Cap 9 - Sem limites

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Nunca imaginou que seria capaz de transar no banco do carro, num estacionamento aberto de um prédio lotado de gente.

Ficou imaginando o que a Sra do 402 diria se tivesse passado pelo local. Teve vontade de gargalhar ao imaginar a expressão de puro terror que a senhora faria ao presenciar tal cena, mas estava tão exausta que tudo o que conseguiu foi rir pelo nariz.

"Deus, eu poderia ter sido presa por atentando ao pudor".

Era inacreditável o que ela tinha acabado de fazer. Mais inacreditável ainda era saber que após isso ainda tivera energia para três orgasmos indescritíveis sob o tapete da sua sala e sua própria cama.

"O que essa mulher está fazendo comigo?" - Ela perguntou a si mesma.

Valentina estava transformando-a de maneira selvagem, ela era intensa e a obrigava a acompanhá-la. E quem disse que ela estava achando algo ruim? Muito pelo contrário, ela se sentia mais viva que nunca.

Olhou de lado e a viu dormindo.
Ela era de fato linda.
Sorriu, mas em alguns segundos seu sorriso morreu. Morreu com a presença de uma fisgada em seu ventre.

"Não posso estar excitada de novo! - disse a si mesma - Isso não é normal, por Deus isso não é normal".

Assustou-se com o que sentiu. Sentia o corpo mole e cansado, mas sim, estava com desejo de novo, e desafiaria os limites de seu próprio corpo se Valentina estivesse acordada.
Balançou a cabeça repreendendo a si mesma.

Luiza levantou devagar, não queria acordá-la, resolveu tomar um banho relaxante e ver se assim conseguia aplacar aquela onda louca e desenfreada de desejo que a consumia.

Entrou no banheiro desnorteada. Aquilo tudo, aquela enxurrada de sensações, era tudo muito novo pra ela e a assustava.

Como podia desejá-la daquela maneira? Apenas olhando suas costas nuas? Sem um toque ou uma palavra de incentivo? Por que se derretia daquele jeito com ela?

Eram perguntas que ela tinha medo da resposta.

Entrou embaixo d'água e deixou que a corrente caísse em seu corpo, quem sabe a água não aplacaria aquele desejo louco que tomava conta dela e trazia de volta seu bom senso e seus antigos pudores.

Estava absorta em seus pensamentos, os olhos fechados, quase cerrados.

Deu um pulo de susto quando sentiu as mãos firmes de Valentina envolvendo-lhe a cintura.

Estremeceu sobre o contato do corpo quente contra o seu.
Em segundos Valentina ficou encharcada.

Luiza fechou os olhos quando sentiu uma das mãos dela deixar sua cintura e subir até um de seus seios, envolvendo com uma caricia leve. Deixou escapar um gemido baixo quando colou mais o corpo contra o seu mostrando um desejo já aparente.

"Quer me enlouquecer Valentina?" - ela perguntou baixo, já ofegando ao menor contato com ela.

Valentina riu pelo nariz.

"Quem sabe" - disse baixo em seu ouvido - "Estou conseguindo?"

Ela gemeu em resposta e se contorceu quando sentiu a outra mão dela escorregar até seu sexo.

"Valentina..."

"Ia mesmo aproveitar essa água deliciosa sem mim? Que pecado Lu." - disse com gracejos.

Ela não conseguia falar.

"Isso é o que eu chamo de espontaneidade Luiza e todas as pessoas sem exceção, amam a espontaneidade. Adoramos por em pratica a expressão a qualquer hora e em qualquer lugar".

A professora - VaLu Onde histórias criam vida. Descubra agora