Usina nuclear

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Pov Jennie:

Quando chego no endereço em que Sn me passou, acabo me surpreendendo um pouco, a casa era enorme, dentro de um condomínio fechado, a qual eu demorei mais de vinte minutos na portaria para entrar.

Não era para menos também, ela disse que sua mãe era arquiteta, faz sentido morar numa casa do jeito que é.

Um enorme jardim na frente, com alguns coqueiros em fileira, pegando as extremidades da planta do terreno, escadas de pedra e lâmpadas no chão, faziam um acabamento bem moderno, mas rústico ao mesmo tempo.

Andei calmamente até a porta e toquei a campainha ali, logo eu ouvi uma voz em um rádio, a qual eu entendi que fosse o interfone.

-É da recepção?

A voz da Sn se fez presente de maneira grave.

-Hum... Não? É a Jennie.

Disse após alguns segundos e consegui ouvir passos pelo próprio interfone.

-Jennie, desculpa, já tô descendo aí.

Ela disse e depois desligou.

Não esperei muito, ela realmente apareceu após alguns segundos e abriu a porta.

-Ah... Kim, boa tarde, vem, entra.

Lhe observei e notei algo diferente, ela usava apenas um conjunto moletom cinza, de blusa manga comprida e shorts, estava descalça e tinha uma espécie de pingente em um de seus tornozelos.

Fitei seu rosto, e acabei engasgando, simplesmente linda, e da forma mais simples possível, havia apenas prendido a parte de cima de seu cabelo em um rabo de cavalo, fazendo algumas mechas cacheadas cair pelo seu rosto, e um óculos.

Pera, a Sn está de óculos?

-Jennie? Algum problema?

Sai de meus devaneios com ela me chamando, e então acabo corando, por tê-la secado de tal jeito.

-Ah... Não, sem problemas, vamos fazer logo isso.

Entro em sua casa, e não é tão diferente assim da minha, porcelanato no chão, muitas luzes e cores monocromáticas e neutras, algumas coisas eram de madeira de carvalho e tinha várias plantas também, dando um toque rústico.

-A sua casa é bonita.

Disse e então ela sorriu, por que está sorrindo?

-Verdade né? Eu gosto dela, foi a minha mãe que decorou, mas venha comigo, vamos para o segundo andar, e não precisa tirar o sapato se não quiser.

Ela disse já subindo, e quase me fazendo perde-la de vista, já que ela é alta e suas pernas são maiores, consequentemente fazendo seus passos serem mais largos.

Fui atrás dela, e a mesma parou de frente de uma das muitas portas presentes ali, e então abriu, pedindo para que eu entrasse primeiro, e foi o que eu fiz.

Era realmente um Studio, tinha algumas bancadas ali, e uma espécie de painel de desenho, um armário grande, onde deduzi que ficaria todo o material para a construção das maquetes e muita luz, haviam muitas lâmpadas naquele ambiente, e quando entrei, tive que fechar o olho, para não arder muito.

-Sinto muito, eu deveria ter dito sobre as luzes, é necessário ver tudo claramente quando se está fazendo uma miniatura de algo.

-Ah claro, tudo bem.

Abro meus olhos e então me acostumo com a luz, deixo minha mochila sobre a bancada ali, e observo tudo em volta.

-É então... Não decidimos o que iremos fazer, você tem alguma ideia do que poderia ser feito.

[IMAGINE] O abismo entre: Amor e AmizadeOnde histórias criam vida. Descubra agora