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Por Noah

Meu corpo exausto continuava jogado na cadeira mesmo depois de ter desligado o notebook há algumas horas. Nunca em minha vida um único orgasmo me deixou assim... na lona. Para dizer a verdade, nunca uma mulher mexeu tanto comigo. Eu não sei o que é... o que ela tem, exceto que é linda e absurdamente gostosa. Mas minha esposa também não era? Não... não era. Impossível comparar as duas.

Sina tem uma beleza diferente, quente, selvagem... uma beleza estonteante, eu diria. Felicity tem uma beleza mais... fria, quase artificial. Somente agora eu me dava conta disso. Como sempre fui um homem decidido, seguro do que queria eu poderia dizer com todas as letras: eu quero essa mulher. Era louco, insano, pervertido? Lógico que era. Mas e daí? Eu jamais sai da linha um segundo da minha vida. E se aconteceu agora, justamente quando minha família começa a aumentar, é porque algum sentido tem.

Claro, isso não justifica nada e la no fundo ainda me sinto um porco traidor. Perguntar o que eu faria daqui para frente seria inútil. Eu não saberia dizer. A única coisa que conseguia pensar é que teria que ir a Oxford e pegar aquela mulher pra mim. Felicity era assunto para depois. Não deveria ser, mas não vejo outro jeito, mesmo porque eu me sinto perdido. Há quanto tempo eu não me sentia relaxado ao chegar em casa? Essas horas com Sina me faziam tão bem que era quase como se mãos massageassem meus músculos cansados.

Meu dia foi maçante, cansativo. Circulei por quase todas as minhas lanchonetes e ainda no final do dia tive que receber minha assessora de Oxford. Se eu soubesse mais alguma coisa sobre Sina talvez tivesse até perguntado. Mas era melhor não. Não poderia dar chance para que Hannah se insinuasse para mim mais uma vez. Meu Deus... que mulher pedante.

Mas Sina...Essa sim... essa eu queria de todas as formas e na cama comigo.Jesus...so de pensar o que eu faria quando estivesse frente a frente com essa mulher me tirava o fôlego. Hannah falou, falou... até que por fim peguei os documentos que as gerentes das minhas lojas enviaram. Analisaria tudo sozinho e sem precisar ouvir essa voz de taquara rachada o tempo todo na minha cabeça.

Eu nem imaginava o que viria. Quer dizer... às vezes sou meio lerdo e não percebo. Estava muito claro. Hannah usando aquela roupa colada e curta demais, cruzando e descruzando as pernas... sinal de cantada no ar. E foi dito e feito. Todos os gerentes das lanchonetes de Londres já tinham ido embora. Ficamos apenas nós dois.

Flashback

–Então, Noah... por que não jantamos juntos? Queria convidar todos, mas eles pareciam apressadinhos.

–Não, Hannah. Eles me conhecem muito bem para saberem quando sair. Na verdade o apressadinho sou eu.

–Ah... tem algum programa?

–Sim. Ir para casa e cama.

Ela descruzou novamente as pernas querendo a todo custo mostrar a calcinha ou a ausência dela pra mim.

–Cama é uma boa opção. Poderíamos tomar um drinque no hotel em que estou, posso fazer uma massagem relaxante e...

Encarei-a seriamente.

–Hannah, entenda uma coisa. Eu sou casado e não tenho a menor intenção ou sequer interesse em levá-la pra cama. Se outra mulher tiver que dividir uma cama comigo, e essa mulher não for minha esposa, com toda a certeza do mundo também não será você.

Seu rosto ficou vermelho.

–Nossa, Noah... por que me maltrata tanto?

–Simplesmente você não faz o meu tipo, Hannah. E agora eu preciso ir. Tenho outra reunião muitíssimo importante. Essa é inadiável.

LuxúriaOnde histórias criam vida. Descubra agora