Capítulo 18

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Se passaram alguns dias desde que a garota me falou sobre o trabalho e depois de ter uma conversa com o dono do local, eu fui contratado e por frequentar bastante o lugar posso dizer que estamos mais próximos

S/n: E ai abacaxi, pronto pro primeiro dia?

Bakugou: Não me chama assim garota

S/n: Por que não, seu cabelo lembra um

Bakugou: Idiota

Camie: Ok bonitão chega de papo, tem entrega pra fazer, aqui o endereço

Bakugou: Beleza

Peguei os pedidos e dei uma rápida olhada no endereço, já conhecia o local então chegar até lá não seria difícil

Rapidamente sai em direção ao local, conhecia os atalhos para não demorar e assim que cheguei no local fui recebido por uma senhora

Bakugou: Seu pedido

- Obrigado querido, normalmente demora um pouco você é novato?

Bakugou: Sim

- Acertaram na contratação dessa vez, tome uma gorjeta

Bakugou: Valeu

Assim que terminei a entrega voltei a sorveteria e logo peguei outro pedido, pela parte da manhã tiveram várias entregas e só consegui ter um descanso no horário de almoço

Uraraka: Ce vem com a gente?

Bakugou: Pra onde?

S/n: A gente sempre almoça num restaurante aqui perto, se quiser se juntar a nós

Bakugou: Não me misturo com gentalha, mas hoje vou abrir uma exceção

Todas resmungaram e reviraram os olhos e depois começaram a andar me deixando pra trás, mas logo as alcancei

Assim que chegamos ao restaurante pegamos o cardápio e fizemos os pedidos

S/n: O que pediu?

Bakugou: Um prato de não é da sua conta

S/n: Idiota

Apenas a ignorei e fiquei olhando para a rua pela grande janela de vidro, do outro lado a uma praça bem grande e é normal estar cheia de pessoas, mas um me chamou atenção

Um cara encapusado estava olhando diretamente pra nos, não, não pra nos e sim para S/n, senti meu sangue começar a ferver

Camie: Então amiga, o que deu lá com aquele cara?

S/n: Ele finalmente confessou e tá preso, a polícia me ligou pra informar já faz uns dias e posso dizer que me sinto aliviada

Uraraka: Isso é ótimo

Olhei para a garota e ela estava sorrindo como antes e aquela preocupação parecia realmente ter desaparecido, mas eu acho que ainda não foi tudo resolvido

Olhei de novo para onde aquele cara estava, mas ele já havia sumido, quando alguém tentou invadir a nossa casa aquela noite o outro cara já estava na delegacia então não foi ele, tem mais de um envolvido nisso

S/n: Bakugou você me ouviu?

Bakugou: Uh... o que foi?

S/n: Eu disse que, como o homem foi preso eu acho que não precisa mais você me acompanhar até em casa sabe

Bakugou: É não preciso, mas vou

S/n: Mas não precisa

Bakugou: Minha casa fica naquela direção, só que eu ia por outra rua ou você não tinha me visto por ali antes

S/n: Entendi

Pouco depois disso nossos pedidos chegaram então começamos a comer, depois de pagar a conta voltamos a sorveteria onde fui recebido com mais pedidos pra entregar

Bakugou: O povo pra gostar de sorvete

S/n: E livros

Disse a moça me entregando um pacote onde acredito que haviam cinco livros ou mais por conta do peso

Bakugou: Como alguém consegue comprar tantos livros

S/n: Aí só tem um

Foi a última coisa que ela disse antes de ir até uma mesa atender novos clientes e me deixando de certa forma espantado por saber que aquele peso todo era de apenas um livro

Sem perder mais tempo olhei o endereço e depois segui em direção ao local que assim como todos os outros foi muito fácil de achar. As horas se passaram e o fim do expediente chegou então fui até o vestiário para trocar de roupa

Havia acabado de tirar minha camisa quando a porta foi aberta de repente, eu esqueci de trancar, assim que S/n entrou e me viu ela rapidamente a fechou de novo e então pude ouvir sua voz do outro lado

S/n: Desculpa eu achei que não tinha ninguém, por que você não trancou essa merda?

Bakugou: Eu esqueci garota

S/n: É bom lembrar da próxima vez

Como eu tinha me trocado enquanto falava com ela abri a porta e a vi em frente a mesma de braços cruzados e ela parecia estar um pouco corada

Bakugou: Acho que não vou trancar, parece que você gostou do que viu

S/n: É claro que não, deixa de ser idiota e sai da frente eu preciso me trocar

Ela disse já caminhando para dentro do vestiário pelo espaço que eu a dei pra passar, sai de perto da porta pra que ela pudesse a fechar, mas antes de me afastar eu disse

Bakugou: É melhor trancar a porta, eu posso ter esquecido alguma coisa

S/n: Babaca

Bakugou: Vou te esperar lá na frente, não demora

Ela fechou a porta e então eu fui para frente do estabelecimento e lá acabei conversando com outros funcionários enquanto esperava a garota que logo apareceu e se despediu de todos e então começamos a caminhar em direção de casa

S/n: Então... como foi o primeiro dia?

Bakugou: Você é curiosa né, foi trabalhoso, como eu falei mais cedo o povo gosta muito de sorvete e livros

S/n: Foi difícil achar os endereços?

Bakugou: Não, eu conheço bem a cidade

S/n: Que bom

Continuamos conversando dobre o trabalho durante o caminho e assim que chegamos em frente ao beco percebi que ela ficou mais calada

Bakugou: Se o cara já foi preso, por que ainda fica assim?

S/n: Não sei talvez trauma, eu nunca tinha passado por nada assim antes, mas acredito que daqui um tempo isso vai passar

Eu sabia que existia a chance de haver mais de uma pessoa envolvida nisso, mas ela ainda aparentava estar bastante nervosa então achei melhor não tocar mais no assunto mais tarde depois que ela estiver em sono pesado eu vou sair para dar uma olhada no bairro

Assim que chegamos em frente nossa casa eu me despedi rapidamente assim como ela e caminhei rápido até a esquina onde voltei a forma animal e corri em direção ao portão antes que ela o fechasse, dessa vez pela forma que ela me olhou eu percebi que teria que arranjar outra maneira de voltar mais cedo pra casa.

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