#13

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Aegon andava devagar até a grande ponte, seu rosto demonstrando claramente seu desconforto e derrota, somente Otto e Criston ao seu lado já que todos seus "leais" seguidores perceberam o líder de merda que ele era.

Aegon não servia para liderança, viveu sua vida como um bêbado desprezível e se arrependia amargamente disso. O poder subiu a sua cabeça no momento em que ouviu todas aquelas pessoas gritando seu nome, e o aceitando como legítimo rei apenas por ter um pau entre as pernas, sem nem considerarem suas qualificações e sua irmã mais velha.

Rhaenyra era a herdeira do trono, e ali, parada ao lado de Daemon, e de pessoas que realmente acreditavam nela, ele viu uma verdadeira rainha. Embora odiasse admitir, sempre soube que ela seria uma boa rainha e a melhor e única opção aos olhos de seu pai.

Enquanto andava retirou sua coroa, não iria continuar brigando por algo que nunca foi seu. Otto o empurrou com o cotovelo, como se quisesse que retornasse a postura de "rei", mas pouco se importou, estava tudo acabado, não adiantava mais guerrear.
Muitas vidas foram ceifadas, a dele possivelmente seria também, mas quem liga? Talvez fosse o melhor.

Ao chegar mais próximo de seus familiares, seus guardas se prontificaram a apontar suas armas para eles.

- Se acalmem...eu me rendo. - Jogou a coroa no chão, que caiu aos pés de Daemon. Reparou que Rhaenyra usava a coroa de Viserys, o que de certa forma combinava.

Aemond o olhou com certa dureza, o achava estupido até demais. Causar guerra por algo que já fora decidido muitos anos antes dele sequer nascer, por influência de seu avô foi o estopim para as burrices de Aegon. No momento só queria saber da segurança de sua mãe, irmã e sobrinhos, eles sim não tiveram culpa das ações de qualquer um.

- Deveria cortar suas cabeças pela traição. - A rainha disse os olhando de cima. - Otto Hightower e Sor Criston Cole, como antigos servidores da coroa devem muito bem se lembrarem da cerimônia onde meu pai o Rei Viserys, me proclamou a única e legítima herdeira do trono de ferro.

- Pelas leis, o filho mais velho homem deve ser o rei, Aegon dev-

- Chega. - Aegon interrompeu a antiga mão do rei. - Eu mesmo desisto disso, e se for necessário declararei publicamente ao povo que aceito Rhaenyra como rainha legítima.
Não teria volta, estava feito. Suas cabeças em uma estaca e o reino em paz, até que não era tão ruim de pensar.

- Serão punidos devidamente, mas por respeito a Lady Alicent, não lhe condenarei a morte irmão. Será preso em seus aposentos na fortaleza vermelha.
Como seria o herdeiro de Vilavelha, passará a Helaena ou Daeron, como eles decidirem.

Aquilo despertou seu interesse, por que não Aemond? Se ele estava do lado deles, seria mais vantajoso ainda.

- E Aemond? Ele nasceu antes de Daeron, se Helaena não aceitar, por que não Aemond?
Observou o mais novo tensionar o corpo todo enquanto o encarava meio desconfortável.

Apenas as respirações dos dragões podiam ser ouvidas.

- Deixarei que dêem a notícia. - A rainha avisou aos jovens, dando espaço. Mesmo ainda não sabendo do casamento escondido.

Se olharam, buscando algum conforto, Aemond teve mais coragem, esclarecendo tudo.

- Eu e Lucerys ficamos noivos. Sempre fomos apaixonados e frequentemente nos encontrávamos escondidos.
Quando ofereci meu apoio a nossa irmã, pude pedir qualquer coisa, então finalmente pedi a mão de Lucerys em casamento. - Disse por fim, sem expressão alguma em seu rosto, mesmo esperando reações exageradas.

- Eu acrescentaria que nos casamos nos costumes Valirianos durante a madrugada. Nossas casas unidas novamente, firmando aliança. - O lorde Velaryon surpreendeu a todos -inclusive seu esposo- que o olhou abismado. Rhaenyra os olhou levemente chocada mas decidiu não falar nada por hora, todos focaram no problema na frente deles.

Através da noite ~ Lucemond Onde histórias criam vida. Descubra agora