Capitulo 10

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Ali, percebi que nosso relacionamento não podia apenas continuar nas sombras e sem um nome definido, eu tinha que mudar isso logo. E então, finalmente eu poderia sussurrar para mim mesmo que ele era meu namorado nazista.

Mas antes disso eu precisava fazer Louis perceber que eu era seu namorado, e que nós dois teríamos que lutar por isso, por nosso relacionamento, nosso futuro, nosso amor.

E eu tinha o plano perfeito para isso.

POV Louis

Eu não estava nem um pouco bem depois de fazer aquele discurso. Minha cabeça latejava e meu coração estava apertado, mas ficar abraçado ali com Harry fez isso passar mesmo que fosse por alguns momentos.

- Eu tenho que ir, tenho aula agora. - Harry falou - Você vai ficar bem?

- V-vou sim, obrigada. - Ele depositou um beijo nos meus lábios.

- Lou, você tem algum compromisso hoje de noite? - Neguei rapidamente com a cabeça, curioso com as próximas palavras dele - Me encontra na frente do cinema as oito.

- Querido, - Falei com um tom sarcástico - caso você não saiba, as pessoas normais também vão ao cinema, nós não podemos ir como... nós.

- Desde quando nós não somos pessoas normais? Enfim, eu não disse que nós vamos assistir alguma coisa ou sequer entrar no cinema.

Senti um sorriso surgir involuntariamente nos meus lábios e Harry colocou uma de suas mãos, que antes estava na minha cintura, em meu rosto e me puxou pra perto dele, até nossos lábios se encontrarem.

A sensação de tocar ele, senti o corpo dele contra o meu, nossas bocas se tocando, tudo era inexplicavelmente incrível. Aquilo ainda era muito novo pra mim, era diferente de tudo que eu estava acostumado e com certeza beijar Harry ficava no topo da minha lista de coisas favoritas.

- Agora eu vou mesmo - Harry falou soltando meia lábios, mas seus olhos ainda estavam fechados. - Te vejo hoje à noite.

Antes que eu pudesse responder ele se afastou de mim, deixando-me ali sorrindo fraco enquanto percebia o quanto a minha vida tinha mudado em tão pouco tempo. Eu estava adorando o fato de estar com Harry, mesmo que nós não tivéssemos algo realmente sério era bom saber que eu podia contar com ele, mas, graças a isso eu tive a quase crise de pânico durante meu discurso mais cedo, além de duvidar de toda a eficácia de Hitler. Ainda não sabia se valia a pena arriscar tudo isso por um garoto.

(...)

Já eram quase oito horas e lá estava eu na porta do cinema, parecia ridículo eu estar ali e Harry não ter nem aparecido, já que ele me convidou, ele deveria chegar primeiro. Assim que tive esse pensamento me dei conta de que eu era a "mulher" da relação e eu não fazia nada para mudar aquilo, talvez aquela partezinha dentro de mim que gritava dizendo que a sensação de ser tratado daquela maneira por Harry era muito bom estava falando alto demais.

- Me atrasei? - Ouvi Harry dizer atrás de mim, me assustando.

- Não, eu que me adiantei - Que coisa idiota de se dizer, Louis -, então, você disse que nós não íamos assistir um filme mas não pude deixar de notar que tem duas propagandas nazistas passando e talvez-

- Louis, nós não vamos entrar lá e gastar dinheiro com vídeos sobre como o sistema de Hitler é eficaz. Essa noite você é meu. - Ele fez questão de sussurrar a última parte perto do meu ouvido, mas não antes de checar que ninguém estava olhando. - Vamos?

Fui atrás dele pela rua, caminhamos conversando um pouco, porém meus pensamentos estavam focados em onde ele estava me levando e pra que tanto mistério.

Love War | Larry Stylinson AUOnde histórias criam vida. Descubra agora