9- Pessoa preferida.

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Infelizmente os contratos que eu estava esperando assinar acabou não rolando, não sei o que houve porque ninguém na agência me disse, na verdade a agência ainda deu uma pausa no meu contrato, o que me deixou bem triste e revoltada, porque eu estava esperando por esses contratos pra conseguir alugar um apartamento para me mudar com a minha avó e com isso, voltei a estaca zero. Eu queria muito que houvesse uma explicação do porquê o contratantes voltaram atrás e o porquê a agência resolveu me deixar de lado quando tudo parecia certo. Embora não fizesse sentindo algum, eu desconfiava de que Layla e aquela família miserável dela estivessem por trás disso tudo, como? Eu não fazia ideia. Mas eu não podia ficar parada e ainda bem que eu ainda trabalhava na confeitaria de Micaella, por incrível que pareça, mesmo com tanto desafio que é trabalhar com o público, ei sentia paz no meu trabalho, a paz que acabava quando eu chegava em casa.

Se dependesse de Pedro e Débora eu moraria com eles ou me mudaria para o apartamento antigo deles com a minha avó, mas eu não queria incomodar os dois e sem os contratos e sem minha vó trabalhar, a gente não ia conseguir se manter no apartamento deles, era caro morar naquele condomínio. Mas eu tinha esperança que as coisas iam melhorar, mesmo que a cada dia que passasse eu levasse uma rasteira atrás da outra.

Além dos contratos não assinados, ainda tem a história com o Andreas, depois do jantar com a Layla, eles nunca mais se encontraram, mas nós dois também não, parece que o que nós tínhamos já era, passado. Não que eu tivesse tentado entrar contato, porque não tentei, meu orgulho não deixou, e depois ele ainda estava de saída do Flamengo, ele não queria, mas infelizmente ele não era dono do próprio nariz e acabou sendo vendido para um time inglês, meu amor estava de partida e a gente não ia mais se ver, porque após o jogo que ele tinha na Colômbia, ele só teria tempo para se despedi da família dele que estava morando no Sul e de lá embarcaria para a terra da rainha. E eu ? Bem, eu ficaria com o coração partido, cheia de saudades e pensando em tudo que poderíamos ter vivido, se eu não fosse a porra de uma pessoa insegura que não se sentia o  suficiente para ter algo com um jogador de futebol.

"Eu te mandei o projeto da sua festa?"

Estava debruçada sob o balcão de atendimento, após ter atendido as últimas pessoas antes da hora do almoço na loja, quando a mensagem de Débora chegou em meu celular.

"Projeto? Você disse que era só um bolo e uns balões pra decorar."

Ajeitei minha postura e encarei o aparelho em minhas mãos com uma das sobrancelhas levantadas. Minha amiga quis comemorar meu aniversário em sua casa, mas ela havia dito que era somente um bolinho e uns balões pra decorar e as fotos saírem bonitas, agora ela vem com história de projeto de festa.

"Mudanças de plano, Thaisa e eu chegamos a conclusão que seus dezoito anos merecem ser comemorados em grande estilo, vai continuar sendo aqui em casa, só que algo maior, vou mandar pro seu email o projeto que Letícia me enviou, devo ter esquecido de enviar antes."

" Você e a Thaisa estão é com muito tempo livre, isso sim, não que eu ache ruim, mas eu fico envergonhada."

" Pois deixe essa vergonha de lado, você só precisa aparecer na festa com a sua avó, somente isso, o resto já está tudo encaminhado, mas se quiser vim desde de manhã, ótimo."

" Amiga, já é amanhã, como você mudou as coisas assim tão rápido?"

" Contatos certos, lembra do Léo?"

" O assessor da Catarina?"

" aham, cuidou das coisas mais difíceis e a Leticia também topou fazer algo maior em cima da hora."

"Isso que é ter nome e dinheiro."

" Engraçadinha, mas é sério, eu quero te ver feliz, Mel, a festa é pra comemorar sua vida, você e tudo que já enfrentou."

Inesquecível // Andreas Pereira ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora