Capítulo 2

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   Estava me preparando para descer a torre quando escuto umas batidas na janela. Aos poucos me aproximo para olhar quando de repente uma pedra grande quebra o seu vidro espalhando os cacos pelo quarto, cubro o meu rosto com as mãos e me afasto com um pulo. Aconteceu muito rápido  homens entraram no lugar e me colocaram num saco velho e fedorento enquanto isso eu só sabia gritar.  

  Eles decidiram abrir o saco me amordaçar com um pano de prato. 

- "Hhmmmhhm!!!" - Isso foi eu tentando dizer para que me soltassem. 

-"shhhiu! se você ficar quietinha não vamos te machucar"- disse o homem calvo. 

   No mesmo instante senti minhas mãos suando frio e meu corpo gelado tremendo. Obedeci pelo medo. Puseram o saco novamente e comecei a clamar pelo meu guardião, sentindo eles descendo as escadas comigo, estava perplexa. Escutei alguém se aproximando, passos ligeiros, meus ouvidos nunca foram tão perfeitos. 

-"O que estão fazendo?!"- A voz da Amélie pareceu feroz. 

-"HHMMM!!!"-Imediatamente gritei pela minha amiga. 

-"HMMM essas batatas estão uma delícia! vamos levar para a cozinha não é rapazes?"-Disse um deles com uma voz fininha tentando me imitar. 

-"São muitas batatas mesmo... sejam rápidos por favor"- Respondeu Amélie. 

  (Minha nossa nossa nossa! Amélie não seja boba!!! Ela deve está tão atarefada que nem se deu conta). Os brutamontes me seguram com força porque fiquei tentando me debater, e desceram as escadas com tanta pressa que bateram meu pé na parede. Gritei até não poder mais que desmaiei de exausta.  

  Quando acordei não estava mais coberta no saco fedorento, o cheiro de madeira velha me embriagou e uma dor de cabeça veio no combo leve dois pague um. O íntimo dos meus olhos se esforçam para me acostumar com o lugar, um navio bem tranquilo, tripulantes que me analisavam e uns estavam tentando decidir o quanto valia a minha capa amarela e muitos outros objetos que roubaram do palácio, parecia uma feira. 

-"Bom dia alteza!"- Disse um dos homens que me raptou, o mais cabeludo deles. 

-"Ela parece uma bonequinha de porcelana, olha só a cara dela!"

-"Saco de batatas essa foi boa! hehehehe!" - todos eles começaram a rir da minha situação. 

- "Sejam mais gentis com a minha convidada"- Disse um com a voz rouca. Me virei movida pela curiosidade que aquela situação perturbadora me trouxe. E vi esse ser distinto, moreno de barba e um gancho no lugar da mão esquerda ele continuou se aproximando de mim e tirou o pano da minha boca. Os olhos dele apresentaram a cor azul de uma forma quase hipnotizante se não fosse pela minha pressa de sair dali. Aproveitei a minha oportunidade e falo:

-"Por favor, digam o que vocês querem e vamos acabar logo com isso"-  me forço a ficar calma. 

-"Ela é diretaaa, olha soooó. Vamos nos dar bem hein?"- Ele respondeu com um sorriso sem noção se afastando. -"O negócio é o seguinte princesinha riquinha, você vai nos dizer onde a coroa está e aí liberamos você depois que tal? bem simples" - continuou.

-"Eu não sei onde ela está"- Minto tentando fazer a melhor atuação que consigo. 

-" Há boatos por todo o reino de que você guardou a coroa até o dia de usar na coroação"- Disse ele num tom tão calmo que me assustou.


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 -"São só boatos, você sabe a fofoca rola solta nesse reino"- Respondo controlando minha ansiedade.

 Os tripulantes concordaram.

-"Isso é verdade, alteza. A fofoca realmente acontece, mas toda história tem um fundo de verdade, e a diamantina é uma oportunidade única, vou ser muito paciente com a vossa pessoa até que fale a verdade".- Ele respondeu.

-"Estou falando a verdade, pode vender a minha capa sei que deve valer muito".- Afirmei.

-"Você acha mesmo que pode enganar um pirata de Samir?!"- Ele falou se aproximando de mim novamente. -"Eu sei que você mente. Trabalho nesse cargo a séculos, percebo nos seu rosto que vacila e na sua demora a me responder, porque está pensando numa resposta melhor. A não ser que queira uma tatuagem de sangue azul feita pelo meu amado gancho é melhor me contar onde está a minha coroa".

Meu coração volta a bater como se quisesse sair do meu corpo. 


Continua...

O Pirata e a PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora