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Por Noah

Merda. Quando é que eu me concentraria no trabalho? Estava há horas olhando para os papeis sobre a minha mesa, fingindo que lia, mas todos os meus sentidos estavam direcionados para o cheiro daquela praga de mulher sentada à mesa ao lado da minha. Em que bicho selvagem eu me transformei? A noite inteira transando com aquela mulher e eu ainda estava fissurado nela, louco para jogá-la sobre a poltrona e comê-la até a exaustão.

Isso não era normal. Eu sempre fui tão quieto... tão casto. Eu ri baixo. Definitivamente casto e Noah Urrea não combinavam na mesma frase. Pelo menos não nessa fase da minha vida.

-Está rindo do que, idiota?

-Epa. Olha o respeito comigo.

-Pensa que me engana Noah? Só eu estou trabalhando. Está há horas olhando para folha sem fazer nada.

-E como pode afirmar isso? Estou analisando...

-E você leva mais de duas horas para analisar apenas uma folha?

-E você quer parar de ficar prestando atenção em mim? Eu sou o chefe. Posso me deitar naquele sofá e mandar só você trabalhar.

-Então vai. Não está fazendo nada mesmo.

Levantei-me jogando a caneta sobre a mesa e olhando para ela com cara de deboche.

-Quer saber? É isso mesmo que vou fazer. E você faça-me o favor de trabalhar.

Joguei-me na poltrona, mas de forma a ficar de frente para ela. Dali eu podia ver suas belas pernas torneadas sob a mesa. Delicia... lembrei-me de quando ela se deitou sobre a mesa, completamente aberta pra mim... Cacete de mulher infernal... eu estava me sentindo péssimo por ser tão tarado. Acho que estava falando pouco de amor com ela. Mas ela sabia que eu a amava, não sabia? Acho que consigo demonstrar isso.

Mas que culpa eu tinha se ela era um vulcão... um furacão que me deixava completamente zonzo? Argh... diaba dos infernos. Tinha vontade de cravar meus dentes nela até arrancar pedaços. Fechei meus olhos e forcei minha mente pervertida a pensar em outra coisa. E veio a imagem daquela boneca de milho à minha mente. Ridícula. Aquela canela seca achava mesmo que conseguiria me levar para cama um dia? Que eu iria mesmo abandonar ou ao menos trair Sina com ela? Meu Deus... por que algumas mulheres não tinham senso do ridículo?

Felicity era outra... atrevida... vadia. Deixou minha cabeça bem enfeitada como seu eu fosse uma rena de natal e ainda se achava no direito de vir avacalhar com minha vida. Bem que eu queria uma forma de provar que ela me traiu. Será que seus exames médicos serviriam? Mas será que o hospital faria isso? Bem... com um pedido judicial era bem provável que sim.

Mas quer saber? Isso era o de menos para mim. Não me importava o quanto eu teria que pagar a ela de pensão. Eu só queria estar livre para assim poder me casar com Sina. E claro... eu faria questão de mandar nosso convite de casamento para a espiga de milho e minha sogra endiabrada.

Mas... enquanto isso... eu ficava aqui, com o pau quase explodindo dentro da calça, olhando aquela delicia que trabalhava concentrada sem sequer me olhar.

-Amor... venha aqui.

-Deixe-me em paz Noah. Tem trabalho demais aqui.

-Foda-se. Eu sou o dono e estou mandando você vir até aqui.

-Foda-se você com esse pau duro. Eu vou continuar trabalhando.

-Sabia que de Submissive você não tem nada?

-Isso pertence ao passado.

-Passado porra nenhuma. Ah... Sina... vem. Uma fodinha só... inocente.

Ela me olhou, dessa vez o deboche partia dela. Sinceramente eu não entendi aquela expressão.

LuxúriaOnde histórias criam vida. Descubra agora