"𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑛𝑎̃𝑜 𝑣𝑎𝑖 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑟 𝑎𝑞𝑢𝑖 𝑛𝑜 𝑝𝑟𝑜́𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑎̃𝑜..."
• 𝗠𝗮𝗱𝗶𝘀𝗼𝗻 e sua família são
viajantes e resolvem passar
suas férias de verão em um
novo lugar, Atlanta. Por sorte,
𝗝𝗮𝘃𝗼𝗻 apresentou a cidade...
O alarme tocou pela segunda vez às cinco e meia da manhã. Tinha me esquecido como era a sensação de ter que acordar cedo e implorar para conseguir dormir mais.
Tomei um banho e como de costume, vesti meu uniforme e fui até a cozinha. Meu pai sempre fica na cozinha me esperando para tomar café com ele, mas dessa vez ele não estava.
— Pra onde o papai foi? — eu perguntei para Amelia, que já estava a mesa.
— Ele teve que sair mais cedo. — a loira respondeu. — Vai ter que ir pra escola a pé. — zombou.
Começamos o dia bem. Já caminhei demais naquele acampamento.
Bufei ao ouvir a resposta de Amelia. Logo depois de guardar todos os meus pertences, tomei um gole do café que estava separado para mim e saí de casa.
***
A aula estava completamente chata, eu nunca consigo prestar atenção e não é agora que isso mudaria.
Sinto alguém jogar uma bolinha de papel nas minhas costas. Eu reconheci a caligrafia na mesma hora, era da Maya, que estava tendo um surto porque foi convidada pra uma festa que o Dylan daria na casa dele.
Solto uma risada fraca por ver ela tão empolgada com a ideia de ir a esta festa. Dylan sempre conseguia mais de quarenta pessoas nas festas dele, a galera sabia que iria valer apena, as músicas são boas e bebida é o que não falta.
Voltei a copiar o que estava na lousa e logo o sino para o intervalo toca. Esperei todos saírem para ir falar com Maya.
— Eu acho que eu nunca vi você tão animada pra uma festa igual agora, você nunca gostou tanto assim.
— É, mas eu fui convidada pessoalmente! — ela falou em tom de empolgação. — Eu achei que eu era invisível nessa escola.
— Maya, você é tudo, menos invisível.
O fato da Maya ser muito espontânea com qualquer coisa e muito amigável faz ela ser uma pessoa completamente “única”. Quer opinar em qualquer coisa e não fica contente quando alguém não toma coragem pra algo.
— E você? Não vai?
— Não faço questão alguma de ir.
— Mas você sempre foi tão animada pra festa. — ela diz com o cenho franzido. — Eu posso arrumar um convite pra você.
