Capítulo III

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Sanji se inclina para fora da sacada e observa seu marido correr em posições de espada, praticando atacando, aparando e defendendo contra um oponente imaginário. Está agradavelmente quente hoje e Sanji está vestido frouxamente. Zoro, no entanto, está muito mais embrulhado do que deveria para se exercitar. Ele sabe que o país de Zoro é mais quente que o de Sanji, então ele supõe que o príncipe marimo está tendo problemas para se ajustar.

Ele observa Zoro por alguns momentos. Não tem sido tão ruim quanto ele pensava morar com ele. Os dois ainda não dividem um quarto, embora ele saiba que, eventualmente, perguntas serão feitas se não o fizerem, mas por enquanto é confortável. Os dois estão se conhecendo em um ritmo lento, retardado pela recusa de Robin e Usopp em traduzir abertamente para eles e, em vez disso, dar-lhes notas com as palavras corretas na língua um do outro. O objetivo final é que ambos se tornem bilíngues e cada um tenha um dia em que possa falar sua própria língua e o outro tenha que se curvar para falar aquela, no dia seguinte as línguas são invertidas.

Sanji decide ir até lá e falar com Zoro, mas não importa o quanto ele procure, ele não consegue encontrar Robin ou Usopp em qualquer lugar para ajudá-lo. Então, quando ele entra no pátio onde Zoro está praticando, ele o faz sozinho. Zoro faz uma pausa após um golpe de espada particularmente rápido e habilidoso para olhar para Sanji.

— Bom Dia. — Zoro diz em sua própria língua para Sanji. Sanji franze a testa um pouco, a linguagem de Zoro ainda soa tão áspera e gutural para ele. Mesmo quando Zoro fala a língua de Sanji, ele adiciona arestas às palavras onde não deveria haver nenhuma e sílabas cortadas onde as palavras deveriam fluir.

— Manhã. — Sanji responde com um aceno de cabeça. Ele abre a boca para falar, mas percebe que sem Robin ou Usopp ele não tem ninguém para lhe entregar um roteiro.

— Onde... onde Robin e Usopp? — Sanji tenta, sabendo que a frase está errada de alguma forma.

— Onde estão Robin e Usopp. — Zoro o corrige. Sanji acena com a cabeça, merda, sim, a linguagem de Zoro tem muitas palavras adicionais necessárias para torná-la completa, enquanto a de Sanji depende muito do contexto, embora tenha muito mais conjugações de palavras do que a de Zoro.

— Eles estão no- — Zoro diz e então sua frase vai para algum lugar onde Sanji não tem ideia do que ele está dizendo.

— O que? — Sanji pergunta. Zoro se repete, mas ainda é um absurdo para Sanji. Merda, ele não conhece essas palavras.

— O único local de compras externo para fazer compras. — Zoro diz de forma desigual na linguagem de Sanji, novamente acrescentando palavras que ele não precisa.

— Ah, o mercado. — Sanji geme, escolhendo a palavra na língua de Zoro. Ele sabia disso, mas não usou a palavra em mais de uma semana e agora aparentemente saiu de sua cabeça.

Zoro corrige sua pronúncia por um momento, mas o outro homem sorri quando Sanji entende. Só de ver isso faz Sanji sorrir de volta. Zoro tem uma aparência tão dura, tão séria e perspicaz que Sanji muitas vezes esquece o quão gentil seu sorriso realmente é quando ele o faz.

— Então... apenas... nós. — Sanji diz, gesticulando entre eles.

— Sim, estamos sozinhos. — o príncipe responde com um aceno de cabeça. Sanji também acena com a cabeça um tanto estupidamente. Ele não tem certeza se ele e Zoro já conversaram tanto tempo sem Robin e Usopp. A maioria das conversas até agora foram práticas, pedindo coisas ou o básico da conversa, como ser forçado a discutir o tempo, o que é chato porque Zoro sempre reclama que está muito frio. Ele realmente deveria tentar falar com Zoro sobre mais do que isso, embora suas habilidades linguísticas sejam limitadas.

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