Casamento em Vegas - [COMPLETO]

Capítulo 08 - Gabriel

Gabriel Clarke

Eu não entendia Thaís, a mulher é um completo enigma pra mim.

Achei que estávamos finalmente nos dando bem, que tudo ia dar certo na nossa vida, porém é óbvio que eu estava muito errado, afinal eu casei com Thaís Braga, agora uma Clarke também.

Estava terminando de me arrumar quando a porta é aberta e não é Thaís. Pra ser sincero, eu me admiraria se fosse.

- Valentina! -Vou até ela e a abraço, deixando um beijo na bochecha dela.

- Oi Gabriel! -Ela sorrir. - Desculpe não ter vindo antes, mas alguém precisava cuidar das crianças.

- Tudo bem, pena que só veio me ver quando eu recebi alta, quando eu estava todo estropiado era mais divertido para me zoar.

- Mas é justamente porque você recebeu alta que eu estou aqui.

- Não entendi.

- Thaís me ligou, surgiu algum imprevisto na vida dela ou algo assim e pediu que eu viesse lhe buscar.

- Eu não acredito que Thaís foi incomodar você, eu podia muito bem me virar sozinho.

- Deixa de ser orgulhoso, ela estava preocupada com você, me fez prometer que eu o deixaria em casa e apenas lá.

- Não vai adiantar argumentar com você não é?!

- Não mesmo, afinal eu casei com o Clarke mais difícil, então você é fichinha pra mim, Gabriel Clarke.

- Você quer saber? Você merece ter casado com Rafael.

- Obrigada! -Ela pisca pra mim e eu nego com a cabeça.

Diabo de mulher teimosa.

Valentina sai do quarto ao meu lado e rapidamente estou dentro do carro, para ir pra casa.

- Thaís falou qual foi o imprevisto do qual ocorreu? -Perguntei soando desinteressado ou tentando pelo menos.

Mesmo eu já tendo uma ligeira desconfiança de que não havia imprevisto nenhum, ela queria mesmo era manter distância de mim, após a nossa discussão.

- Não, ela só disse que havia surgido um, sua voz estava nervosa ao telefone, eu acho que era sério.

- Tudo bem. -Digo de uma vez. - Vamos para casa.

- Achei que seria mais difícil lhe convencer. -Valentina diz rindo e eu reviro os olhos.

- Eu sou fácil de ser convencido. -Saio do quarto do hospital com ela.

Valentina me ajudou a entrar no carro já que meu braço na tipóia estava parecendo um peso morto e não me ajudava em nada no momento.

Assim que a minha cunhada entrou no carro, ela não perdeu tempo e já o colocou em movimento, me fazendo passar bons minutos em silêncio pensando em Thaís, até que Valentina resolveu interromper o silêncio.

- Que carinha é essa de quem comeu e não gostou?

Pior que eu nem comi.

- Não é nada não. -E tentei sorrir.

- Vai mentir pra mim, a essa altura do campeonato? -Valentina pergunta com o seu tom habitual de quem sabe das coisas.

- Não estou mentindo, é só que realmente não aconteceu nada, só estou pensando em quantas coisas atrasadas eu terei quando retornar para o trabalho.

- Devia está focando em se recuperar e não em trabalho.

- Não consigo controlar a minha mente, Valentina.