma humana, o ignorei e como resultado levei outro choque

Ujiko: Posso fazer isso o dia todo Katsuki

O olhei com ódio enquanto voltava a forma humana, assim que terminei a transformação ele segurou meu braço e aplicou todo aquele líquido em minha veia

Ujiko: Durma bem, não se preocupe vou cuidar bem do seu corpo

Ele se afastou e quando me levantei para ataca-lo senti minha cabeça girar, me segurei as grades ao lado da maca e vi minha visão ficar turva então comecei a perder os sentidos. Sentia minha cabeça latejar e quando abri os olhos minha visão ainda estava um pouco turva

Bakugou: Filho da puta

Senti algo pesado em meu pescoço e ao colocar as mãos no mesmo senti o gelado da corrente presa a coleira, minha visão voltou ao normal e percebi que já estava em outra sala onde havia a cama onde estava e uma pequena mesa, sobre ela havia dois comprimidos e um copo com água

Sem pensar muito levei a mão até os comprimidos e só então percebi que meu antebraço estava enfaixado olhei para o outro e o vi da mesma forma, mal desenrolei um dos lado e já pude ver o inicio dos cortes, o enfaixei de volta e tomei os remédios

Bakugou: De volta ao inferno, será que você ta pensando em mim?

Me deitei na cama de novo e comecei a pensar nos diversos momentos que tive ao lado de S/n, antes de fugir daquele inferno eu só pensava na minha liberdade e não me importava se estaria com alguém ou sozinho, mas agora tudo que eu queria era estar ao lado daquela garota e sentir o calor dela

In S/n's Vision

A cada minuto que passava eu só conseguia pensar em tirar ele seja de onde ele estiver, ainda esperava pela ligação de meus investigadores, mas quando meu celular tocou era apenas Mina querendo saber como eu estava, mas eu não podia perder as esperanças, meu avô confiava naqueles homens por um motivo e eu também devia confiar

S/n: Eu vou tirar você desse inferno, não gosto de imaginar a vida sem você

As horas se passaram e já eram quatro da tarde e eu ainda estava em frente ao notebook lendo e relendo documentos que pedi para a empresa me enviar, já estava conseguindo entender pouca coisa quando ouvi meu celular tocar mais uma vez

Ligação On

S/n: Alô

- Senhorita Sorahiko, conseguimos as informações que pediu, as enviamos agora para seu notebook

S/n: Acabei de receber

- Como pode ver não há registros sobre Bakugou Katsuki, mas o sobrenome do rapaz nos levou até um casal cujo os nomes são Bakugou Masaru e Bakugou Mitsuki e ao aprofundar a investigação descobrimos que essa mulher teria dado a luz à um menino 22 anos atrás no dia 20 de Abril

S/n: Eu recebi a imagem e a semelhança é assustadora e como se fosse a versão feminina do Bakugou, mas aconteceu alguma coisa com a criança?

- Conseguimos acesso à um processo feito pelo casal contra o hospital onde ela deu a luz, no documento diz que infelizmente a criança nasceu sem vida e foi retirado da sala após o parto, mas quando Mitsuki pediu para ver o corpo do filho ela recebeu a noticia que por um erro a criança foi cremada no lugar de outra então o que ela recebeu foi apenas as cinzas

S/n: Pelos céus

- Soubemos também que o médico que realizou o parto sumiu horas depois pois ele não tinha registro no local, ou seja, ele não era um médico

Passei cerca de uma hora conversando com o agente ouvindo os detalhes das investigações e ele também me forneceu o endereço do casal e eu pedi que eles deixassem a parte do interrogatório comigo, após a ligação me arrumei e segui em direção ao endereço.