Capitulo 17

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Uma guerra. Aquilo era diferente de tudo que tinha acontecido entre nós, comigo ou com ele, tínhamos visto nossos pais indo pra guerra e nunca mais retornarem, nossas vidas sendo viradas de cabeça pra baixo da noite pro dia por causa de um pedaço de papel comunicando que nossos pais tinham morrido como heróis e outras coisas que ninguém nunca lia porque seus olhos se enchiam de lágrimas com a notícia.

- Você não pode ir. - Falei firme olhando nos olhos de Louis.

- Harry, eu não posso recusar, minha família depende disso e depois que fizer 21 anos eu tenho que servir a eles no campo de batalha. - Louis respondeu indo até o fundo da loja e apoiando as mãos na parede acima da cabeça.

- N-não, pessoas morrem o tempo todo na guerra Lou, você não pode me deixar aqui, agora que tudo está certo você não pode ir embora e me deixar errado de novo. Eu preciso de você comigo. - Eu implorava mais do que queria admitir e meus olhos estavam marejados, fazendo minha voz ficar trêmula.

Eu não podia perder ele, percebi isso naquele momento. Não conseguiria mais viver sem pensar quando seria a próxima vez que eu veria ele ou quando poderia beijá-lo outra vez.

A noite anterior tinha sido, de longe, a melhor noite da minha vida e eu queria que fosse daquele jeito pra sempre, apenas nós dois contra o mundo e nada mais importava porque nós estávamos juntos e isso era mais do que o suficiente.

Todas as sensações que eu tinha com Louis eram inexplicáveis e eram inesquecíveis, cada segundo com ele era melhor do que o anterior e a necessidade de estarmos juntos crescia mais a cada segundo.

Nos últimos dias eu tinha pensado muito sobre os meus sentimentos por ele. Sempre que eu pensava sobre isso uma palavra de quatro letras surgia na minha mente, querendo ser ouvida e mostrar que aquele sentimento estava crescendo dentro de mim a cada momento. Eu estava apaixonado por Louis?

- Eu não posso negar isso e eu não vou te deixar aqui sozinho, am-Harry. - Ele se cortou antes que eu pudesse interferir. - Pessoas morrem na guerra? Sim. Mas eu não vou morrer, eu vou voltar pra você.

Ele veio até mim e me deu um beijo que poderia ser um dos melhores da minha vida, nossos sentimentos, palavras que não podiam ser ditas, nossa necessidade, tudo que estávamos mantendo dentro de nós foi expresso enquanto nossos lábios estavam juntos e suas mãos no meu pescoço.

Quando Louis se afastou ele estava diferente, mesmo com o rosto acabado e sua expressão exausta, ele estava sorrindo triunfante, como se nada daquilo que tínhamos acabado de presenciar tivesse existido.

Ficamos nos olhando por vários instantes, minhas mãos em sua cintura e suas mãos mexendo em meus cachos. Louis deitou a cabeça no meu ombro e me abraçou forte como se estivesse me protegendo.

- Quando eu morrer, estarei bem velhinho e do lado da pessoa que eu mais amo no mundo. - Louis sussurrou tão baixinho que pensei que não tivesse dito aquilo, como se fosse uma promessa para ele mesmo.

Ficamos daquele jeito até que Louis achou melhor eu ir pra casa, já que minha mãe estava me querendo de volta o quanto antes e ele iria descobrir mais informações sobre essa ida dele ao campo de batalha.

(...)

- Mãe, por favor, eu já disse que eu não estou interessada nesse amigo do Harry, chega de insistir.

Minha irmã repetiu pela milionésima vez a mesma frase para minha mãe. Desde que eu cheguei em casa elas tinham voltado a discutir sobre Gemma ter um relacionamento amoroso com o meu namorado. Como se as coisas já não fossem bastante estranhas na minha vida minha mãe ainda empurrava o garoto com quem eu fiz sexo no porão da minha casa na noite anterior.

- Ah, Gemma. Ele é tão educado e lindo, muito melhor do que o seu namorado, dê uma chance pro Louis. - Minha mãe disse com a voz cansada.

- Mãe, ele provavelmente deve ter uma namorada. - ou namorado, pensei. - Harry, seu amigo nazista está namorando?

Eu estava na sala lendo um livro enquanto as duas estavam na cozinha mas naquele momento elas apareceram no mesmo ambiente que eu, Gemma de braços cruzados e minha mãe me encarando com um olhar desafiador de mãe.

- E-eu... acho que ele tem um-uma namorada. - Se você quiser me tratar no feminino, irmãzinha.

- Ele não tem certeza, seu irmão nunca tem certeza de nada. - Minha mãe falou se virando para Gemma. - Filha, por favor.

Acho que minha irmã cansou da discussão porque a próxima coisa que eu vi foi a porta sendo batida e só restando eu e minha mãe dentro de casa.

- Mãe, acho que você deveria desistir de...

Não consegui terminar a frase porque minha mãe começou a discutir com ela mesma em qual momento ela tinha errado na criação de sua filha para ela não querer ficar com Louis, se ela soubesse que na verdade era seu filho que estava namorando o nazista em questão.

Eu queria compartilhar aquilo com alguém, a minha felicidade de estar com Louis e o medo que estava me consumindo desde o momento que fiquei sabendo sobre sua ida ao campo de batalha. Era horrível saber que eu não podia confiar aquilo à ninguém. Niall não saberia lidar com isso pelo simples fato de ele ser o Niall e ninguém mais sabia sobre meu relacionamento proibido.

O que eu mais queria era ter a cabeça de Hitler empalhada na sala da minha casa, talvez seria ruim ter que olhar para o seu rosto responsável pela morte de milhares de pessoas mas pelo menos ele estaria morto e não faria mal a ninguém mais. E, quem sabe, eu poderia arremessar dardos morando no seu bigode ridículo.

POV Louis

Se as coisas já estavam ruins o suficiente para Harry com o fato de eu ter que ir pra guerra, queria saber o que ele acharia disso quando soubesse que isso aconteceriam em uma semana. Como meu aniversário era no dia do Natal, eles não viam o porquê de não me mandarem para o campo de batalha no dia seguinte.

Eu não queria ser pessimista e admitir aquilo perto de Harry, mas enquanto caminhava pra casa para dar a notícia pra minha família percebi que as chances de eu não voltar pra casa daquele lugar eram tão grandes como a guerra acabar no ano seguinte.

Não estava pronto pra morrer, não queria morrer e deixar tudo o que eu me importava para trás, óbvio que eu não sentiria remorso porque, afinal, estaria morto. Mas eles sentiriam e Harry sentiria aquilo tudo ampliado dez vezes e eu simplesmente não poderia fazer aquilo com ele.

Queria ter forças para dizer que estava preparado para terminar com ele e que iria pra guerra sem fazer nenhuma promessa de voltar pra casa com vida depois, mas eu sabia que não era isso que iria acontecer.

Desde a noite anterior a única coisa que eu consegui pensar foram os sentimentos que estavam surgindo dentro de mim. Eu precisava voltar vivo pra casa, para Harry. De alguma forma ele tinha se tornado a minha casa, eu não conseguia mais pensar na minha vida sem pensar nele e queria ele por perto mais do que qualquer outra coisa.

Tinha pensado sobre estar apaixonado por Harry muito ultimamente, mas não sabia se estava preparado pra isso porque depois de tanto tempo a nossa relação ainda me espantava, a ligação entre nós em um curto período fazia com que eu não dormisse de noite, pensando naquilo.

Talvez naquele momento eu não sabia o que eu realmente sentia por Harry, mas se eu voltasse vivo da guerra, me daria uma chance para amá-lo.

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hi folks
então, esse capítulo ficou pequeno dnv mas em algum dia eu melhoro ndkxnd enfim espero que esse tenha ficado melhor do que o último e que vocês tenham entendido a última frase ali da matching tattoo de larry que cada um tem um pedaço da frase given a chance to love hehe
antes de me despedir de vocês queria perguntar o que vocês acham de eu fazer uma playlist no 8tracks de love war?
bye folks

Love War | Larry Stylinson AUOnde histórias criam vida. Descubra agora