Capitulo 8

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Mesmo com o frio cortante eu conseguia continuar com o casaco aberto, meu corpo estava em chamas por dentro, nunca me senti tão vivo. As lembranças do que tinha acabado de acontecer estavam vivas na minha memória e eu ficava repetindo as imagens, sensações e toques na minha mente no percurso pra casa.

Harry tinha deixado o cachecol dele comigo por causa do frio, eu sabia que não precisaria mas apenas a ideia de ir pra casa sentindo o cheiro dele no cachecol me fez aceitar a oferta.

Assim que cheguei em casa respirei fundo, limpei os pés no tapete e peguei as chaves no meu bolso pra abrir a porta.

Quando entrei no ambiente tirei os sapatos com a intenção de não fazer tanto barulho e fui até a cozinha pegar um copo d'água. Desenrolei o cachecol do pescoço mas não o tirei, queria ficar sentindo o cheiro de Harry.

- Louis? É você? - Me virei e dei de cara com Fizzy que estava com uma cara de sono e coçava o olho.

- Oi Fiz, sou eu, por que você não está dormindo?

- Estava lendo, ouvi o barulho da porta rangendo e vim ver o que era. - Fechei a geladeira e caminhei até ela deixando um beijo no seu cabelo.

- Sou só eu mesmo, tá tudo bem? - Me sentei no sofá e ela se sentou ao meu lado.

- Tá sim - Ela falou começando a prestar atenção no meu pescoço - Louis, o que é isso?

Olhei pra onde ela estava apontando e vi o hematoma que Harry tinha feito ali e que agora estava aparente porque eu tinha mexido no cachecol.

- Ah, não é nada. - Enrolei o cachecol no pescoço e evitei olhar nos olhos de minha irmã.

- Louis, eu não nasci ontem, quem foi? - Ela tinha um sorriso divertido nos lábios.

- Ninguém.

- Qual é, prometo que eu não vou contar pra mamãe!

- Felicite eu não vou te contar quem foi. - Me levantei e fiquei de frente pra ela.

- Tá, só me fala se foi bom então. - Seu sorriso tinha diminuído mas ainda estava presente.

- Foi, feliz agora? - Senti meu rosto queimar porque tinha admitido aquilo.

- Mais do que feliz, boa noite irmãozinho. - Ela me deu um beijo na bochecha e foi pro quarto dela e da Lottie.

Respirei fundo ainda imerso nas lembranças que envolviam Harry e voltei na cozinha para pegar o meu copo de água.

POV Harry

Minha mãe já estava falando comigo à cinco minutos e tudo que eu respondia eram coisas como "aham" e "tá", não estava conseguindo me concentrar em nada por causa de um certo soldado chamado Louis Tomlinson. A sensação dos lábios finos deles tocando os meus se repetia na minha mente e me deixava com um sorriso bobo.

- Harry? Harry!

- Eu estou ouvindo, mãe. - Bati a mão fraco na mesa.

- Então repete o que eu falei. - Ela deixou os legumes que estava picando de lado e olhou pra mim.

- É... Eu tenho que...

- Presta atenção filho, primeiro você tem que procurar algum tipo de ajuda pra melhorar a sua concentração - Claro mãe, trás o Louis aqui que eu me concentro nele - E segundo, eu estava falando sobre você já ter 18 anos e não ter uma namorada.

- Que? - Falei olhando incrédulo pra ela. - M-mãe...

- Filho, os filhos das minhas amigas tem pretendentes e levam elas pra jantar nas casas deles, eu também quero que você traga uma garota aqui, dê flores pra ela e...

Love War | Larry Stylinson AUOnde histórias criam vida. Descubra agora