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Por Sina

Se apenas o ódio fosse capaz de matar uma pessoa, com certeza estaríamos rezando a missa de sétimo dia de Hannah. Estava com tanta raiva, mas tanta raiva dela que tive vontade de avançar nela e despentear aquela peruca que ela chamava de cabelo. Como assim? Acusar meu Noah... o meu putão gostoso de assédio sexual? Justo ele que levaria qualquer mulher pra cama com um simples estalar de dedos? E mais... ele tinha a mim... sua Submissive.

Hannah era retardada mental ou o que? Esse truque era mais velho que andar pra frente. O pior disso é que nem todo homem é como Noah. Na certa aqueles policiais estavam achando Hannah a mulher mais gostosa do planeta. Olhavam pra ela com cara de cachorro pidão e com certeza estavam acreditando nos absurdos que ela disse. Meu sangue fervia de ódio. Despeitada... despudorada... safada...VADIA. Estava simplesmente estragando um dia que tinha tudo pra ser perfeito.

Pior de tudo era ver Noah naquela calmaria. Apenas me beijou na frente de Hannah e da ordinária da minha mãe que chegou pouco depois. Fez um gesto com a mão para que eu tivesse calma. Como calma? Eu queria matar uma... ou duas... ou três, porque a vadia da esposa de Noah também poderia entrar no pacote.

Agora estava eu aqui na delegacia, andando de um lado a outro enquanto aguardava Noah e Hannah saírem. Pior era ouvir minha mãe matraqueando ao celular com meu pai.

–É isso Bruce. Essas pessoas acham que por terem dinheiro podem tudo. É o que sempre falei... escolheu mal e depois se arrependeu. Aposto como quis alguma coisa com Hannah e ela claro recusou, agora que sabe que ele e Sina estão tendo um caso. Hannah é linda... obviamente ele a agarrou e...

Não aguentei. Caminhei até minha mãe e arranquei o celular da mão dela jogando-o contra a parede.

–Ordinária... que espécie de mãe é você? Tudo bem se quer lamber o chão que Hannah pisa, mas daí a participar dessa coisa ridícula? Acordem pra vida... Noah tem como provar que ele não fez nada... vocês são burras? Ou andam usando drogas demais?

– Mais respeito com sua mãe, mocinha.

– Respeito? Eu dou respeito a quem me tem respeito e a quem merece respeito. Vocês duas mereciam uma surra pra aprender a ser gente... aprender a perder com dignidade. E no caso de Noah... vocês precisam aprender a ser mulher. Ser mulher para Noah não é simplesmente abrir as pernas pra ele. E é só isso que Hannah sabe fazer já que a cabeça é oca e o cérebro não passa de uma ervilha murcha.

– Sina Deinert... não vou permitir que fale assim...

–Não vai permitir merda nenhuma... quem é você pra me impedir de alguma coisa? Sou maior de idade, não dependo de vocês pra nada... NADA. Agora preste atenção em uma coisa... e estenda esse recado à sua queridinha... deixem Noah em paz. E pode escrever, eu irei atrás dela pelo que fez a ele hoje.

–Hum... como estamos mudadas. Se bem que pra quem era santinha, agora está com um homem casado...

–Pra você ver como são as coisas... talvez tenha convivido tempo demais com putas, acabei me tornando uma.

Seu rosto ficou vermelho e ela ergueu a mão para bater em meu rosto.

–Eu não faria isso se fosse você.

Girei meu corpo e vi Noah que acabava de sair da sala onde estava com Hannah e a delegada. Seu olhar era perigoso... dirigido à minha mãe. As mãos estavam dentro do bolso e eu podia jurar que podia vê-las fechadas, como se quisesse controlar sua raiva.

–Está me ameaçando?

–Eu? Acha mesmo que eu chutaria cachorro morto? Você precisa conversar com a delegada agora... sogrinha.

LuxúriaOnde histórias criam vida. Descubra agora