Estamos em quatorze de fevereiro

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Mas é claro que você precisa conhecê-la, afinal, de que outra maneira conseguiria entender quem ela é e do que ela gosta? E estou falando em todos os aspectos, mas vamos reservar o mais íntimo para mais tarde. O ponto principal aqui é você conseguir entretê-la. Conhecê-la vai muito além de saber coisas sobre ela. Trata-se de buscar descobrir o que ela gosta, prestar atenção em suas falas, seus movimentos. Entenda que uma mulher adora sentir que o cara está se dedicando para ela. Se quer surpreendê-la, seja sutil mas atento aos detalhes.

Se você fizer uma rápida pesquisa nas redes sociais ou, caso já a conheça há algum tempo e for esperto para questioná-la, não será difícil descobrir sobre suas séries, livros favoritos, seus hobbies...

Não estou dizendo que você precisa se moldar para ela. Ninguém valoriza pessoas sem personalidade própria. O que estou explicando é que conseguir uma conexão direta com sua garota é do que você precisa.

E por favor, não esqueça do principal. Se ela for romântica, se esforce para ser um pouco também. Vocês se surpreenderiam ao descobrir o que uma rosa perfumada pode fazer com uma mulher, ou um simples chocolate.

Atos grandiosos são para babacas na maioria das vezes e, vai por mim... nós odiamos babacas.

***

A semana passara surpreendentemente rápido. Sempre que Lydia parecia evitar algo ou colocá-lo em segundo plano, o fato parecia crescer de uma forma sobrenatural. Foi exatamente o que aconteceu com seu encontro.

Suas energias e empolgação estavam à flor da pele no início, junto a todos os outros sentimentos que lhe eram habituais quando pensava em qualquer tipo de relação. A diferença era que, naquela época, a Martin não parecia tão propensa às suas inseguranças.

Depois que conversara com Stiles sobre não ter nenhum tipo de informação em relação ao seu par – o que já era esperado –, Lydia voltou a desanimar com a ideia. Havia perdoado o melhor amigo mais rápido do que percebeu, mas não podia deixar de imaginar como encararia mais uma decepção recente e amorosa se alguma coisa acontecesse.

Odiava o sentimento de não confiar nem Stiles por completo, porém, suas inseguranças se transformavam em verdadeiros gigantes quando alimentadas da maneira certa e naquele caso, infelizmente, três anos era tempo o suficiente para aquele caos premeditado.

Ela passou a semana inteira sentindo que alguma coisa daria errado, ou simplesmente querendo que assim fosse. Estava esperando pela primeira oportunidade de compactuar para o fracasso do encontro.

Parecia mais simples se acovardar e evitar qualquer possibilidade desastrosa do encontro do que enfrentá-lo de forma direta.

Os papéis em sua mesa no escritório foram alvos de seu foco fulminante até a sexta-feira. Trabalhar era a única coisa que a irritava e fornecia tranquilidade na mesma medida, transportando a mistura de preocupação e ansiedade para um lugar esquecido dentro da Martin.

Na quinta-feira, Stiles a adiantara que o encontro aconteceria no sábado. Lydia cogitou cancelá-lo por si própria, mas então recordou-se que o melhor amigo também estava envolvido na situação e, como ele mesmo garantira, só queria se redimir. Ela não queria magoá-lo, de certa forma.

Entretanto, Stilinski não tinha nenhum tipo de ligação direta com sua reação ao parceiro da noite. Lydia podia sair com alguém para agradar o melhor amigo, porém, ela precisava agradar a quem o amigo encontrara. Enxergar as coisas por aquele ângulo parecia mais fácil.

Desanimada, os olhos verdes saíram da televisão para encontrarem o relógio na parede. Faltavam vinte minutos para o encontro, e Lydia ainda não tinha nem chegado perto de se livrar do shorts e da regata que passaram o dia inteiro em seu corpo. Com um gemido baixinho, a mulher se levantou.

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