Capítulo 5: Mostrando quem realmente manda

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É, então... Descobri que o problema de escrever não era perfeccionismo e neurose, era um negocio chamado Transtorno dissociativo de desrealização/despersonalização. Ai agora sou uma mulher muito bem medicada, fazendo terapia e meditações. Então espero que gostem do q vão ler. No planejamento faltam 5 capítulos pra acabar (e vcs sabem que se tem planejamento é pq eu já elaborei o final), ou seja, até 2030 eu termino. Mas que eu vou terminar eu vou! Encarem como um slowburn de escrita. Xero!

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Lena saiu do elevador no andar da sala de reuniões. Sua assistente lhe aguardava próximo a porta.

- Quem começou isto, April? - A empresária já tinha as bochechas vermelhas em fúria.

A assistente lhe entregou um dossiê com diversos documentos, aparentemente.

-James entregou isto em minha mesa e eu liguei para a senhora assim que vi do que se tratava.

-Você é incrível! - Lena entrou na sala de reuniões, lendo o conteúdo do dossiê.

Aparentemente alguns acionistas estavam muito insatisfeitos com a união entre a L-corp e a Obsidian North e, em virtude do anúncio de Morgan Edge sobre seus óculos de realidade virtual e a absurda semelhança com o projeto desenvolvido pela ONLC apontando assim para um possível vazamento de informações, solicitaram à James, o advogado representante das empresas da família Luthor, uma relação de projetos em risco e o desmembramento da união com Andrea antes mesmo do lançamento das lentes.

Lena já havia notado os burburinhos, afinal, seus olhos de águia encobriam toda sua empresa. E sua assistente foi mais que competente em lhe adiantar informações cruciais enquanto ela ainda estava no carro a caminho da reunião.

A sala em qual Lena se encontrava agora estava abarrotada de homens engravatados. Alguns com um semblante preocupado, outros pareciam irados. Mas Lena era certamente uma mulher treinada para ser inabalável e sua voz se fez presente sobre todas as outras.

-Bom dia, senhores!

O murmurinho entre os acionistas cessou quase que imediatamente. Alguns responderam educadamente, outros se acomodaram em suas cadeiras sem ao menos encarar a presença da jovem empresária. As cobras herdadas de Lex, seu irmão, Lena os nomeou assim.

-Então, o que os senhores querem afinal? - Lena jogou a pasta do dossiê sobre a mesa e os papéis se espalharam. Ela já sentia o sangue lhe subindo a nuca. A lembrança de Andrea questionando seus acionistas sobre os ganhos financeiros daquele projeto. A forma como a engenheira encantava as palavras e conquistava o bolso dos homens naquela sala nas inúmeras reuniões de acordo da união. A lembrança de Kara é muito altiva, colocando James em uma postura tão submissa quando questionada sobre seu trabalho. A advogada trabalhando sua argumentação tão pronta e habilmente, mostrando que ela tinha total controle sobre o que estava fazendo. Lena pensou por um momento que gostaria de ter Andrea e Kara ao seu lado nessa batalha. Mas as lembranças só poderiam lhe dar força agora, afinal, estava só.

James logo tomou a frente da discussão.

-Era isto que eu estava tentando evitar, srta. Luthor.

A falsidade das palavras do advogado por trás de seu sorrisinho sarcástico embrulharam o estômago de Lena.

-Se você gostaria de evitar algo do tipo, Sr. Olsen, deveria ter deixado que eu fizesse o meu trabalho, ao invés de solicitar esta reunião ridícula no meio de uma semana tão conturbada.

Metade dos homens tinha um olhar preocupado, enquanto uma das cobras, Maxuell, se manifestou:

-Estamos cuidando de nosso dinheiro, Luthor. Com a saída de Lex as coisas se tornaram muito instáveis por aqui. - A risadinha e o tom irônico do acionista foi recebida como graça por alguns de seus companheiros e fez Lena respirar fundo e cravar as unhas no braço da cadeira.

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