Cap 2 - A entrega é o prenúncio do prazer

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" Aceito".

No primeiro "dia de aula" - Como Valentina passou a chamar os encontros que teria com Luiza - Ela pareceu estar muito nervosa, mas não rolou nada além de conversa e passeios.

Afirmou que aquilo era o mesmo que reconhecimento de terreno, elas precisavam se conhecer.

"Tenho fama Luiza e minha fama por muitas vezes se tornou implacável para com as mulheres que eu saía, portanto para sua preservação, seria melhor se assumíssemos algum tipo de relacionamento, mesmo que de fachada. Creio que não vá gostar de ficar conhecida como "mais uma da Albuquerque".

Ela riu pelo nariz.

"Prefiro ficar conhecida como sua amante do que como "A chifruda da Albuquerque".

Ela gargalhou.

"Não leve tão a sério o que as pessoas falam sobre mim Luiza. Não sou a Don Juan que me pintam".

"Então por que se preocupa assim com minha reputação?"

"Apenas por que palavras tem peso. Fora isso, neste dois meses que estivermos juntas serei apenas sua, portanto, não correrá este tipo de risco".

Luiza sorriu.

"Hora de experimentar o primeiro passo das aulas Srta. Campos".

"E qual seria?"

"O beijo".

Ela disse segundos antes de tomá-la e beijá-la intensamente.

Luiza ficou em choque com o primeiro beijo que recebeu dela. Era intensa, possessiva, e conseguiu lhe tirar o ar em segundos. Foi impossível não comparar ao beijo de Alexandra, que era sempre tão igual, cadenciado, repetitivo.

Perdendo a capacidade de pensar, a enlaçou pelo pescoço e devolveu o beijo com avidez.

"Lição número um: A entrega é o prenúncio do prazer". - Valentina disse com a voz rouca e sensual. "Este beijo foi magnífico, imagino como será no auge do desejo".

Ela corou.

"Terá de tentar não ficar envergonhada comigo Luiza, deixe as coisas fluírem. Sei que não me ama, mas sente algo por mim?" - a questionou.

- Bom...eu...Claro que sim, eu não...Não pensaria em você se não...

- Se não me desejasse? - completou e ela afirmou.

"Me deseja a muito tempo?"

Corou mais ainda.

" Sim, a algum tempo. Você sabe que é uma mulher desejável".

Valentina riu.

"Me desejava quando estava com sua noiva?"

" Uma mulher tem direito a fantasias, o que está tentando fazer? Me deixar mais envergonhada?"

"Não, apenas desejava inflar meu ego já enorme".

Ela riu.

"Ora vamos Luiza não fique assim. Sei que jamais trairia sua noiva".

"Está tudo bem. Quando pretende...Quando vamos iniciar..."

"Está assim tão ansiosa? - brincou mas mudou logo a conversa após ver a expressão de Luiza - Desculpe, é brincadeira. Não estipularemos uma data para isso, ocorrerá naturalmente".

"Mas só temos dois meses e se não der tempo de..."

"É tempo suficiente - disse e a voz se tornou mais sensual - Relaxe meus olhos castanhos".

Luiza só conseguiu sorrir.

"Quer jantar comigo amanhã à noite? Poderíamos dançar depois o que acha?"

"Você dança?"

"Se supreenderá com tudo o que posso fazer".

Corou diante da ambiguidade da frase.

A semana se passou e cada dia Luiza ficava mais intrigada. Valentina não fazia nada além de beijá-la. Certo que os beijos estavam cada vez mais intensos, e ela sempre a levava as alturas com os lábios, mas não passavam de beijos.

Ela não a tocava ou tentava tocar, não insinuava nada, não a convidava para a casa dela, nada que indicasse que teriam sexo.

Ficava cada vez mais tensa sobre quando iniciariam de fato as aulas sobre as quais falaram.

Era domingo, estavam voltando de uma boate. Luiza estava meio alta pelo vinho que tomara. Valentina era uma companhia adorável, sabia fazer rir, como também sabia ouvir nos momentos certos.

" A regra numero dois: Confie em mim".

A professora - VaLu Onde histórias criam vida. Descubra agora