Tática Stilinski

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Diverti-la.

Você não precisa ser um gênio em fazer piadas para arrancar uma risada dela, mas também não se esqueça de ser equilibrado. O humor precisa ser uma pontada sutil de interação.
Espere uma oportunidade para fazê-la sorrir.

Não vou te dizer coisas como esses outros blogs da internet que costumam citar "não seja um babaca" porque caso você seja, isso irá aparecer alguma hora.
Mulheres são observadoras o suficiente para reconhecerem um idiota de primeira linha antes que ele saiba. Seja você mesmo e sincero, o humor virá a calhar por conta própria.

***

Martin pisou na grama verde e bem cortada, olhando ao redor. Não se lembrava de qual era a última vez em que estivera no Central Park. O lugar estava silencioso e bem menos populoso do que costumava ser naquele horário da noite.

Sutilmente nervosa, ela passou uma língua pela boca seca e virou-se para trás. Encontrou Stiles com os pés firmes no chão, as mãos enfiadas nos bolsos frontais da calça jeans e um sorriso torto e fascinado em um dos cantos dos lábios. Sua habitual postura viril e dócil ao mesmo tempo.

Stiles carregava consigo uma espécie de aura de confiança que ela nunca havia reparado. Não sabia se por nunca ter se importado de fato ou por ele ter a escondido aquela característica, mas sua repentina evidência havia despertado um choque em sua pulsação e Martin estava aprovando o sentimento. Era bom estar ao lado de alguém que dominava a situação e atraia todos os holofotes.

– Qual é a pegadinha? – Perguntou ela, levantando uma sobrancelha.

Sem responde-la, ele encurtou a distância, aproximando-se. Com uma malícia silenciosa e divertida nos olhos, pescou uma mecha do cabelo dela e enrolou-a no dedo. Martin o observou em silêncio, sentindo o movimento macio contra seus fios ruivos.

De perto, reparou em todos os tons de castanhos claro que banhavam os olhos do melhor amigo. Gostou de observar sua expressão séria e relaxada.

– É tão difícil assim acreditar que você vai sair comigo?

Ela pigarreou, sentindo a língua derreter.

– É um pouco. – Confessou. – Nós moramos juntos, Stiles.

– Isso não importa. – Disse ele, dando de ombros.

Os dedos que brincavam com a mecha de cabelo deslizaram e se encaixaram no maxilar feminino de uma forma muito leve, como uma pena que pousava.

Os olhos verdes foram banhados por uma expectativa não percebida enquanto em seus pensamentos, alguma racionalidade tentava atingi-la, como se uma neblina fraca descesse sobre sua cabeça. Ela não cogitava se envolver com o Stilinski de nenhuma forma por vários motivos mas o principal deles era, sem dúvida, o fato de se conhecerem desde a adolescência.

O homem suspirou, acariciando a pele macia da melhor amiga. Faíscas de afeto estilhaçaram-se em suas pupilas dilatadas.

– Errei com você, não foi? – Disse ele, engolindo em seco em seguida. Alguma vergonha estampou rosado por segundos em suas bochechas. – Só estou tentando me redimir. E garanto que até o final da noite terei feito isso.

Lydia levou alguns segundos para deixar a curiosidade de lado e assentir, ainda que relutante.

– Vamos? – Chamou ele.

Ela foi surpreendida quando Stiles a puxara pela mão e, um segundo depois, entrelaçou os dedos quentes nos seus. Ele os guiou pelo parque.

Lydia resumiu-se em uma massa móvel de vulnerabilidade e deleito. Ao mesmo tempo que aproveitava a proximidade física, a leveza do encontro e a confiança que mantinha no melhor amigo, precisava lidar com o sentimento estranho e novo que sentia arranhando seu corpo.

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