Dia louco

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Minha cabeça dói pra caramba, isso que dá ficar até tarde acordada. Depois de ter levado Isik para casa, cheguei em casa e comecei a fazer exercícios físicos até ao amanhecer. Não consegui dormi.
Mal toco na comida do café da manhã, só um café vai adiantar. Mamãe estava sentada na ponta, como sempre, mexendo em seu tablet, como sempre.

- Simon está melhor? - Ela pergunta. - Soube que ele apanhou no show ontem. - Ela me olha.

- O Simon apanhou? - Pergunto surpresa.

- Por que a surpresa? Você não estava no show com ele? - Ela pergunta.

- Fui embora mais cedo, aquele show não é muito meu estilo. - Minto.

- Você e Simon estão bem? - Ela pergunta.

-Estamos. Super bem. - Debocho.

-O pai dele me disse que Simon andou reclamando de você. Melhor entrar na linha Mia. - Ela fala e volta a olhar pro Tablet.

-Ok, mãe. - Olho para minha xicara, e me estomago se revira.

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Mais um dia de aula. As vezes que seria bom ser expulsa e deixar tudo pra traz. Seguir minha própria vida, mas lembro que isso não é um conto de fadas, está bem longe de ser.
Vejo Kerem, Isik, Sinan e Osman na frente da entrada do colégio. Meu objetivo era chegar até eles e pergunta o que rolou entre Kemal e Burcu, mas sou interrompida no meio do caminho por um bando de garotas.

-O que você fez pra Simon? - Uma loira pergunta.

-Como você teve coragem? Simon te amava. - A outra fala.

-O que? Do que estão falando? - Pergunto.

Nesse momento um homem de terno todo preto sai pela porta do colégio, e logo atras Simon, com um olho todo roxo. Ele realmente apanhou. Seguro o riso ao vê-lo daquele jeito. Os dois percebem minha presença e começam a vim na minha direção. O homem de preto é o pai de Simon, o senhor Oscar. Só com um olhar ele dispensa o grupo de meninas que estavam comigo.

-Mia, como é bom vê-la. - O senhor Oscar fala e ergue sua mão para um cumprimento. Me sinto pequena perto dele.

-Senhor Oscar, quanto tempo. - O cumprimento. -Simon, como você está? - Pergunto.

-Ele levou um soco do seu namoradinho. - Oscar responde por Simon. - Sabe Mia, uma moça tão bonita e inteligente como você deve saber que ter dois namorados não é algo bom para a sua reputação, muito menos para da sua mãe. - Oscar fala.

-Namoradinho? - Pergunto surpresa. Será que? A mão machucada...Osman?

- Que bonitinha, vai se fazer de sonsa. - Oscar debocha. - Ou você me obedece e acabar logo com esse romance com não sei quem, e volta o namoro com meu filho. Ou acabamos com o contrato que temos com a empresa da sua mãe, e sua reputação. Sabemos muito bem os problemas psicológicos que você tem.

Dou uma risada de deboche. Ele realmente tem coragem em me ameaçar.

-Bom isso iria só comprovar que os boatos que ela é anorexia são verdadeiros pai. A reputação dela iria por água abaixo rapidinho. - Simon fala pela primeira vez.

Olho para Simon, que me olha com um olhar debochado. Ele acha mesmo que isso me abala... Coitadinho. Respiro fundo.

-Sabe senhor Oscar ameaçar uma adolescente indefesa não é muito maduro para um senhor de idade. - Olho bem nos olhos de Oscar. - Outra, não acabei com a reputação de seu filho, ele mesmo fez isso sozinho, e quase me levou junto. Mas, como sou esperta sai do barco antes de um caminhão cair por cima de mim, mas parece que não adiantou. Sinto muito pelo seu filho ter apanhado, mesmo ele ter merecido, mas me ameaçar não vai ajudar seu filho ser menos babaca. - Desta vez olho para Simon. - Se eu tenho outro namorado, isso é problema meu. Pelo menos eu fui madura o suficiente no nosso relacionamento. Já você, não posso dizer o mesmo. Se me derem licença, vocês estão fazendo eu perder meu precioso tempo. - Abro passagem no meio deles.

-Me trocou pelo pateta do Osman. - Simon diz segurando minha mão, na verdade estava apertando.

-Pelo menos ele é um homem de verdade. E me satisfaz. - Falo e saiu com a cabeça erguida.

O sinal toca, isso faz eu soltar o ar que nem sabia que estava segurando. Entro no colégio, sinto vários olhares em mim. Vai ser um longo dia.

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- A garota que namorar você, vai ser muito sortuda. - Escuto Isik falando. - Sério Osman, é adorável. - Ela completa.

- O que é adorável? -Sinan pergunta e coloca os braços por cima dos meus ombros.

-Osman comprou um presente pra uma garota. - Kerem fala.

-Pra quem? - Pergunto, minha voz saiu meio alta. Sinto uma sensação de raiva.

-Ele comprou pra Burcu como um presente de Kemal. - Isik fala. Isso me deixa mais aliviada.

-Kemal dormiu mesmo na casa dela? - Sinan pergunta para mudar de assunto. - Melhor segurar suas emoções maninha. - Ele sussurra no meu ouvido. Dou uma cotovelada nele. Ele finge estar com dor.

-Começamos uma coisa linda. Devemos ter orgulho. - Isik fala toda boba apaixonada.

-Tudo para não ser expulsos. - Eu falo.

-Mia. - Kerem me chama. - É verdade que você terminou com o babaca lá? - Ele pergunta.

-Não terminamos oficialmente, mas pode dizer que sim. - Eu falo.

-Me falaram que ele levou uma surra no show. -Kerem fala.

-Sua mão está melhor Osman? - Sinan pergunta. - Simon com um olho roxo, e Osman com a mão machucada, que coincidência adorável. - Debocha.

-Olha Burcu chegou. - Isik fala, mudando de assunto. Obrigada Isik, te devo uma.

-Cadê Kemal? - Kerem pergunta.

-Ele está logo atras. - Osman fala vindo para o meu lado. Não consigo prestar atenção nos professores. Seu cheiro me deixa fora de si.

-Não era pra eles terem vindo juntos? - Kerem pergunta.

-Sim. - Osman fala e coloca uma avelã na boca. Ele oferece o saquinho pra mim. Pego uma avelã e coloco na boca. Osman fingiu que não viu, mas deu um sorriso de lado.

-Talvez eles vieram separados porque tinham coisas a fazer. - Isik fala otimista.

Burcu é parada por uma aluna. Kemal passa do seu lado e a ignora, seguindo em frente. Sinto o clima estranho daqui, parece que o ar todo ficou numa tensão. Logo atras vem uma Eda brava.

-Eles não transaram. - Ela fala chegando perto do grupo. Isso faz o grupo sair em transe, e seguimos
Eda entrando no colégio.

Quando percebo que eu e Osman estamos atras, seguro seu braço, o parando. Ele me olha sem entender o que está acontecendo. Deixo o grupo seguir mais um pouco pra frente. Quando percebo que eles não podem nos escutar, vou direto ao ponto.

-Por que bateu em Simon? - Pergunto olhando seria para Osman.

-Ei, você está me culpando por algo que não fiz. - Osman fala com um tom de brincadeira.

-O pai dele veio falar comigo, disse que meu namoradinho tinha batido no filho dele. - Falo. - Não mente pra mim Osman. - Completo.

-Ok. - Ele fala e bufa. Parece que não consegue olhar pra mim. - Não queria contar porque você poderia ficar brava, mas aquele desgraçado bem que mereceu. Tudo bem ele ser um babaca, mas ser babaca com você? Já é demais pra aguentar. - Ele me olha. - Desculpa, Mia. - Seu pedido é sincero.

-Não estou brava. Ele mereceu. - Dou o meu melhor sorriso para tranquilizar Osman. Ele dá um riso fraco.

-Que engraçado. - Ele começa. - O pai dele falou namoradinho, e você logo pensou em mim? - Sua pergunta faz eu ficar vermelha. - Você tá ficando vermelha. Que linda. - Ele bagunça meu cabelo.

-Idiota. - Eu bato no braço dele. Isso faz ele rir.

-Então sou seu namoradinho? - Ele pergunta.

-O pessoal está nos esperando. - Falo e começo a caminhar em direção ao grupo.

-Isso foi um sim? - Ele pergunta.

-Não. - Respondo. Isso faz ele bufar. - Mas, também não foi um não. - Completo.

-Então tenho chances. Legal. - Ele fala animado. - Eu já sabia disso. - Que convencido.

-Eu sou difícil, boa sorte. - Falo.

-Tudo bem, vale a pena lutar por você. - Ele fala. Isso me faz rir.


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