Casamento em Vegas - [COMPLETO]

Capítulo 37 - Thaís

Thaís Braga

- Eu estou bem, Gabriel! -Disse pela trigésima vez, mas quem disse que ele me escuta?

- Não está bem até o médico dizer. -Revirei os olhos.

Gabriel já pediu pro médico fazer tanto exame em mim que eu nem sabia que existia tanto exame assim, nomes que eu nunca nem tinha escutado na vida.

- Relaxe, meu rapaz. -Henrique diz me fazendo rir. - Está tudo bem com sua esposa e com seus filhos.

- O senhor tem certeza?

- Gabriel! -O repreendo. - Se ele está dizendo que eu estou bem é porque eu estou, deixa de ser insistente homem.

- Eu não consigo, quero saber se está tudo bem com vocês.

- Eu te garanto, Gabriel. -O doutor Henrique encara meu marido. - Está tudo bem com os quatro.

- O senhor me garante?

- Eu garanto! -E ele sorrir paciente.

Pela calma e paciência do doutor Henrique fico me perguntando quantas vezes ele já passou por isso ao longo da carreira dele.

- Mais uma coisa, Thaís. -Ele me encara. - Você precisa descansar e vou passar uma vitamina para recompor os nutrientes necessários e não esqueça de alimentação saudável, estamos entendidos?

- Sim doutor, eu irei me cuidar, mas só pelo senhor não ter que passar pela histeria do meu marido novamente. -O doutor Henrique rir, já Gabriel me olhou de cara feia.

O doutor Henrique me liberou e eu finalmente pude sair daquela maca quente e eu já estava de pé rapidinho.

- Vamos embora, Gabriel. -Disse e o puxei pela mão já que ele continuava amolando o doutor.

Guardei a receita em minha bolsa e finalmente saímos do hospital. Me virei para o moreno atrás de mim.

- Vamos para casa? -Perguntei e vi ele hesitar. Qual é o problema agora?

- Não podemos ir pra casa ainda.

- Por que não Gabriel? -E o encaro. - Quer voltar lá e permanecer amolando o doutor Henrique?!

- Por mais que me pareça uma ideia tentadora, não é isso que eu quero, temos de ir a delegacia pra você prestar queixa e eles pegarem seu depoimento.

- Ah certo, isso! -Digo sem ânimo nenhum e ele revira os olhos. - Vamos de uma vez, antes que eu desista.

- Sabe que se não fosse necessário, eu não ia pedir isso não é?!

- Eu sei! -Me dei por vencida e entrei no carro para ir pra delegacia.

Gabriel me levou para a delegacia onde o delegado já estava ao meu aguardo, ele pediu para que eu me sentasse na cadeira a sua frente e assim que eu fiz, o delegado começou a me perguntar o que tinha acontecido e eu comecei a narrar os relatos desse dia bizarro.

Dei todo os detalhes que eu me lembrava, dos capagangas e da mulher em questão, mas eu raramente pude ser mais objetiva já que eu não vi o rosto de nenhum deles, eles ficaram de máscara o tempo todo.

Quando terminei tudo o que eu conseguia me lembrar, Gabriel me pediu para que eu o aguardasse do lado do carro, no lado de fora ele disse que tinha algo a mais para falar com o delegado, se eu bem o conhecia era bem capaz dele tá pedindo o exército pra fazer a minha segurança.