Jantar

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Pov Jennie:

Estava pedalando para fora do colégio, quando ouço alguém me chamar de longe.

Olho para trás, para ver Kai vindo em minha direção.

-Ah, oi Kai, tudo bem?

Digo enquanto o moreno tentava recuperar o fôlego pela pequena corrida, ele nunca foi muito atlético mesmo.

-Oi Jennie, eu só... Eu só queria dizer que te pego as 19:00 hoje a noite, esteja linda, te levarei em um ótimo restaurante.

Ele tenta me galantear com uma piscadela, e então se aproxima e dá um beijo meia lua no canto da minha boca.

Logo ele se vai, para falar com os amigos, e eu fico parada por alguns segundos, processando o que acabou de acontecer.

Sinto que estou sendo observada, e então me viro, vendo Sn disfarçar que estava olhando para mim e então colocar o capacete, lingando a moto e saindo a milhão.

[...]

Toc toc...

-Pode entrar.

Digo e vejo minha irmã colocar a cabeça para dentro do quarto, e depois o corpo inteiro.

-Uau, vai sair com quem? Aquela sua colega?

Ela se deita na cama enquanto eu vou em direção ao closet, para pegar uma bolsa.

-Não, eu não vou sair com ela, é com um amigo.

Digo alto para ela ouvir, enquanto coloco o salto alto ainda dentro do outro cômodo.

-Os jovens de hoje em dia tem uma maneira diferente de dizer que estão ficando... Eu já não acompanho mais essa geração.

Diz com falso drama, e então eu reviro os olhos.

-Você só é dois anos mais velha do que eu, menos.

Volto para o quarto passando um gloss nos lábios.

-Está muito bonita para quem só vai encontrar um amigo, já falei que não quero ser tia cedo, então trate de usar camisinha.

Coloco minha carteira, o gloss e a chave dentro da bolsa quando recebo uma mensagem de Kai, dizendo que já está lá embaixo.

-Por que todo mundo acha que eu vou dar?

Pergunto inconformada enquanto passo perfume em meu pescoço.

-Por que será?

Diz ela, mas eu só relevo enquanto dou um tchau apressado.

Desço as escadas rapidamente e passo pela porta mais rápido ainda, quando saio para o jardim de entrada, vejo uma Ferrari F8 preta.

Vejo pelo vidro, que Kai estava batucando as mãos no volante e tremilicando as pernas, ando até o carro e entro no mesmo.

-Pow gata, demorou em.

Pego o celular e vejo que se passaram apenas 8 minutos das 19:00 horas.

-Não foi nem 10 minutos.

Digo um pouco chateada.

-Vou colocar uma música pra descontrair.

Ele fala e conecta o celular no carro, colocando um trap americano, mas não era qualquer música, aquela em específica sexualizava o corpo feminino, e rebaixando as mulheres e a comparando com objetos insignificantes.

Me mechi no banco desconfortável quando ele aumentou a música e começou a cantar junto dela.

-Hey, oque que foi?

Ele coloca sua mão em minha coxa desnuda e eu trato de tirará-la de lá rapidamente.

-Não é nada, o restaurante é muito longe daqui?

Ele nega com a cabeça e acelera mais o carro, me segurei em meu cinto e percebi que ele estava sem o dele, mas não iria falar nada.

[...]

Chegamos na porta do restaurante gran fino e um manobrista pegou as chaves do carro de Kai, quando sai do carro, vi ele dizendo algo como um: "Se você arranhar meu bebê, você terá que trabalhar o resto de sua vida para consertar o arranhão", que acabou o olhando assustado e temuroso enquanto ia guardar o carro.

Começamos a subir a escada do restaurante, e Kai fez o desprazer de segurar minha cintura possessivamente quando chegamos na recepção.

-Olá, boa noite, sejam bem-vindos.

Revencio assim como o homem, mas Kai não faz nada, apenas olha para o lugar atentamente, parecia que estava avaliando o local.

-Hum... Eu tenho uma reserva aqui, Kim Jongin.

O homem procura no tablet por seu nome, e assim que encontra, nos direciona até uma mesa, bem ao centro do restaurante.

Ele me ajuda a sentar, já que Kai senta primeiro em sua cadeira.

Agradeço ao homem, que logo se vai.

-Aqui é lindo.

Digo para descontrair o clima, e o menino a minha frente levanta os ombros e faz uma careta.

-Já fui em lugares melhores...

Diz indiferente, e então um garçom se aproxima.

-Olá, já teêm um vinho em mente, senhores?

-Eu gostaria do Valentini por hoje.

Kai diz e então o garçom se vai.

-Uruum... Mas então... O que quer fazer da vida? Acredito que já tenha algum plano de carreira.

Pergunto e ele concorda.

-Mas é claro, vou cursar administração e então irei liderar a empresa do meu pai quando sair da faculdade, mas e você Jennie? O que pretende fazer?

Ele parece mostrar interesse pela primeira vez na noite, e eu acabo me animando.

-Ah... É meio bobo, eu quero fazer design de moda.

Digo com os olhos brilhando e ele parece entediado.

-É... É bobo mesmo, pensei que fosse ser médica que nem a sua mãe.

Ele diz pensando alto, e eu acabo abaixando os ombros descontentamento.

-Não... Eu não quero não.

-O que é uma pena, já que alguém tão inteligente quanto você está desperdiçando uma oportunidade de ouro.

Ele diz e então o garçom volta com o vinho, mostrando a garrafa para Kai, que a pega na mão e a analisa.

O homem tira a rolha cuidadosamente e coloca um pouco menos de 1/3 sobre a taça do coreano a minha frente, que levanta a mesma a analisa contra luz, e depois faz o mesmo, mas na toalha branca da mesa.

Depois disso ele gira a taça sobre a mesa, esperando as lágrimas do vinho se formar em volta do espaço não preenchido pelo vinho, e depois observa novamente, em seguida, ele gira a taça novamente e a cheira, logo colocando na boca.

Quando ele termina sua degustação, e aprova, o garçom coloca mais sob sua taça, e também sobre a minha.

-Sabe por que fiz isso Jennie?

Ele pergunta com um sorriso presunçoso, mas se esqueceu que eu sou filha do primeiro-ministro da Coreia do Sul.

-Mas é claro, análise visual, olfativa e gustativa, para saber se o vinho realmente é bom, mas sendo sincera... Achei desnecessário, já que o vinho que escolheu é um dos melhores da Itália, apenas em colocá-lo na boca, você já percebe o quão bom ele é, mas talvez você não sabia disso, e queria me impressionar.

Ele arregala os olhos e então olha para os lados, na procura do garçom.

[IMAGINE] O abismo entre: Amor e AmizadeOnde histórias criam vida. Descubra agora