Luxúria

12

Por Sina

Bela maneira de ser recepcionada em Londres. Nesse lugar lindo, de onde via a cidade de braços abertos para mim e ao lado desse homem espetacular. E mais... sendo possuída por esse homem em cima de uma moto. Nem em meus sonhos mais pervertidos imaginei uma situação assim. E como foi bom. Ah... homem gostoso de fazer a gente delirar por horas.

Mesmo assim, apenas abraçado ao meu corpo, atrás de mim e encostado na moto, ele me fazia viajar. Os braços fortes se fechavam cada vez mais ao meu redor e a boca macia percorria meu pescoço. A barba por fazer causava sensações indescritíveis em minha pele.

–É lindo, não é?

–Sim. E fica ainda mais lindo com você ao meu lado.

–Mentirosa.

–Sabe que não sou.

–Eu sei. Não seria maluca de mentir para um homem bravo feito eu.

Eu ri alto, acompanhada por ele.

–Bravo... Parece um cordeirinho, Noah.

–Antes você falava que eu parecia um leão.

–Para certos assuntos.

Ele mordeu meu ombro e ficamos em silêncio, apenas observando a noite.

–Já se decidiu sobre o que fazer? Em relação ao seu casamento?

–Não há o que decidir. É divórcio e fim de papo.

–Mas você conversará com ela não é?

– Por mim, não. Eu quis conversar com ela. Ela me enrolou e ainda com a ajuda da mãe. Agora sou eu que não quero mais conversa.

–Mas sempre dizem que conversando a gente se entende.

–Também pensava assim. Mas vamos deixar esse assunto de lado? Sabe que amanhã conhecerá minha família.

–E se eles não gostarem de mim?

–Eu mando todos se fuderem.

Virei meu rosto para olhá-lo. E não é que ele estava sério? Deus... será que eu fiz isso com esse homem? Ele sempre me pareceu tão sisudo e compenetrado. E agora se revelava um pervertido de marca maior e um desbocado como nunca vi igual.

–Está tão bom aqui. Mas não é melhor irmos embora? Eu tenho que te comer na cama ainda.

–Deus do céu, Noah. Você toma alguma coisa? Não é possível.

–Tomo elixir levanta pau. A marca é Sina Deinert, conhece?

Eu ri alto mais uma vez. Noah era uma figura. E eu amava com loucura.

–Vamos embora, mestre.

–Assim que eu gosto. Garotinha obediente ganha pirulito depois.

Apenas balancei a cabeça prendendo meu riso. Noah me entregou o capacete, mas antes de subir na moto me olhou de forma estranha.

–Você sabe pilotar, Sina?

–Moto?

Ele revirou os olhos.

–Não. Avião. É claro que é moto.

–Ah... mais ou menos. Faz anos que não piloto uma.

–Que delicia. Além de vadiazinha gostosa ainda sabe pilotar moto. Vem, então... você é o piloto agora.

–Mas... Noah... é melhor não arriscar.

–Estarei atrás de você amor. Eu te ajudo se precisar.

Dei de ombros e passei a perna sobre a moto, sentando-me. Noah assoviou quando me viu fazer isso. Esperei que ele se sentasse atrás de mim e coloquei o capacete.