Love 101

Briga

- Isik, minha querida, o que faz com essa ralé? - O diretor pergunta a Isik. Eu e Osman chegamos mais perto para escutar. - Saia com seus amigos decentes. - Completa.

-Ele tem razão, não se mistures com a ralé. - Sinan fala, fazendo o diretor olha-lo. - Nós comemos carne humana. Podemos comer voce. - Termina.

-Maldição, Sinan. - O diretor o ameaça. - Vou expulsa-lo de um jeito ou de outro. - Chega mais perto de Sinan, ficando cara a cara com ele.

-Antes disso, o senhor vai ter que passar por cima de mim. - O ameaço. A única que pode ameaçar Sinan aqui sou eu, quem ele pensa que é.

-Mia. - O diretor me olha. - Escutei alguns boatos sobre um suposto romance entre você e um ser dessa ralé. - Ele fala.

-O senhor não está velho demais pra acreditar em boatos? - Pergunto. - Achei que fosse mais inteligente. - Completo.

-Olha sua pirralha. - O velho vem na minha direção.

-Quando eu me formar, quero ser igual o senhor. - Sinan chama a sua atenção. - Que usa o terno todos os dias. - O velho volta a olhar Sinan. - Que não tem ambição e só consegue discutir com jovens de 17 anos, como o senhor faz. - Completa.

Todos tentam segurar a risada.

-Sociopatas. - O velho fala e sai.

-Muito bem cara. - Kerem fala dando uma tapinha no ombro de Sinan.

- Você acabou com a raça dele. - Eda fala.

-Como aprendeu isso? - Pergunto a Sinan enquanto os outros se afastam.

- Você me influenciou. - Sinan fala e dá um sorriso debochado.

-Ei, nem vem colocar a culpa na sua mais nova melhor amiga. - Eu falo debochando.

-Obrigada. - Ele agradece de repente. O olho sem entender. - Por ser minha melhor amiga. - Ele diz e sai.

-Ei. Não vale dizer isso e sair assim. - Grito, já que a criatura já estava longe.

-Desculpa princesa, mas eu acabei de fazer isso. - Ele grita de volta, me fazendo rir.

Sinan. Idiota.

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Entramos na sala que já estava completamente cheia. Isik vai mais rápido que eu e senta do lado de Sinan. Que bonitinha, ela nem esconde que gosta dele. Dou uma piscadinha pra Sinan, que fica vermelho na hora. Sigo em direção à mesa de Osman, mas um de seus nerds é mais rápido que eu. Está de sacanagem. Osman me olha como se pedisse desculpas, eu reviro os olhos e vou sentar junto à Kerem, que se encontra logo atrás.

-Farão as fotos do anuário hoje. Não suma depois da aula. - Isik fala.

-Nem sabemos se vamos no formar. - Eda fala

-Diga por Você. - Falo. Todos me olham. - O que foi? - Pergunto.

-Sempre me esqueço que essa patricinha tem cérebro e é uma tremenda de uma nerd. - Kerem fala.

-Pelo menos alguém aqui tem que ter um cérebro. - Debocho. Ele me olha irritado. Mostro a língua pra ele que nem criança.

-O anuário é só uma forma de entrar pra história. - Sinan fala.

-Cara só concorda, não precisa filosofar. - Osman fala.

-Ei. - Chamo sua atenção. - Deixa ele filosofar. - Completo.

-Vai defender seu namoradinho agora? - Osman pergunta, parece que o deixei irritado.

Não sei se foi pela forma que ele me respondeu, mas fico sem reação. Odeio isso.

-Beleza. Isik a gente vai. - Kerem fala e o assunto encerra ali.

-Tudo bem pessoal. - O professor entra na sala. - Hora da prova.- Completa.

-Ainda bem que voce está aqui para me ajudar. - Kerem fala.

-Cuidado. Ela só sabe ajudar o namoradinho dela. - Osman se intromete.

-Pelo menos o Sinan não age igual uma criança como certas pessoas. - Respondo. Isso faz Osman se virar para traz e me olhar. Não desvio o olhar, e nem pretendo. Se ele quer brincar de gato e rato, eu posso muito bem fazer isso, e vou fazer de tudo pra sair ganhando. Osman desvia o olhar.

-Idiota. - Ele resmunga.

Solto uma risada debochada. Idiota é voce.

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Depois de uma tremenda prova, fomos para o jardim, o mais longe de todos os outros alunos. Kerem traz um banco e coloca no meio do gramado. Eda pega a placa de "Proibido pisar na grama" e joga longe. Osman vem logo atras com um saco, trazendo a comida. Me afasto um pouco do pessoal.

-Mia. - Isik me chama. - Não vai comer? - Pergunta.

-Não estou com fome. - Respondo.

-Por que passar fome? - Isik pergunta. - Você mal come. - Ela continua insistindo.

-Se ela não quer, não fique insistindo Isik. - Osman se intromete. - Não é uma delícia? - Pergunta a Kerem.

- Você deveria ter comprado mais um pra mim. - Kerem fala.

-Pode comer o meu. - Falo.

-Obrigada patricinha. - Kerem diz todo feliz, parecendo uma criança.

Osman me olha, seu olhar demonstra vários sentimentos misturados, principalmente raiva.

-Vocês vão na seção de fotos depois da aula? - Isik ainda insiste nesse assunto.

-Vamos. - Osman responde. - O que vamos fazer com os professores? - Pergunta.

-Estamos ferrados. - Kerem fala.

-Não. - Eu falo. - Burcu estar super atraída pelo Kemal. - Completo.

-Concordo com a Barbie. - Eda fala. Seu apelido faz eu rir. - Ela só deve ser tímida ou tem medo de demonstrar sentimentos. - Completa.

-Só porque ela fugiu uma vez. - Falo. - Não quer dizer que vai fugir para sempre. - Completo. Sinto o olhar de Osman em mim.

-As mulheres tem mania de sempre fugir. - Osman fala. - Principalmente quando se trata de sentimentos. - Eu o olho. Ele ergue as sobrancelhas com um ar de vitória. Desvio o olhar. Ele ganhou nessa.

-Pessoal. Romance é quando um se apaixona pelo outro e depois tenta entender. - Isik fala. Kerem olha pra Eda, e sei que Osman me olha.

-Então tem algo. - Kerem diz ainda olhando pra Eda, que o olha de volta. Dá pra sentir a tensão daqui deles.

-Obvio que está rolando algo. - Isik fala super animada. - Vamos bolar um plano e fazer acontecer. - Completa.

-Só espero que Kemal seja homem de verdade. - Penso em voz alta. - E não age igual uma criança quando está irritado. - Olho pra Osman. - Ou com ciúmes. - Termino, ainda o encarando.

Ele abre a boca pra dizer algo, mas é interrompido com a chegada de um Sinan muito bravo.

-O que está tentando fazer? - Sinan para na frente de Isik.

-O que eu fiz? - Isik hesita.

-Ela me doou sua prova. - Sinan aumenta o tom de voz. - Entregou uma folha em branco com o seu nome. Ela é uma salvadora. Não basta evitar nossa expulsão. Agora vai fazer nos formarmos com honras. Que heroína. - Termina.

-Sinan, você está exagerando. Ela fez um favor. - Osman fica do lado de Sinan. Idiota porque não fica quieto.

-Por que você está se intrometendo? Ela é sua namoradinha por acaso? - Sinan se vira pra Osman, ficando cara a cara.

-Sinan. - Me coloco no meio dos dois. - Calma, Isik só queria ajudar. - Coloco as mãos em seus ombros.

-Eu não pedi a ajuda dela. - Ele tira minhas mãos de uma forma super rude, e as segura com força que começa a doer. - Não precisa me usar para masturbação emocional. - Ele olha pra Isik, que está se segurando para não chorar.

-Sinan, me larga. - Eu falo e puxo minhas mãos com força. Ele percebe e me larga.

-Ela fez algo legal pra você. Qual o seu problema? - Eda pergunta.

-Eu não quero a porra da ajuda dela. Ela não deveria fazer nada por mim. - Sinan grita ao falar com Eda. - Você entendeu? - Ele grita com Isik. - Não me dê a sua prova. - Ele joga uns papeis em Isik. Isso me deixa puta.

-Enfia a prova no seu rabo. - Vou pra cima de Sinan. - Ela só quis te ajudar porra. Isso mostra o quanto ela gosta e se importa com você. - Eu começo a empurrar Sinan. Osman tenta me segura.

-Vai se foder, sua anorexia. - Sinan grita. Eu paro de bater nele, e o olho nos olhos. Seu olhar vai de raiva para arrependimento.

-Eu vou te matar. - Osman fala, mas eu uso o braço para ele se afastar de Sinan.

-Eu estou farto desse cara. - Kerem aponta pra Sinan.

-Vão todos se foder. - Eda grita e sai a passos rápidos.

-Sai da minha frente. - Kerem empurra Sinan e vai embora.

-Vai se foder. - Sinan grita pra Kerem.

-Vai se foder você, Sinan. - Eu grito, isso o faz me olhar. - Pelo menos alguns de nós não desconta nossos problemas nos outros. - Termino e saiu. Quero ir ao mais longe de todos eles.

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Depois de um belo banho, sigo em direção a cozinha. Estou sozinha em casa, que maravilha. A briga de hoje passa pelos meus sentimentos mais uma vez. Que merda Sinan. Abro a geladeira e vejo um bolo de chocolate. Tiro e coloco em cima da mesa. Fico exatamente olhando para o bolo por mais de 5 minutos. Pego uma colher, e a cada colherada, me lembrava das palavras de Sinan. A cada colherada, lagrimas rolavam pelo meu rosto. Depois de comer que nem uma louca, vou ao banheiro, e lá coloco tudo pra fora.