Cap 4 - Abstenha-se

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"aceito".

Foi tudo o que ela disse e Valentina simplesmente lhe sorriu antes de vendar-lhe os olhos.
Impossibilitada de enxergar qualquer coisa, Luiza sentiu que seu coração disparara. Ficou imaginando como acabou presa naquela teia de sedução e perguntou-se o que sobraria dela no fim de tudo isto.

Sentiu Valentina recostá-la na escrivaninha de forma que ela ficou quase sentada. Usava um vestido preto, simples que lhe chegava no meio das coxas. Valentina não lhe tocou, mas ela pôde sentir o nariz dela roçando a pele de seu pescoço, como um animal cheirando sua presa.

Valentina deslizou os dedos em seus braços desnudos e acariciou-os de cima abaixo.

Sentiu que ela tremia quando encostou os lábios em seu ouvido.

Luiza suspirou com os lábios trêmulos.

Valentina passou a língua por seu pescoço e ela apertou as mãos na escrivaninha.

"Te deixo excitada?" - perguntou com quase um sopro de voz.

Ela lambeu os lábios e ofegou.

"Sim".

"Perfeito". - disse e tomou seus lábios calmamente.

Luiza sentiu as mãos dela subindo seu vestido, deslizando em sua pele. Suas mãos se apertaram mais à borda da escrivaninha.
Sentiu que era apenas uma marionete nas mãos daquela mulher, quando viu que levantava os braços para facilitar-lhe a tarefa de despi-la.
Sentiu uma brisa suave acalentar seu corpo semi nu que agora era adornado apenas por um conjunto de lingerie delicado na cor preta.
Valentina deslizou o dedo pela renda do sutiã, depois deixou este mesmo dedo escorregar entre o vale dos seus seios, atingindo o ventre levando-a a mais tremores sufocando um gemido.

"Não se contenha - disse - Seu corpo é meu, deixe que ele me responda".

Ela arfou.

Valentina ainda não a tocava e isso era quase a morte para ela. Seu corpo pedia que ela a atacasse, como um animal que espreita sua presa e depois a converte em carne morta.

Se Valentina a estava deixando louca sem tocá-la, imaginava o que aconteceria quando ela a tomasse.
Sentiu-a pegar em sua mão e lhe guiar para algum lugar. Depois, ainda guiada por ela, foi deitada em algo de madeira, que parecia grande o suficiente para acomodar metade do seu corpo.

Valentina começou a tocá-la.

Fazia gentilmente com as pontas dos dedos, apenas instigando a pele quente.

Evitando qualquer zona erógena e sexual.

Lentamente a tomou pela mão e a fez sentar. Sentiu sua mão ser erguida até o tórax, agora devidamente despido.
Luiza sentiu cargas elétricas perpassarem seu corpo ao tocá-la. Ela a incentivou a caminhar com as mãos por seu peito e pôde sentir a rigidez da carne.
O tronco da mulher era delicado e bem definido, tinha pele macia e os seios eram rígidos e robustos. Ela não podia ver, mas podia imaginar a beleza anatômica pelos toques dos dedos.

"Isso Luiza, toque-me. Não há nada mais agradável do que o toque de mãos delicadas como as suas".

Isto a encorajou e ela juntou a outra mão ao trabalho.

Durante um bom tempo, aquilo se tornou um jogo de mãos. Apenas toques furtivos de reconhecimento. Enquanto Valentina conseguia manter movimentos lentos e aleatórios, Luiza já ia com mais intensidade e desespero. Os toques dela eram exigentes, ela a apertava, a buscava com ânsia. Quando suas mãos chegaram à barra da calça de Valentina, ela a segurou.

"Luiza" - disse apenas.

"Não posso vê-la, e você pode me ver. Não acha uma injustiça?".

"Abster-se de alguns sentidos pode lhe proporcionar mais prazer no ato. Tente. Abstenha-se de todos os sentidos que puder".

Ela calou-se.

Valentina a deitou de novo e ela a sentiu se afastar. Achou os poucos minutos, longos, mas esperou quieta.

A professora - VaLu Onde histórias criam vida. Descubra agora