Reencontro - Adrinette

Capítulo 10

- Desculpa por minhas palavras, eu não estava pensando muito bem, quando falei aquilo. - Luka disse me olhando enquanto eu vestia - Não devia ter falado aquilo.

Ficamos quase uma semana que não nos falávamos direito. Desde o dia que ele insinuou que eu ainda amava Adrien, ficamos um pouco distantes um do outro. Sem beijos antes de dormir, e sem se falar na cama. Eu ainda estava magoada com o que Luka havia me dito, e não podia esquecer aquilo da noite para o dia.

- Não se preocupe. - respirei fundo, olhando-me uma última vez no espelho - Já passou.

- Eu sei que te magoei. - Luka me pegou pelo quadril - Me perdoa?

E me deu um beijo que retribui. Havia passado tanto tempo que eu não sentia seu lábios nos meios, e era tão bom recordar aquilo.

- Sim, perdoado. - desgrudei-me de Luka pegando minha bolça e indo para o serviço.

Eu já estava feliz. Havia me reconciliado com meu marido, e agora eu já estava bem. Não tinha mais nada para me prejudicar ou me encomodar. O importante é eu estar bem em meu lar e com meu marido. Já havíamos ficado muito tempo, sem falar um com o outro e aquilo já me encomodava.

Fica estranho quando você habitua alguém e algum tempo depois, você tenha que se desapegar. Eu não queria aquilo para nós dois, eu apenas queria paz. Paz era tudo que precisava. E que qualquer um mas quer na vida.

Olho para o buquê de flores que recebi na semana passada e sorri ao olhar aquelas vibrantes cores. E os aromas, eram os melhores por que fazia minha sala ter um ótimo cheiro. Não cheguei a perguntar sobre as flores para Luka, mas acho que hoje a retoma para casa eu podia lhe perguntar.

Mais aquelas flores são as melhores. Eu amo tanto estas flores. Poderia viver em um jardim que tenham todas estas flores. Aquelas flores davam vida e um sorriso a qualquer um que as goste. E eu não gostava, mas amava.

A porta de minha sala foi aberta e levantei olhei para ver quem era. Adrien estava ali, entrando em minha sala. Desde que ele voltou, eu tentava ficar o mais distante dele, possível.

- O que fazes aqui? - levantei-me o encarando séria.

- Boa tarde. - ele soltou uma risada, sentando de frente para sua mesa - Eu estou bem e você? - concluiu com deboche.

- Adrien, o que quer? - perguntei mais uma vez.

- Veja que se casou. - Adrien ignorou minha pergunta, olhando para os meus dedos - Com Luka. - enfatizou o nome de meu marido.

- Também aposto que você tenha feito o mesmo. - revirei os olhos com sua afirmações desnecessárias.

Adrien soltou uma risada e levantou-se de sua cadeira vindo ter ao meu encontro, parando a minha frente.

- Por que você fez isso?

Aquela pergunta me fez ficar sem ar. O que eu poderia dizer para ele?

- Isso não é de seu interesse. - respondi, andando para trás e ele se aproximava cada vez mais.

- Esqueceu de tudo o que nós tivemos?

- Adrien...

Deu mais um passo para trás e Adrien chegou mais perto. Seu olhar sobre o mim, me fazia arrepiar.

- Está com medo? - um sorriso surgiu em seus lábios.

Mais um passo meu para trás e eu já estava encurralada na parede, não tinha como fugir e nem escapar dali. Adrien estava muito perto de mim, mas perto do que o normal e eu não podia resistir a aquele perfume que eu sempre amava e continuo a amar.

Estávamos muito próximos um ao outro. Nossos rostos a centímetros de distância e apenas nos encaramos. Era tão bom lembrar as nossas memórias e estar daquele jeito com ele.

- Por que você fez isso? - sussurrou com pesar.

Adrien olhou para o meu peito e olhou o fio de prata com pingente de borboleta, em meu peito e sorriu pegando-o.

- Você ainda tem ele? - ele me olhou sorrindo - Por quê?

- N...Não pense suas coisas. - murmurei - Apenas gostei dele. - menti.

- Você menti muito mal. - Adrien riu, aproximando seu rosto de meu ouvido - Você adora lembrar do que aconteceu, no dia que lhe dei o fio.

Adrien lambeu o lóbulo de minha orelha e mordeu-á, causando um arrepio em mim que não passou despercebido. Lembrar aquilo me fazia sentir arrepios no corpo e deseja-lo cada vez mais.

Era muita coisa para que eu pudesse assimilar. Eu já estava perdida, na nossas memórias, em nossos momentos íntimos. Aquela foi e era a lembrança do dia que perdi minha virgindade com Adrien. Minha respiração acelerou, quando senti seus lábios depositando beijos em meu pescoço. Eram pequenos beijos que eu amava.

Senti os primeiros dois botões de minha camisa social serem abertos e os beijos de Adrien desceram até o vale de meus seios. Soltei um gemido baixo. Adrien subiu novamente os beijos e chegou ao meu meu rosto me encarando. Seus olhos estavam em um verde mais escuro, e repleto de desejo.

- Adrien... - sussurei seu nome.

Eu estava completamente inércia a aquele desejo, eu estava completamente entregue a ele. Sem pensar duas vezes, beijei Adrien. Eu necessitava daquele beijo inconsciente. Meus braços foram para sua cabeça, o puxando mais para mim. Como era tão bom sentir os meus dedos afundarem naquelas mexas de cabelo loiras. Sinto uma mão de Adrien em meu quadril e a outra em minha bunda, apertando-a. Soltei um gemido no meio do beijo.

Devido a falta de ar, paramos o beijo. Adrien continuou com sua trilha de beijos e ele me carregou, colocando as pernas ao redor de seu quadril. Abri os botões de sua camisa, exibindo seu peito musculado e novamente o beijei. Eu queria aproveitar mais uma vez aquele beijo, tão gostoso que eu amava. Os restantes botões de minha camisa também fora abertos e a mesma, estava no chão. Não queríamos saber onde estavam e se aquilo era decente ou não, apenas estávamos sentido a saudade um do outro.

Ouvimos uma batida na porta, e nos olhamos. Meu coração bateu tão forte que imediatamente me afastei de Adrien e coloquei minha camisa social. Adrien fechou os botões de sua camisa, se organizando e sentou na cadeira.

- Pode entrar. - falei já sentada em minha cadeira.

A porta foi aberta, revelando Mylène. Ela veio ao meu encontro e me entregou alguns papéis.

- Marinette, estes são alguns papéis de compras e escolhas de tecidos para que você veja. - Mylène disse enquanto sorria - Adrien.

Cumprimentou Adrien que estava ali sentado.

- Muito obrigada. - agradeci e a mesma foi se embora.

- O que acha continuarmos o que estávamos a fazer? - um sorriso perverso surgiu em seus lábios.

- Nem pensar Adrien. - levantei me, para que eu pudesse sair da sala apanhar um ar, mas Adrien pegou me braço.

- Vai fingir que não houve nada aqui?

- Aquilo foi um erro. - falei sem pensar e me soltei de seu braço, saindo da sala.

Mas Adrien me parou com suas palavras.

- Gostou do buquê de flores?

Antes que eu pegasse na maçaneta para abrir a porta, eu virei e o encarei.

- Foi você? - arregalei os olhos.

Mas era claro que foi ele. Luka não sabia todas as flores que eu gostava.