"𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑛𝑎̃𝑜 𝑣𝑎𝑖 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑟 𝑎𝑞𝑢𝑖 𝑛𝑜 𝑝𝑟𝑜́𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑎̃𝑜..."
• 𝗠𝗮𝗱𝗶𝘀𝗼𝗻 e sua família são
viajantes e resolvem passar
suas férias de verão em um
novo lugar, Atlanta. Por sorte,
𝗝𝗮𝘃𝗼𝗻 apresentou a cidade...
É meia noite, sinto Javon distribuir beijos por todo o meu rosto, acompanhados de um “feliz aniversário”.
— Eu quero dormir! — cobri meu rosto com o travesseiro.
— Você tem dezoito anos agora. Não é demais?! — o garoto falou empolgado. — Já pode até ser presa.
— Com certeza eu seria presa por matar você se não me deixar dormi em paz.
— Calma! Eu só estou te desejando um feliz aniversário. — o mesmo me abraçou. — Eu te amo muito, sabia?
— Uhum. — murmurei.
— Nossa, não vai nem falar que me ama também?
— Eu quero dormir!
— O tempo passa e você não muda nada. — Javon se virou de costas para mim.
Ele sempre faz isso quando está chateado com alguma coisa super besta.
— Eu amo você também, Javon. — revirei os olhos. — Posso dormir agora?
— Pode. — o mesmo deixou um selinho no canto dos meus lábios. — Boa noite, durma bem e sonha comigo.
— Boa noite.
***
Acordo com a luz do sol batendo em meus olhos. Enterrei meu rosto no travesseiro na tentativa de dormir mais, mas era impossível.
— Feliz aniversário! — ouço logo ao acordar.
Era meu pai e Amelia, estavam com um bolinho pequeno em mãos com uma vela em cima.
Acontece que não viajamos para outro lugar como de costume. Meus pais se divorciaram e agora eu e minha irmã estamos morando com nosso pai no mesmo condomínio.
Decidimos ficar em Atlanta, por conta do trabalho do nosso pai e por que estamos felizes aqui. Vez ou outra viajamos para a Califórnia visitar nossa família.
E minha mãe? Ela está namorando com um outro cara. Amelia a visita de vez em quando.
— Assopra a vela e faz um pedido! — Amelia diz e então faço. — Você agora tem dezoito anos! Até ontem você tinha quatorze e brincava de boneca comigo.
— Até ontem você que tinha quatorze, agora você tem dezesseis.
— Não muda o rumo da conversa! — ela diz e eu gargalho.
— Onde tá o Javon?
— Sei lá. — deu de ombros. — Ele e a Jayla estavam aqui mais cedo, mas saíram.
Assenti com a cabeça. Me levanto e vou até a cozinha. Logo me deparo com a família de Javon ali, junto ao meu pai.
— Parabéns Madi! — Daelo me abraçou. — Eu fiz pra você. — o mesmo me entregou papel com um desenho feito de tinta.
Era eu com um vestido cor-de-rosa com um chapéu de aniversário e um fundo colorido atrás.
— Que lindo, Dae! Obrigada. — sorri sem mostrar os dentes.
— Feliz aniversário, chata. — Jaden diz e eu reviro os olhos.
— Não preciso do seu parabéns. — digo, em um tom irônico.
— Então tá, retira o que eu disse. — o moreno fala.
Combinei com meu pai que queria passar o aniversário na praia. Não pretendia fazer uma festa grande de aniversário como no ano passado.
Fiquei mais uns dez minutos ali recebendo feliz aniversário. Enquanto as coisas ficavam prontas, passei metade do meu tempo jogando UNO com o Daelo e a Jayla.
***
Estava na frente do espelho, vendo de o vestido que eu iria usar estava bom em mim, até que ouço batidas na porta.
— Entra! — grito, enquanto ainda ajustava o vestido.
— Uau.
Era uma voz masculina, era a voz de Javon. O garoto estava paralisado na porta, com os olhos em mim, sem piscar em nenhum momento.
O mesmo caminha até mim e envolve suas mãos em minha cintura, deixando um beijo em minha bochecha.
— Onde você estava hoje de manhã?
— Eu fui comprar um presente pra você.
Javon passou a semana inteira perguntando o que eu iria querer de presente, perguntava toda hora “se eu te der isso você vai achar muito ruim?”. Eu simplesmente dizia para ele que não precisava, mas ele é teimoso.
— Eu disse que não queria presente.
— Eu iria me sentir culpado se não te desse um. — ele me entregou uma sacola pequena. — Vê se você gosta.
Abri a embalagem. Era um colar prateado com um pingente de um sol. Tinha também um foto no fundo da sacola, uma foto nossa na praia, e outra no acampamento.
A única coisa que passou na minha cabeça no momento foi: como ele ainda tinha fotos daquela época?
— Eu sei que é simples, desculpa. Eu não sabia o que te dar, você tem tudo!
Não consegui formular uma frase. Então, o abracei. Ele sorriu leve, me abraçou de volta e cheirou o meu pescoço.
— Eu te amo, eu te amo, eu te amo. — eu falo e ele gargalha.
— Eu também te amo, muito.
O mesmo colocou o colar no meu pescoço. Logo diz “cai bem em você”.
— Desculpa, é que eu sou muito indeciso sabe? Aí não consegui pensar em algo muito elabora...
— Eu adorei, Javon. — o interrompi. — É um pedaço da nossa história.
— Se pensar assim, é verdade.
Espero poder passar a vida toda ao seu lado, Javon.
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