Capítulo 8: Descobertas.

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Aviso: Uso explicito de drogas. Essa é uma historia +18, eu não precisaria avisar, mas serei gentil. Deixem suas melhores reações.

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Claro que não era a primeira vez de Kara voando. Ela costumava viajar de avião para visitar sua mãe e houve aquela vez que um cliente quis impressioná-la e a levou para ver a cidade em um helicóptero, mas ela passou a viagem inteira distraída pelo mau hálito do magnata. No entanto, dessa vez, Kara estava sentada entre Lena Luthor e Andrea Rojas, o que tornava a sensação de voar... diferente.

Andrea sinalizou para o piloto levantar o voo enquanto Kara cruzava as pernas para o deleite dos olhos de Lena que sentava ao seu lado.

Deixaram então o heliponto do prédio da L-Corp e seguiram em um voo curto, sob troca de olhares concupiscentes, até o heliponto do prédio em que Kara morava. A cidade iluminada era um convite ao olhar. Ainda que não fosse novidade, era bonito observar os pequenos carros percorrendo as pistas sob luzes artificiais.

Andrea gostava também do que via, mesmo que ela não estivesse olhando sequer para a cidade. Talvez seu olhar estivesse perdido nas linhas delicadas do terno de Kara. Ela acariciou o braço da jovem, apertando os dedos sobre o músculo trabalhado.

Do outro lado de Kara, Lena observava os prédios enquanto arranhava carinhosamente a coxa da amante. Para a sorte (ou azar) da jovem advogada, o helicóptero pousou em seu prédio.

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O apartamento de Kara era, no mínimo, aconchegante. Um sofá macio enfeitava o meio da sala, adornado por uma colcha de algodão pima e estampas peruanas que ela havia ganhado de uma cliente ainda em seu primeiro ano de trabalho.

A parede atrás da tv era composta por diversas fotografias de Kara, Alex e seus amigos. O sorriso da loira iluminado em todas as imagens.

Andrea observou a jovem colocar sua bolsa no gancho da parede como um hábito. As pessoas costumam mudar quando estão em seu habitat natural e a empresária gostaria de observar Kara no seu. Lena desceu de seus saltos ao passar da porta e agora as três se encontravam no meio da sala.

- Adorei a colcha, Kara. É de muito bom gosto. - Lena deslizou os delicados dedos ao longo das costas do sofá.

-Obrigada, ganhei de uma cliente. - Kara se vangloriou.

-Imagino que você receba muitos presentes de clientes, srta. Danvers. - A mão da mais velha tocou o ombro da advogada.

Kara lembrou de alguns mimos que costumava receber de seus clientes, ela era conhecida por ser a simpatia encarnada além de ser uma advogada conceituada, não era de todo estranho que seus clientes gostassem de lhe agradar.

-Qual foi o presente mais inusitado que você já ganhou, baby? - Os olhos verdes de Lena eram curiosos e a pergunta fez as bochechas de Kara adquirirem um tom rubro tão forte quanto as cores do tecido no sofá. Andrea percebeu isso.

-Oh Kara, por sua expressão eu apostaria em coisas pervertidas. - A mais velha cutucou o quadril da outra.

-Ok, ok, eu vou fazer o jantar. Sentem-se e sintam-se à vontade. - Disse uma apressada Kara entrando em seu quarto com a desculpa de trocar suas roupas para o jantar.

Andrea e Lena se entreolharam e riram, a mais nova sabendo que nada escapava do olhar afiado da outra. E era tão fato que nada escapava de seu olhar que o cinzeiro na varanda, sob uma mesinha ao lado de uma cadeira gerou uma pequena interrogação em Andrea. Ela não lembrava de ver Kara fumar. Não que fosse um hábito que a incomodasse,ela mesma tinha sua cota de charutos e eventualmente gostava de os tragar com um bom whisky após foder com Lena. Apenas não tinha essa memória e percebeu que realmente o habitat de Kara revelaria muito mais coisas sobre a loira. Andrea guardou essa informação para mais tarde quando Lena ligou a TV e um episódio de The Good Fight saltou na tela no momento em que a personagem favorita de Kara parecia defender um caso.

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