Capítulo XIII

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Quando Zoro se levanta Sanji já não está em seu próprio quarto, sem dúvida na cozinha cozinhando e gritando com as pessoas, duas das coisas que Sanji faz melhor. Ele sabe que deveria ir ver seus cavaleiros, mas não quer que Sanji se pergunte onde ele foi, ou levando comida para o lugar errado, então ele deixa um bilhete na mesa dizendo a Sanji onde ele estará e sai.

Depois de uma viagem muito mais longa do que Zoro lembrava ser antes, ele chega aos aposentos de seus cavaleiros e vê que vários deles já estão de pé. Robin e Nami estão sentadas em um dos longos sofás baixos tomando café e conversando baixinho.

— Manhã. — Ele chama por eles, fazendo o seu caminho.

— Puta merda Zoro! — Nami deixa escapar, olhando para ele com os olhos arregalados.

— Não é tão cedo Nami, eu não sou completamente inútil antes das dez da manhã, não importa o que você diga. — Ele resmunga e se serve de café.

— Você é, mas eu não acho que é isso que ela quis dizer. — Robin ri baixinho.

— Ei! — Zoro protesta.

É só quando ele sente a mão de Nami puxando seu braço que ele percebe que ela está olhando para o trabalho de Sanji.

— Você não fez isso sozinho. — Ela diz depois de alguns momentos. Ela está olhando para ele com grandes olhos arregalados, primeiro fazendo contato visual chocado, mas então ela se distrai e começa a olhar para as marcas em seu rosto.

— Eu poderia ter. — Zoro responde com petulância, embora não tenha intenção de enganá-la, sempre achou contraditório um hábito difícil de quebrar.

— Não, você não poderia ter. Você nunca os desenhou assim e o traçado é muito suave para ser seu, além de você nunca ter tido tanto controle em seu braço esquerdo, sua mão direita não é tão hábil quanto sua Esquerda. Os sombreados têm ondas neles, como as ondas neste país banhado pelo oceano, e redemoinhos nele que se parecem mais do que um pouco com o rosto do seu marido. Eu não sou estúpida Zoro. — Nami responde categoricamente e dá um tapa na nuca dele para garantir.

— Só porque você está certa não significa que você não é estúpida. — Zoro murmura e se senta.

— Todo mundo vai perceber também, você sabe disso, certo? — Nami diz séria, sentando-se em frente a ele, seu café momentaneamente esquecido na pequena mesa baixa.

Zoro desvia o olhar, ele percebe isso e talvez, em retrospectiva, não tenha sido a coisa mais inteligente a fazer. Talvez as pessoas cheguem à conclusão de que estão apaixonados, afinal Ace já havia dito isso a todos, mas não seria impossível as pessoas começarem a se perguntar se era algo mais.

— Eu não me arrependo. — Zoro diz depois de um momento olhando para seu braço e para as horas de trabalho de Sanji. Tudo sobre a noite passada foi incrível e ele não gostaria de ter sido mais sensato.

— Você está falando sério sobre isso, não está? — Nami diz pensativa, seus dedos batendo à toa no mikan tatuado em seu antebraço. As pequenas frutas sobem por seus braços e sobre seu busto e decote exposto. Se Nami realmente gosta de irritar os irritantes Tsukians estritos, ela usaria as roupas mais curtas possíveis, deixando uma tonelada de pele sem armadura como um 'foda-se' comum e um 'vá em frente, experimente-me'. No momento, seus motivos são mais simples, ela não quer manchar o tecido em sua própria tinta quando está tão fresco.

— Você já soube que nosso príncipe não leva a sério algo importante? — Robin diz levemente e toma um gole de seu café. Zoro olha desconfiado para ela e se pergunta há quanto tempo ela está se intrometendo nisso e gentilmente conduzindo-o na direção de Sanji. Não é como se ela tivesse falsificado seus sentimentos, ela não poderia fazê-lo sentir nada que ele não sentiria sozinho, mas ela fez isso para que ele e Sanji passassem muito tempo juntos e foi ela quem pediu ele para primeiro procurar Sanji e pedir-lhe para compartilhar seus medos. Robin provavelmente estava tentando formar algum tipo de vínculo de respeito entre eles no início, mas sem dúvida ela percebeu que havia potencial para mais e estabeleceu mais disso.

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