Capítulo 11

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-"Fausto!"- Falei surpresa em vê-lo.

-"Cala boca princesa se não a coroa cai".

-"A gíria não é assim".

-"Tanto faz! Está feliz em me ver ou não?"

-"Claro que estou. O que está fazendo aqui? Sentiu minha falta?"- perguntei sorrindo.

-"Pare de ser besta. Vim lhe resgatar só seguindo ordens".- disse e piscou pra mim. -" Agora ande porque não temos tempo".

-"Tudo bem, mas antes preciso pegar uma coisa".- Falo enquanto me apresso para pegar uma bolsa marrom debaixo da minha cama.

  Descemos a árvore e corremos com todas as forças. Ultimamente os guardas estavam em todos os lugares. Conseguimos passar pela densa floresta que cercava o castelo. Porém, ouvimos barulhos na grama seca, trotes de cavalos.

- "Valha me... é o seguinte boneca... vamos dormir numa árvore". - Falou olhando para os lados.

-"O que?"- perguntei atônita.

-" Do contrário se os guardas ouvirem movimento suspeito das folhas eles vão desconfiar. Ande suba".

-T-Tá bem".- Falei nervosa.

Não tenho muita escolha ?

-"Tem hora que a gente tem que ter peito na vida".- Fausto falou erguendo uma corda e lançando-a num galho.

  Escalamos e ele puxou a corda para cima, percebi o quanto ele estava acostumado a fugir. Conversamos baixinho a noite e perguntei como eles conseguiram escapar.

-"Um mágico nunca revela seus truques, é o que capitão sempre diz".- Ele responde.

Ao escutar isso o meu coração se contrai pesando em meu peito. Fausto percebe a minha expressão. E diz:

-"Sou desautorizado a lhe falar porque recebi ordens para te buscar, mas acredite, o capitão ele ...".

  Não consegui escutar tudo, pois estava com muito sono, acabei adormecendo sem perceber. No meio da floresta, cheia de bichos, estava mesmo cansada.

    No outro dia de manhã, acordamos assustadissímos, aparentemente um terremoto estava acontecendo. Abri os olhos e me agarrei na roupa de Fausto.

-"Ahhhhh!!"- Gritei.

-"Ahh... Bom dia Capitão!"- Fausto disse olhando para baixo.

Quando olhei para baixo vi aquela figura do pilantra irritante chutando a árvore. 

-"Acordem! Eu não tenho o dia todo... Ah, bom dia princesa é linda sua roupa de baixo..."- Felipe disse com uma risada fajuta, gracejando.

-"Fausto me dê a corda".- Eu disse pegando a corda e descendo da árvore.

-"Cuidado Sangue Azul, não vai se machucar hein? Fausto seja rápido!"

-"Desde quando você se preocupa comigo hein?"- Questionei.

-" Me preocupo com Fausto, ele ainda não desceu isso sim".- Felipe replicou.

Fausto  estava descendo na metade da corda. 

-"É muito alto!"- Disse ele tremendo.

-"Vou precisar subir aí e te buscar?!"- Bradou Felipe.

-"Estou descendo c-capitão".- Fausto respondeu terminando de deslizar.

-"Está tudo bem minha dama?"- Felipe perguntou antes de partimos

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-"Está tudo bem minha dama?"- Felipe perguntou antes de partimos.

Assenti como uma boba.

Estou louca por ele, não quero admitir por causa de tudo que ele me disse na masmorra. Mas, tenho coragem o suficiente para lutar pelo que quero como ele me ensinou, e eu quero ele. Vou entregar meus sentimentos ele goste ou não.  

Chegamos no navio de Samir e fizemos uma longa viajem. A tripulação me recebeu bem. Durante esse trajeto tentei me aproximar várias vezes de Felipe, mas ele só me mandava fazer deveres! Lavar louças, varrer o chão de madeira, engrachar suas botas. Que raiva!

-" Você fica linda quando está irritadinha sabia Sangue Azul?"- Ele falou com uma riso leve e discreto.

Aquilo me derreteu. Droga! Tudo culpa desse  sorriso. Dessa voz rouca dele, do jeito como ele anda... Argh. Queria não ama-lo se fosse possível.

Chegamos num reino distante chamado Perpétua. E Felipe começou a conversar com uns compradores. Eu estava no quarto náutico, mas olhei tudo pela janela.

Ele entrou no quarto com um olhar de cachorrinho manhoso.

-"Tudo bem?"- Perguntei indo ao encontro dele.

-"Vendi o Samir".-Ele respondeu, com seus olhos azuis se aprofundamento nos meus.

  Nesse momento eu entendi tudo. Conseguia decifra-lo pelo olhar, não adianta o quanto ele disfarçasse. Mas, ainda assim perguntei:

-"Você vendeu seu barco por mim?"- Perguntei curiosa e nervosa.

  Ele assentiu. Então coloquei minhas mãos em seu rosto, fiquei nas pontas dos pés. E o beijei. Da forma mais doce e gentil, e foi ficando cada vez mais ardente.

Continua...

O Pirata e a PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora