Cap 28 - Decepção parte 1

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Boa noite!!!

Boa leitura e não queiram me matar😬❤️
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Como tudo o que é bom acaba, a estadia em Madeira também encontrou seu fim.

Luiza não podia dizer que não havia aproveitado bastante a viagem, mas ela certamente escolheria ficar um pouco mais no local se pudesse.
No último dia de hospedagem, Valentina e ela fizeram passeios por todo o lugar, tiraram fotos de tantas formas e lugares diferentes que durante o vôo foi até possível ver a Russa dormindo.

Valentina era uma mulher muito talentosa e muito bem sucedida na arte de dominar as sensações e o sentimento que causava nas pessoas.

Luiza concluiu, depois de se despedir dela, antes de subir para seu apartamento. Valentina dominava seus pensamentos por completo, e conduzia as sensações de seu corpo com maestria, de forma que ela se tornava um vício mesmo a distância.

Assustou-se ao perceber que não haveria muito tempo até o fim daquele contrato. Ela a queria ao seu lado. Não só por dois meses, não só durante essa ridícula proposta. Mas, para sempre.

Desde que haviam voltado para casa, desembarcado do avião, para se dizer com mais precisão, ainda não haviam se desgrudado, Valentina estava toda cheia de cuidados, de carinhos e gracejos e ela se sentia no céu com isso, como se fossem realmente namoradas, perdidamente apaixonadas uma pela outra.

Ela só tinha duas certezas, a primeira era que sentia isso tudo por ela e a segunda era que ela talvez não a correspondesse da mesma forma.

Como poderia? Como Valentina poderia ama-la de forma tão intensa?

Ao pé do edifício onde morava, Valentina lhe dera uma triste notícia.

"É uma viagem rápida, apenas três dias. Vou a negócios" Valentina lhe balbuciava, como se não quisesse tocar no assunto. "Volto correndo para os seus braços, olhos lindos"

Mas, a verdade era que Valentina precisava se ausentar três dias para preparar uma surpresa para ela, onde, enfim, pediria sua mão em casamento.

"É uma mentira do bem" Valentina dizia para si mesma, rindo por dentro "Vai valer a pena, amor! Espere só!"

E os três dias se passaram. Luiza sentia-se cada vez mais sufocada, mais angustiada e absurdamente desejosa. Queria Valentina com ela, precisava de Valentina com ela e não suportava mais a idéia de viver sem ela, nem sequer conseguia cogitar essa possibilidade.

No dia marcado para o retorno dela, Luiza acordara cedo, fora trabalhar antes do horário e ficara o dia inteiro desatenta, aérea, olhando o relógio de instante em instante.

Ao final do expediente praticamente saiu correndo do edifício do trabalho, gaguejando um cumprimento rápido à secretária e à Alexandra que passava em frente à sala dela bem na hora.

Lembrava-se do que Valentina dissera: "Pode me esperar em casa no terceiro dia, meu porteiro te deixará entrar"

De fato, o porteiro já a conhecia e sorriu para ela como se já a estivesse esperando.

Entrou apressada ao apartamento dela, inspirando o ar com força, o lugar estava carregado com a fragrância dela e Luiza percebeu com um sorriso de satisfação, que também havia um pouco de si mesma naquele pequeno lar.

"Vou preparar sua comida favorita" Disse empolgada para as paredes e seguiu para a cozinha.

Acendeu o fogo e colocou uma panela com água e óleo para esquentar e começar a fazer o macarrão quando o telefone começou a tocar uma, duas, três vezes.

Insegura e alarmada, demorou-se no dilema entre ficar de olho nas panelas do jantar surpresa de Valentina ou atender ao telefone que, afinal, podia ser importante, podia até mesmo ser ela! Sabendo que ela já estaria ali.
Com esse pensamento, não se conteve e correu para a sala, quando chegou ao cômodo a mensagem da secretária eletrônica de Valentina já estava no final.

"...Logo após o bip."

Luiza hesitou e estendeu a mão ao telefone, até que ouviu o começo da mensagem e estarreceu.

"Oi Valen, aqui é a Marcela, Marcela Ferraz você não se esqueceu de mim, não é?Bom, eu acho que não, afinal você repetiu tanto esse nome ontem, não foi? Foi tão inexplicável pra você quanto foi pra mim? De qualquer forma, estou ligando para agradecer pelas maravilhosas horas de prazer que compartilhamos ontem, amor. E que seu apelido carinhoso ainda está me fazendo rir que nem boba. Nunca ninguém havia me chamado de olhos lindos, acredita nisso? Me liga quando chegar em casa, tá? Estou morrendo de saudade, beijinhos da sua deusa."

A linha caiu e Luiza foi junto com ela.

Desabou, simplesmente deixou-se afundar no sofá, com o rosto entre as mãos e os olhos cheios de lágrimas.

A professora - VaLu Onde histórias criam vida. Descubra agora