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Acordou cedo com batidas insistentes na porta, estava com a cabeça terrívelmente dolorida pela falta de descanso, ao lembrar do motivo ficou envergonhado, como se alguém estivesse o observando.

Colocou uma camisa simples e uma calça, logo permitindo que a pessoa entrasse em seu quarto, Jacaerys divertido.

- Olha, todo mundo sabe que você saiu ontem, nosso avô está furioso, sugiro que venha tomar café logo e não o faça esperar.

- Bom dia pra você também irmão! - Exclamou massageando as temporas.
- Já vou descer, só me deixe me arrumar primeiro.

- Tudo bem, só seja rápido, você tá fodido! - E saiu rindo, rapidamente fechando a porta.

Lucerys colocou suas típicas vestes e botas de couro, estava nervoso sobre o que descobriram, e se tivessem visto ele e Aemond? Perderiam todo o direito de nascença e seriam exilados.
Andou apressado até a sala onde tomariam o desjejum.

Um cavaleiro o anunciou quando entrou, já estavam todos seus familiares sentados o esperando para começar, imediatamente se viraram para o observar. Caminhou até seu lugar extremamente desconfortável, evitando os olhares.

- Aham, vou ser direto - Seu avó começou. - A mão ouviu certos boatos de que Lucerys estava em um bordel ontem durante a noite. Poderia explicar se os boatos são verdadeiros meu neto?

- Certamente o príncipe tem uma boa justificativa majestade. - Otto Hightower provocou.

Sabia do ódio do Hightower consigo, desde a infância escutava que ele e seus irmãos eram bastardos e que sua mãe não teria direito ao trono, boatos graças a Otto. Ele queria seu próprio sangue no trono, fazendo de tudo para diminuir sua família.
Deveria saber que o homem não incluiria Aemond e só falaria de Lucerys.

Por sorte sua filha Alicent, a rainha consorte, não pensava assim. Ela e sua mãe sempre foram muito amigas, e a mesma nutria um afeto pelos filhos de Rhaenyra. Nunca querendo colocar Aegon acima da legítima herdeira.

- Meu rei, devem ser boatos feitos para desestabilizar nossa família, Lucerys é um bom garoto certo de seus princípios e deveres como príncipe.

- Gostaria de ouvir dele. Se meu neto não tem nada a esconder certamente tem uma boa desculpa para onde estaria nesse horário.

- E-eu, é que... Meu rei, eu- Se embolou nas palavras.

- Ele estava comigo pai. - Aemond sempre o interrompendo, mas dessa vez tomou as rédeas da situação. O agradeceu internamente.
- Eu e Lucerys estávamos treinando Alto Valiriano ontem a noite, nos encontramos por acaso na biblioteca, ambos sem sono. Aproveitei para o ensinar algumas palavras que ele tinha dúvida.

- Está correto Luke? Foi isso que aconteceu?- Viserys pergunta.

- Sim avô, ontem acabei ficando atordoado por causa de um sonho, e tive insônia. Sor Erryk não me deixaria sair de meus aposentos como foi ordenado por meus pais, então escapei pela varanda. Mas antes da manhã retornei. Possivelmente alguns guardas confirmarão que me viram pelos corredores.

- Tudo bem, está esclarecido, voltemos a nossa refeição! - O rei ordenou. - E sem mais um palavra sobre isso, não aceito que propaguem tais mentiras sobre nossa família.

Otto Hightower ficou com uma cara nada boa, sua filha e seu neto defendendo o "bastardo" para ele era o fim. Sentou de volta em seu lugar, uma falsa aceitação do encerramento do assunto.

Luke queria se afundar na cadeira que estava.

Aemond não disfarçava nada, o encarava o tempo inteiro, nada apropriado para a situação que se encontravam. Continuou sua refeição esperando que o platinado desistisse, mas não adiantou.
Assim que todos terminaram, saíram da mesa após Viserys, cada um seguindo seu caminho indo atrás de seus afazeres.

Através da noite ~ Lucemond Onde histórias criam vida. Descubra agora